Séries Por Todo o Mundo Que Vale a Pena Ver
| 24 Set, 2016

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Depois de já termos feito crónicas dedicadas a séries portuguesas, fazia sentido alargar horizontes e centrarmo-nos num universo maior, por todo o mundo. Assim sendo, os critérios foram simples: excluir séries americanas da lista, bem como outras produções internacionais como Continuum e Orphan Black, que dispensam apresentações, e incluir apenas séries que tivéssemos acompanhado com alguma regularidade. Gostávamos que a lista pudesse ser mais variada, mas à semelhança da maioria das pessoas, também nós acabamos por ver mais séries americanas do que quaisquer outras. Assim sendo, aqui fica a nossa lista de sugestões de séries internacionais que vale a pena ver:

Bad Guys (Coreia do Sul)

Este drama sul coreano foi criado especialmente para os fãs de thrillers, com uma aura escura e misteriosa ao longo dos 11 episódios. A história intrigante e o talentoso elenco que tem nomes como Park Hae Jin (um inteligente serial killer), Kim Sang Joong (detetive da polícia com problemas a controlar o uso excessivo de força), Jo Dong Hyeok (um mercenário) e Ma Dong Seok (um gangster), leva os espectadores ao limite psicológico e emocional ao longo do enredo. Em suma, é um drama imperdível que provoca vários tipos de emoções ao espectador, levando-o sempre a ansiar por mais.

BeTipul (Israel)

Embora não se saiba, BeTipul é a série mais conhecida desta lista. Esta série israelita gira em torno da vida pessoal e profissional de Reuven Dagan (Assi Dayan), um psicólogo com uma clínica de renome onde são tratadas inúmeras patologias psiquiátricas. No entanto, o enredo não é assim tão linear, uma vez que o próprio Reuven está em tratamento psicológico. A série, de apenas duas temporadas, deteve um dos melhores elencos de luxo do seu país e conhece, ainda hoje, uma das maiores taxas de adaptação em países estrangeiros. Ora vejamos, BeTipul foi adaptada em Portugal, EUA, Canadá, Brasil, Itália, Japão, Argentina e em diversos países do norte da Europa e de Leste. Para os mais curiosos, a versão portuguesa chamava-se Terapia, passou na RTP 1 e incluiu nomes como Virgílio Ferreira, no papel de protagonista, e Ana Zanatti.

Between (Canadá)

Esta série estreou em 2015 e traz-nos a trama de uma pequena cidade onde, subitamente, todas as pessoas com mais de 21 anos começam a morrer. Basta fazermos o exercício de imaginarmos quem comanda o nosso país e de retirarmos as pessoas com mais de 21 anos da equação e temos aí um país desgovernado. São precisamente essas as circunstâncias em que se encontram os jovens sobreviventes que se veem então forçados a lutar pela vida neste cenário pós-apocalíptico circunscrito a uma área de quarentena com 16 km de diâmetro onde permanecem presos, pois ao que parece uma vacina salvou o resto da população mundial. Apesar de cientificamente estar longe de uma coerência e raciocínio lógico, o desenrolar da história vai levantando dúvidas interessantes sobre a origem desta doença, vai trazendo ao de cima disputas de sempre entre famílias de sobreviventes e vai revelando o pior de algumas pessoas, bem como a coragem de outras nesta luta pela sobrevivência. Não sendo brilhante, os 12 episódios que já foram para o ar, pertencentes às duas primeiras temporadas (6 de cada) veem-se agradavelmente e conseguem despertar alguma curiosidade em percebermos quem e como se conseguirão salvar deste cenário dramático.

City Hunter (Coreia do Sul)

City Hunter, em português Caçador da Cidade, é uma série de drama, ação e romance sul coreana de 20 episódios. A história começa quando Lee Yoon Sung foi raptado ainda bebé por um amigo do seu falecido pai (que morrera em missão militar) chamado Lee Jin Pyo, com o objetivo de o transformar num soldado de elite para o ajudar a vingar-se do Conselho dos Cinco, que é constituído por políticos corruptos. Lee Yoon Sung, convencido que Lee Jin Pyo era o seu verdadeiro pai, seguiu todas as suas ordens e colocou o seu plano de vingança em ação com o cognome de City Hunter. Ele ainda pode contar com a ajuda de Bae Man Duk, um amigo que salvou de uns bandidos, e ainda com Kim Na Na, uma guarda-costas da casa Azul que descobre a verdadeira identidade de Lee Yoon Sung e se apaixona por ele. Enquanto isso, ainda existe um promotor chamado Kim Young Joo que, ao mesmo tempo que tenta acabar com a corrupção do governo criada pelo Conselho dos Cinco, tenta descobrir a verdadeira identidade do City Hunter.

