As melhores e piores estreias de 2022
| 26 Dez, 2022

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Mais um ano prestes a chegar ao fim e muitas foram as novas apostas televisivas que conquistaram os seriólicos. Com tantas séries a estrear todos os anos, decidir meia dúzia de preferidas não é fácil, mas tentámos eleger as melhores e piores estreias de 2022.

AS MELHORES

1899 primeiro episódio piloto

1899

A tão aguardada nova aposta dos criadores de Dark, 1899, volta a deleitar o telespectador com uma série de quebra-cabeças que vão abrindo caminho para um final imprevisível que nos deixa com mais perguntas do que as que tínhamos no início e a ansiar pela nova temporada. 1899 passa-se a bordo de um navio de imigrantes que parte da Europa com destino a Nova Iorque, com passageiros de várias partes do mundo. O carácter multilinguístico e multicultural e toda a diversidade de personagens são um dos pontos de destaque da série, assim como a assinatura característica de Jantje Friese e Baran Bo Odar de deixarem pistas nas mais pequenas coisas, deixando-nos a pensar no que poderão significar. Para terminar, não podemos deixar de destacar os dois últimos episódios da temporada, que nos preparam a um ritmo mais rápido para o derradeiro final e o ator português José Pimentão que tão bem representa o nosso país e a nossa língua durante todos os oito episódios.

Onde ver: Netflix

house of the dragon - king of the narrow sea

House of the Dragon

Depois do final controverso de Game of Thrones, House of the Dragon teve o papel difícil de voltar a cativar os fãs de Westeros e a verdade é que conseguiu! HotD segue bem a receita das primeiras temporadas da série mãe desde os cenários, aos diálogos inteligentes, à banda sonora épica. A série passa-se quase 200 anos antes dos eventos de GoT e introduz todo um novo elenco e locais que acabam por ser familiares a muitos. Assim, a série consegue conquistar facilmente antigos fãs, mas acaba por ser também fácil de digerir para novos espectadores visto que se foca apenas numa família, os Targaryen. House of the Dragon volta a trazer ao pequeno ecrã o culto de ver um episódio por semana assim que ele sai para evitar spoilers e fá-lo com um elenco recheado de qualidade e com muitos dragões. Se há série que nos faz desligar da nossa realidade e entrar num mundo de disputas políticas e familiares completamente fantástico durante uma hora é esta!

Onde ver: HBO Max

The Bear + Jeremy Allen White

The Bear

The Bear conta a história de Carmen Berzatto, um jovem chef de cozinha que se vê obrigado a gerir o negócio de família depois da morte do irmão. O que poderia ser um passo positivo na carreira acaba por ser o maior pesadelo da vida do chef: gerir um restaurante praticamente falido, inserido num bairro pobre e problemático. No entanto, a série vai muito além disso e retrata um lado obscuro deste meio: os problemas psicológicos, problemas com dependências, dificuldades em gerir o stress ou simplesmente todo o ambiente pesado e tenso que se vive dentro de uma cozinha de restaurante. Destaque para o episódio 7, que nos transporta diretamente para a desordem absoluta, num único plano de 20 minutos acompanhado por uma banda sonora igualmente frenética e eletrizante onde o caos reina de uma forma brilhante.

Onde ver: Disney+

the lord of the rings the rings of power

The Rings of Power

The Rings of Power junta-se, e bem, ao leque do fantástico que se tem vindo a construir no pequeno ecrã ao longo dos últimos anos. Se House of the Dragon teve uma tarefa difícil, The Rings of Power teve de agradar aos fãs de Tolkien e Peter Jackson, o que é bem mais complicado. Tanto que o resultado não foi consensual. Ainda assim, podermos ter acesso a eventos que decorrem 2000 anos antes dos acontecimentos dos filmes The Hobbit e The Lord of the Rings e podermo-nos reunir com versões mais novas de personagens já conhecidas e queridas é algo único. E a série não oferece apenas isso, oferece uma passada calma com um elenco vasto e capaz que se insere numa das cinematografias mais bonitas do ano. É impossível olhar para o ecrã e não ficar encantado com Númenor!

Onde ver: Prime Video

the sandman 1.ª temporada

The Sandman

The Sandman conseguiu o que se pensava praticamente impossível: adaptar com sucesso a obra dos comics de Neil Gaiman para o pequeno ecrã. A série leva-nos numa longa viagem com três arcos diferentes a acompanhar o Rei dos Sonhos. Tudo bem que nem todos os episódios e arcos tiveram o mesmo sucesso e boa opinião, mas tivemos momentos muito profundos, estranhos e mesmerizantes, que no fundo é a génese da obra de The Sandman. Ainda com muito por explorar, a série nesta temporada já nos oferece uma boa história, personagens cativantes e reflexões sobre variados temas. Ainda podemos contar com um antagonista extremamente bem representado e interessante que nos consegue manter a atenção mesmo nos momentos mais fracos da série.

