Sugestão do mês (dezembro) – The Sex Lives of College Girls
| 01 Dez, 2022

Publicidade

A nossa sugestão para o último mês de um ano que não deu tréguas é a comédia da HBO Max, The Sex Lives of College Girls. A 1.ª temporada está disponível na sua totalidade na plataforma e a segunda estreou a 17 de novembro e pode continuar ser acompanhada semanalmente em dose dupla neste mês de dezembro. À exceção de um primeiro episódio mais longo, os episódios duram cerca de 30 minutos, fazendo desta série a perfeita companheira para qualquer momento do dia.

E porquê esta série?

Uma criação de Mindy Kaling (também conhecida por Never Have I Ever e The Mindy Project), The Sex Lives of College Girls acompanha a vida de quatro estudantes da Universidade de Essex, em Vermont, que acabam por ser colegas de quarto. Desde cumprir as responsabilidades académicas de escolher cadeiras e cumprir prazos a deixar para trás o secundário e assumir uma nova fase da vida, a série não descora também da realidade de fazer novos amigos e ir a festas universitárias. Assim, tal como em Sex and the City, esta história não é tanto sobre sexo, mas sim sobre o empoderamento e a amizade feminina de um grupo que passa muito tempo a falar de sexo.

Embora esteja longe de ser uma série de comédia perfeita, The Sex Lives of College Girls consegue apresentar personagens com arcos bastante cliché, mas atribuindo-lhes complexidade e desenvolvendo-os de forma profunda e relevante. Deste modo, não há personagens unidimensionais, mas sim diferenciadas. Tal como na vida real, também na série cada traço de personalidade tem impacto na forma como estas personagens se relacionam entre elas e de forma individual. Como resultado, podemos assistir a perspetivas distintas do ponto de vista racial, da classe económica e da sexualidade. Embora se trate de uma comédia, a série não deixa de abordar estes tópicos com a seriedade a que eles obrigam e acaba também por despertar um lado mais emotivo.

Embora as quatro protagonistas interajam com outras personagens e tenham os seus enredos individuais, é quando partilham o ecrã que a série brilha, graças à sua química inegável.

Quatro colegas de quarto, quatro realidades distintas

Whitney, interpretada por Alyah Chanelle Scott, tem uma personalidade forte e é a típica estrela atleta que faz parte da equipa de futebol da universidade. Assim, desde o início, ela pertence a algo dentro da instituição. No entanto, isso não invalida o facto de se meter em problemas e se relacionar com o treinador da equipa, que é casado. Acrescido a isso, Whitney lida também com o facto de ser filha de uma senadora e viver na sombra da mãe.

Kimberly, a personagem assumida por Pauline Chalamet, vem de um meio humilde do Arizona e está habituada a ser a melhor aluna da sua escola secundária. No entanto, frequentar a universidade demonstra ser mais do que tirar boas notas, pelo que Kimberly tem de aprender a deixar para trás o seu passado e desenvolver também a sua vida social. Isto, claro, sem esquecer que tem de conciliar os estudos e as festas com um trabalho, visto que das quatro ela é a única que pertence a uma família que não tem capacidades financeiras para a sustentar.

Leighton, interpretada por Reneé Rapp, pertence a uma das famílias mais ricas do Upper East Side, sendo imensamente privilegiada nesse aspeto. Tal como Kimberly, é também obrigada a seguir em frente quando o seu plano de morar com as suas melhores amigas na universidade corre mal. Desta forma, a personagem tem de estabelecer novas amizades, ainda que para ela não seja fácil partilhar a sua vida pessoal. Ao mesmo tempo, Leighton embarca numa viagem de autodescoberta e aceitação sexual.

Bela, personagem assumida por Amrit Kaur, cresceu nos subúrbios ricos de Nova Jersey e candidatou-se à universidade para fazer parte do clube de comédia. No entanto, disse aos seus pais que estava a estudar neurociência para não os desapontar. Bela não tem medo de dizer o que pensa e, apesar de não ser muito experiente, está investida em ter uma experiência sexual positiva durante os anos universitários.

Liberação sexual: sim ou sim?

Embora não se foque apenas nas experiências sexuais das protagonistas, estas fazem parte da série. E se há algo que a série traz de bom ao ecrã é tratar o tema com leveza e de forma positiva. O sexo é encarado aqui de múltiplas perspetivas e sem nunca se levar demasiado a sério. Assim, retira o peso que muitas vezes a sociedade coloca sobre o mesmo e torna-se uma série sexy e awkward, características que acabam por se aplicar às experiências sexuais das protagonistas, e, provavelmente, também da audiência.

Publicidade

Populares

calendário estreias posters maio 2024

dark matter poster apple

Recomendamos