Resident Evil – 01×01 – Welcome to the New Raccoon City
| 15 Jul, 2022
4.04

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Será que a nova série da Netflix tenta navegar na maré de sucesso de um franchising que tem imensos fãs ou será que se consegue afirmar com uma nova perspetiva e ser uma lufada de ar fresco para os fãs de Resident Evil?

Este primeiro episódio de Resident Evil tenta dar-nos o contexto da pandemia que está a assombrar o mundo e, como habitual, tem como vilã a Umbrella Corp. Como heroína, temos uma loba solitária e independente que tenta sobreviver e vingar-se. Neste piloto temos duas linhas de história a ter em conta: o mundo atual, já com uma pandemia à solta, e os flashbacks que, presumivelmente, nos vão mostrando cada vez mais como o mundo ficou como está.

Começando pelos pontos positivos do episódio, este tem a vibe de Resident Evil: temos zombies, temos monstros e muitos locais desertos, laboratórios secretos e cheios de segredos, entre outros. Um dos monstros que aparece neste episódio é impressionante; não estava à espera de ver um tão grande e gostei do visual. Apesar de não ter tido ainda muito tempo de ecrã, a performance de Lance Reddick como Albert Wesker solidifica a sua qualidade enquanto ator. Por último, o episódio terminou num plot twist minimamente interessante.

Estás a achar que o parágrafo de pontos positivos é muito pequeno? Sim, é, porque a série tem muito pouca coisa positiva por onde se lhe pegue. Este próximo parágrafo irá ser dedicado aos pontos negativos e, portanto, será consideravelmente maior.

Tenho que começar por uma crítica que poderá ser um pouco injusta, mas o carisma da nossa personagem principal, Jade Wesker (interpretada por Ella Balinska), fica a milhas da versão dos filmes Resident Evil protagonizados por Milla Jovovich, que parece ter nascido para aquele papel. Tudo bem que a saga de filmes não tem sempre a mesma qualidade, mas nunca foi por falta de entrega de Milla. No entanto, esta crítica pode ser um pouco injusta porque Milla tinha muito mais currículo do que Ella quando chegou a este papel. De qualquer forma, a atuação da protagonista, tanto nos flashbacks como na timeline principal, não me convenceu de todo.

A segunda crítica é que o episódio tem demasiados flashbacks. Os flashbacks seriam muito interessantes num ponto em que já me sentisse cativado ou interessado na história. Como ainda não estava, foi contraproducente. As cenas de luta até agora também não parecem muito bem, especialmente aquela em que Jade luta contra uns zombies. Os planos trocam tanto e tremem tanto que fica só confuso e complicado de ver e perceber. Por último, acabo o episódio sem vontade de continuar. O plot twist final quase contraria isso, mas como tudo o resto foi mau, fico sem vontade de continuar.

Em suma, parece que estão a tentar tirar mais leite a uma vaca que já deu tudo o que tinha a dar, em vez de deixarem este franchise descansar. Em vez de trazer uma lufada de ar fresco, fazem ainda pior e parece que vêm afundar mais ainda o que os últimos filmes já estavam a fazer. Talvez haja espaço de melhoria, daí ser uma série e não um filme, mas, para já, não contem comigo neste comboio.

E tu, o que achaste?

4.04
4
Interpretação
4
Argumento
4.5
Realização
2.9
Banda Sonora

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