The Walking Dead chegou ao fim e acompanhou muitos de nós durante 11 temporadas. Chegamos à fase dos spin-off da saga e o mais recente é The Walking Dead: Dead City, com a sua 1.ª temporada de seis episódios. The Walking Dead: Dead City pretende demonstrar um local diferente do que já conhecemos e com o foco em duas personagens que me são muito queridas: Negan (Jeffrey Dean Morgan) e Maggie (Lauren Cohan).
Terminei The Walking Dead mais por teimosia do que por amor à série. Fui fiel e apaixonada por este mundo de sobrevivência durante vários anos, sempre ansiosa a cada nova estreia e entusiasmada episódio atrás de episódio e temporada atrás de temporada. Mas tudo o que é bom tem de terminar e The Walking Dead não é exceção. Prolongaram o fim da série, que só terminei na esperança de mudar de opinião, o que não aconteceu.
Quando vi anunciado este spin-off, critiquei e duvidei que fosse necessário. Acreditava que só iam reforçar tudo o que apontei de mau nas últimas temporadas da série principal. Ainda assim, tive de lhe dar uma hipótese. No limite, falaria mal e reforçava a minha opinião sobre a dificuldade em terminar séries de sagas lucrativas. Contudo, fui surpreendida e The Walking Dead: Dead City trouxe-me a nostalgia do início da saga e de como eu gosto deste mundo pós-apocalíptico.
A temporada acontece num local diferente do habitual. Não se passa em floresta e campo, desta vez ocorre na cidade de Manhattan. A dinâmica dentro de uma cidade é muito diferente do que estamos habituados a ver. Existe pouco espaço horizontal, o que contrasta com o espaço vertical: inúmeros prédios e arranha-céus, túneis, estradas estreitas, pouca visibilidade e excesso de walkers. Foi interessante ver uma cidade como Manhattan a ser explorada desta forma e conhecer a história da cidade quando tudo aconteceu e no que se transformou ao longo do tempo.
O local onde a história ocorre é diferente, mas o que não se alterou foi a dinâmica entre personagens e a luta pelo poder. A fórmula que apresentaram ao longo de várias temporadas desta história não se alterou muito, o que não é necessariamente mau. Há grupos diferentes entre si, há luta pelo poder, há opressão e medo e há estratégia de sobrevivência. E no meio disto tudo entram Negan e Maggie, com o objetivo de resgatarem o filho dela: Hershel (Logan Kim).
Negan e Maggie são duas personagens com personalidades muito fortes e que têm um passado complicado em comum. Já passaram por muito, existe muito rancor e mágoa e seria o par que não imaginava ver junto e unido. Maggie é uma das minhas favoritas da série, pela sua lealdade, capacidade de liderança, justiça e coragem. Negan esteve sempre num lugar de ódio e a quem dei o benefício da dúvida, nunca conseguindo esquecer a pessoa egoísta, má e cruel que conheci no início.
Foi interessante conhecer o presente destas duas personagens e como se tentaram unir e criar uma dupla. Muita coisa mudou na vida de ambos desde a última temporada da série mãe. Nestes seis episódios gostei muito mais de Negan do que de Maggie, com quem acabei desiludida. Maggie não está a pessoa que conheci. Está muito rancorosa e a deixar para trás o sentido de justiça que a destacava. Achei que estava mentalmente fraca e não gostei da pessoa que se está a tornar. Por outro lado, gostei do rumo de Negan. Conheci factos do passado dele que me fazem reconsiderar a pessoa que achava que era e vou gostando de ver as atitudes que tem. Afinal todos mudamos e somos as ações que fazemos e não o que dizemos ser.
A 2.ª temporada já foi anunciada e há muito material que podem trabalhar e desenvolver. Estes seis episódios pareceram uma introdução da dinâmica da cidade e de novas personagens. Soube a pouco e espero que a próxima temporada tenha mais detalhe e não seja tão superficial: é o único defeito que lhe aponto. Para ajudar com o entusiasmo para a estreia da 2.ª temporada, temos em setembro a estreia da 1.ª temporada de The Walking Dead: Daryl Dixon.
Melhor episódio:
Episódio 6 – Doma Smo – O último episódio foi pautado por muitos conflitos internos, menos ação física e mais envolvimento emocional e psicológico, deixando muita coisa em aberto para a nova temporada. Nada é preto ou branco e este ultimo episódio demonstra isso na perfeição.
Personagem de destaque:
The Croat (Zeljko Ivanek) – Uma personagem do passado com enorme destaque neste spin-off. The Croat fez parte do grupo liderado por Negan e foi um dos muitos que ajudou a instaurar o medo e o pânico enquanto o grupo reinava. Foi interessante conhecer melhor esta personagem, que é das que mais curiosidade me dá para ver em termos de desenvolvimento na próxima temporada.
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