Ichi Rittoru no Namida (Japão)

Preparem muitos lenços caso vejam esta série! Tal como diz o título Ichi Rittoru no Namida (Um litro de lágrimas) é bastante emocional e baseada numa história verídica. A série só tem 11 episódios e conta a história de uma rapariga de 15 anos chamada Aya que descobre que tem uma doença degenerativa incurável. No início, a vida de Aya é como a de todas as raparigas da sua idade: mora com os pais e irmãos, é boa aluna e jogadora de basquetebol. Mas algo estranho começa a acontecer a Aya, ela do nada começa a perder o equilíbrio e a cair, não consegue agarrar em objetos com facilidade, começa a cometer imensos erros nos treinos de basquetebol, entre outras falhas no seu dia a dia. Preocupados, os pais de Aya levam-na ao médico e descobrem que ela sofre de degeneração espinocerebelar, uma doença incurável que deteriora o cerebelo gradualmente até uma pessoa deixar de andar, falar, comer, escrever, etc. A partir daí começa uma luta desesperada dos pais, irmãos e amigos para encontrar uma cura para a doença de Aya enquanto o seu estado vai piorando. Não vamos contar o final, que é um grande spoiler, mas agarrem os lenços, pois esta série baseada no diário de vida de Aya Kito é muito emocionante.

Iris (Coreia do Sul)

De fazer inveja aos dramas de ação e espionagem de Hollywood, Iris, de 20 episódios, ultrapassa fronteiras e a história passa-se entre a Hungria, China e Japão, para além da Coreia do Sul. O sucesso foi tão grande que, para além de ter ganho vários prémios, originou ainda um filme, uma sequela (Iris II) e um spin-off (Athena: Goddess of War). Como um bom drama de espionagem, o passado das duas personagens principais é muito mais relevante para a intriga internacional do que se pensava. Tem muita ação e uma história de amor que nos deixa de coração agarrado ao ecrã. É viciante e muito boa desde o início. Vale a pena, se quiserem ter o coração e o cérebro a mil à hora até ao final.

Lost Girl (Canadá)

Do Canadá com muito amor chega-nos Lost Girl, um drama sobrenatural com cinco temporadas e que marcou muita gente. Há séries que quem vê não esquece e depois de ver esta é difícil querer menos da vida do que o amor e amizade que é possível encontrar em Lost Girl. Bo é uma sucúbus (um ser sobrenatural que se alimenta da energia sexual – ou chi – das pessoas) que cresceu no mundo humano sem consciência do que era até que, na adolescência, drenou a energia do seu namorado até que este morresse. Sem saber o que era ou quem era, sentia-se perdida (daí o título da série) e um dia fugiu de casa para não mais regressar. No caminho encontra Kenzi, a melhor e mais fixe humana de sempre, e juntas entram no mundo sobrenatural – o mundo dos Faes – e enquanto descobrem o quê e quem é Bo, conhecem Dyson, Trick, Lauren, Tamsin, Hale, Vex e outras personagens, vivendo várias aventuras e amores. A série criou uma base sólida de fãs intitulada Faenatics e deixou muitas saudades. E Kenzi é realmente das melhores personagens de sempre.

Primeval: New World (Canadá/Reino Unido)

Esta é daquelas séries de uma temporada que nos entretém e que serve como ponte para conhecermos outra que jamais iremos esquecemos​: Primeval, o original britânico de 5 temporadas do qual Primeval: New World é spin-off. Viagens no tempo sempre interessaram muita gente e é precisamente isso que esta série nos traz. Quem nunca quis viajar para outra era? Portais – chamados anomalias – começam a abrir-se no Canadá e animais que vêm dos mais variados períodos da história começam a aparecer – nem sempre de forma pacífica – no Canadá de hoje. Pronto, se calhar assim já não parece tão divertido, mas sim assustador, não é? Tem apenas 13 episódios, portanto serve para ocupar o tempo sem realmente perder muito.

Rookie Blue (Canadá)

Embora ao início até se possa estranhar devido ao seu registo comummente associado aos dramas médicos, as personagens de Rookie Blue acabam por se entranhar e se tornar parte da família. A série segue a vida de cinco jovens polícias em início de carreira. Acabados de sair da Academia, Peck, Nash, McNally, Epstein e Diaz têm a teoria na ponta da língua, mas o dia a dia rapidamente lhes ensina que esta está longe de ser suficiente. Integrados na 15.ª Divisão da cidade de Toronto, uma equipa considerada de elite, vamos, a cada episódio, aprendendo mais sobre os seus passados, os seus sonhos e as suas dúvidas. Para além de entreter com histórias emocionantes, Rookie Blue torna-se relevante no sentido em que abre portas para a humanidade por detrás do uniforme. É uma lição de vida, com altos e baixos, que contou com seis temporadas. Embora tenha sido cancelada, o último episódio da série foi um ponto final de encher as medidas.

Wentworth (Austrália)

Wentworth é uma adaptação contemporânea de Prisoner, também ela australiana, que esteve no ar entre 1979 e 1986. Tendo um estabelecimento prisional como contexto, a série explora as vivências de quem neste reside, abordando os porquês, e de quem lá trabalha. Poderá dizer-se que Bea Smith é a personagem principal, servindo de elo de ligação entre as restantes. Sem qualquer registo criminal prévio, Smith é transferida para Wentworth após ser acusada do assassinato do marido. À medida que se vai integrando, vamos ficando a conhecer os jogos de poder que se cruzam e entrecruzam um pouco por todo o lado. Com quatro temporadas disponíveis e uma quinta já em fase de produção, Wentworth é uma série que não só questiona a definição de vilão, como aborda muitos outros tópicos, não só interessantes como relevantes. Escrita de um modo freneticamente intenso, é um drama que consome a cada frame.

Quanto a ti, quais recomendas?

André Borrego, Cristiana Silva, Diana Sampaio, Margarida Silva, Mafs,
Patrícia Vieira, Rui André Pereira e Teresa Barreto

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