Orange Is the New Black: análise da 4.ª temporada
| 09 Jul, 2016

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Orange Is the New Black nunca deixa de me surpreender. Nem sempre pela positiva, mas é uma série que surte em mim um efeito que mais nenhuma consegue. Confesso que quando comecei a ver esta temporada estava a pensar que era preciso mais para ficar ‘agarrada’ ao ecrã ou então iria pensar em desistir da série. Agora que terminei, não vou desistir coisa nenhuma! Entre a Piper e eu, bem, não sei qual de nós é a mais bipolar. Detestei-a na 1.ª temporada, adorei-a na segunda, voltei a odiá-la na terceira e agora, bem, gosto dela de novo. No entanto, é provável que no próximo ano já não goste dela novamente.

Esta 4.ª temporada é, sem dúvida, a temporada mais séria de Orange Is the New Black. Com a chegada destes novos guardas, instaurou-se na prisão um clima que não havia dantes. Mas a sério, escolhem estes idiotas a dedo? Guardas que provocam inmates a ponto de começarem à pancada, que as obrigam a escolher entre comer moscas ou um rato bebé, que levam armas para dentro da prisão… E os outros deixam-se levar porque são todos compinchas e ninguém quer denunciar o parceiro. Nice, people! Só porque estas mulheres estão presas, não significa que não sejam pessoas com direitos. Devem ser tratadas como tal! A sério, e Caputo foi a maior desilusão! Sempre pensei que ele ia ficar do lado certo, que ia denunciar a brutalidade que resultou na morte de Poussey, mas no final ele mostrou que é mais um peão neste jogo.

A rivalidade entre os diversos grupos na prisão também atingiu proporções impensáveis, principalmente entre latinas e brancas. Que belo par de racistas que a Piper arranjou para patrulhar a prisão e torná-la gang free. Porque é que ninguém lhes queimou uma suástica no braço? Às vezes penso que Piper arranja mesmo lenha para se queimar e que até merecia uma retaliação, mas nada como isto! Uma coça era merecida, agora queimarem-na como gado, ainda por cima tendo em conta o símbolo com que a marcaram… Reprovo totalmente!

Mas tivemos de volta Nicky, ai que saudades! Escusado era o regresso aos maus hábitos. Aquela rapariga não ganha juízo e eu queria tanto que ela se mantivesse no bom caminho! A ver vamos se é desta que ela deixa Red orgulhosa. De volta também esteve Sophia, embora bastante apagada. Esta série tem tendência para ‘apagar’ algumas personagens, tal como aconteceu com Alex. Que é feito da personagem badass da primeira temporada? É claro que toda esta situação do tipo que a tentou matar é muito marada e difícil de digerir, Alex nem seria ‘humana’ se não sentisse o peso da sua responsabilidade na morte dele, mas quero a velha Alex de volta.

Estou mortinha por ver se Daya vai realmente fazer alguma coisa com aquela arma. Os guardas estão a precisar de uma lição, mas não acho que matá-los seja a resposta certa. Que tipo de retaliação exerceriam os outros sobre as reclusas? Queremos mesmo ver este jogo tornar-se ainda mais perigoso do que já é? Ainda por cima sabendo que Caputo decidiu ficar do lado dos guardas. Quem vai proteger estas mulheres? Ninguém as tem tratado com justiça!

Vai demorar muito a chegar a próxima temporada, mas espero que seja tão boa ou ainda melhor do que esta, mas com mais daqueles momentos leves e engraçados de outras temporadas, quando não esperávamos que tudo pudesse correr mal a qualquer momento.

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