House of the Dragon – 01×01 – The Heirs of the Dragon
| 23 Ago, 2022
9.7

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E o período de seca deixado por Game of Thrones chega finalmente ao fim. Passados anos de espera, podemos ver o episódio piloto de House of the Dragon, The Heirs of the Dragon.

Baseada na obra Fire & Blood, de George R.R. Martin, e criada por ele juntamente com Ryan J. Condal, House of the Dragon decorre 200 anos antes dos acontecimentos de Game of Thrones e conta a história do princípio do fim da Casa Targaryen e os eventos que anteciparam a Guerra Civil dos Targaryen, conhecida como Dance of the Dragons, bem como a própria guerra.

À partida, do ponto de vista de alguém que é muito fã de Game of Thrones, posso dizer que a série não dececionou no primeiro episódio, cumprindo tudo aquilo que se poderia esperar. Desde uma boa banda sonora que, por vezes, remetia para os temas de GoT e da Casa Targaryen, deixando saudade, a diálogos interessantes e perspicazes.

O piloto dá-nos a conhecer a Princesa Rhaenyra Targaryen (Milly Alcock, que em adulta será interpretada por Emma D’Arcy), a filha primogénita do Rei Viserys I Targaryen (Paddy Considine), uma valente cavaleira de dragões que parece ter tudo para poder suceder ao seu pai. No entanto, não é um homem. E é esta a premissa do primeiro episódio, a crise de sucessão. Conhecemos também o Príncipe Daemon Targaryen (Matt Smith), o irmão mais novo do Rei Viserys, possível herdeiro do trono. Esta personagem aparece como desestabilizadora, mas também como intrigante. Se houve quem ficasse chocado com Cersei e Jaime Lannister em GoT, sempre se falou que estas práticas eram mais do que usuais nos Targaryen para manter uma linhagem pura. Sem dúvida que senti ali uma química entre Rhaenyra e Daemon, sendo que o que me mete mais confusão é a diferença de idades e não o grau de parentesco. Mas já sabemos que o universo de Westeros pouco pudor tem e que este tipo de romance numa guerra civil poderá apimentar ainda mais uma história que por si só já é bastante interessante.

Para alguém cuja casa desfavorita sempre foi a Targaryen, House of the Dragon conseguiu cativar-me. Sempre achei que parte da magia de GoT eram as múltiplas histórias e enredos das diferentes casas que se entrelaçavam. Neste sentido, House of the Dragon revela ser diferente, mas não por isso tem menos qualidade. Mantém a violência, a surpresa e a crueza da precedente e, acima de tudo, nota-se a qualidade na construção das personagens, visto que após apenas um episódio já consegui escolher personagens que adoro dentro do elenco secundário, desde os Hightowers a Ser Criston Cole.

As minhas cenas favoritas passaram-se sempre durante as reuniões do conselho, pois aí sim parecia que estávamos a ver Game of Thrones. Percebo que possa estar a fazer demasiadas alusões à série-mãe, mas têm de ser feitas e neste caso são feitas por bons motivos. A expectativa estava alta e poderia ter corrido mal.

Nem tudo é perfeito e só tenho uma coisa a apontar a este piloto. Tanto a prestação de Paddy Considine como Rei Viserys como a de Sian Brooke como Aemma ficaram um pouco aquém do restante elenco. Percebo que estes monarcas sejam mais calmos e moles, mas também o era Tommen Lannister e mesmo assim a entrega do ator foi perfeita.

O episódio deixou várias questões para os próximos episódios, especialmente a nível da sucessão. Questiono-me se a Princesa Rhaenys Velaryon (prima mais velha de Viserys e Daemon) irá apoiar Rhaenyra para ser a sucessora, visto que também Rhaenys por ser mulher foi impedida de subir ao trono ou se colocará os seus interesses próprios à frente.

Teremos de esperar para saber isto e muito mais na próxima semana. Até lá, só posso recomendar que assistas ao piloto! E partilhar, com alívio, o quão feliz estou por Westeros estar de volta!

9.7
9
Interpretação
10
Argumento
10
Realização
10
Banda Sonora

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