Onde ver: Netflix

Wednesday 1.ª temporada

Wednesday

Wednesday é o regresso da famosa família Addams, numa adaptação brilhante de Tim Burton, desta vez com ênfase na filha mais velha do casal Addams. Wednesday Addams é uma adolescente peculiar, com uma ironia e um humor negro deliciosos e uma capacidade de investigação que se vai demonstrar muito eficaz. É uma série cheia de pormenores visuais que a torna muito rica e distinta, com diálogos muito bons, personagens bem caracterizadas e um enredo cheio de ação, tudo isto aliado à excelente banda sonora. É impossível não referir o desempenho de Jenna Ortega. A jovem atriz esteve impecável neste papel e parte do sucesso da série deve-se ao seu desempenho. Deixamos destaque para duas das cenas mais icónicas: no primeiro episódio, Wednesday a tocar violoncelo e a cena da dança no quarto episódio.

Onde ver: Netflix

AS PIORES

blockbuster estreia

Blockbuster

Blockbuster é um excelente exemplo de uma boa premissa desperdiçada numa série medíocre. Nesta comédia, passada na última loja Blockbuster do mundo, nada parece funcionar – os atores não têm química, as personagens são pouco desenvolvidas, as referências de cultura popular estão desatualizadas e a única coisa realmente engraçada é o facto de a série estar disponível na Netflix, que em muito contribuiu para a falência da Blockbuster. É uma pena que não haja mais referências sagazes a filmes e, principalmente, que não se diga nada de significativo sobre o desafio de tentar manter vivo o aluguer de vídeos na era das plataformas de streaming.

Onde ver: Netflix

devil in ohio

Devil in Ohio

A premissa da minissérie até era interessante, mas a trama revelou-se um pouco óbvia demais. Devil in Ohio não arrancou mal, mas perdeu-se por causa do seu guião, que não é mais do que medíocre. As personagens principais também parecem um pouco artificiais (em especial a Mae de Madeleine Arthur, mas também a Suzanne de Emily Deschanel) e há sempre algo na série que parece um bocado off. Um bom (ou até mesmo razoável) final podia ter ajudado Devil in Ohio a redimir-se, mas não. O ponto final previsível só ajudou a consolidar esta como mais uma fraca aposta da Netflix.

Onde ver: Netflix

echoes estreia

Echoes

Echoes é daquelas séries que começa com potencial, mas perde-se no éter do rebuscado. O que no início tem a seu favor (o mistério e confusão, uma protagonista intrigante e que nos deixa sem perceber se é heroína ou vilã sociopata) rapidamente se evapora. A partir do momento em que se percebe que o “jogo de troca” das gémeas é uma coisa que vêm a fazer toda a vida e ao mesmo tempo se desvenda que se trata de uma manipulação de uma sobre a outra, a coisa fica toda a parecer demasiado irrealista. Não passa de mais uma trama de gémeas, com algum potencial, mas mal aproveitada e que acaba por não funcionar.

Onde ver: Netflix

quantum leap

Quantum Leap

Quantum Leap é mais uma série de ação e ficção científica numa fase em que o mundo já está um pouco cheio de obras semelhantes, ainda para mais um reboot de um clássico da televisão. O plot acompanha um cientista que viaja no tempo e que a cada episódio tem que entrar no corpo de uma pessoa do passado e salvá-la. Este formato já foi muito explorado e pouca gente tem interesse em ver uma série onde cada episódio é um caso diferente sem ligação ou grande história por detrás. Para além disso, não ajuda que o elenco escolhido não tenha conseguido cativar ou mostrar grande química, mesmo entre os dois protagonistas. Talvez há uns anos, quando este era o estilo que reinava na televisão, esta série conseguisse vingar, mas neste caso está fora do seu tempo.

Onde ver: Ainda não está disponível em Portugal.

pretty little liars original sin

Pretty Little Liars: Original Sin

Esta série foi mais uma vítima de um problema chamado reboots. Para o seu público alvo, Pretty Little Liars: Original Sin nem é má, a nível técnico. O problema surge quando a comparamos com a série de origem, Pretty Little Liars, e nenhum elemento parece ser novo. As personagens principais, as novas “pequenas mentirosas”, parecem ser moldes das suas antecessoras e até o vilão continua a ser o famoso “A”. Um ponto positivo é o nível de terror ter sido elevado significativamente, visto ser uma produção HBO Max, mas nem isso salva a série de um sentimento de déjà vu constante.

Onde ver: HBO Max

resident evil

Resident Evil

Resident Evil fez parte do plano do franchise original de tentar cativar os fãs e trazer uma lufada de ar fresco ao universo. No entanto, falha redondamente na sua missão, não passando de uma série de ação má, com mau diálogo, más interpretações e que vem matar ainda mais o que já estava morto. As cenas de ação são penosas e o enredo é previsível a milhas. Resident Evil teve grandes filmes e momentos, mas entrou em declínio e esta série vem acentuar ainda mais esse facto. Por vezes não vale a pena mexer no que já não mexe.

Onde ver: Netflix

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