The Witcher: criadora fala sobre feminismo na série, a adaptação ao ecrã e projetos futuros
| 17 Jan, 2022

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Em entrevista ao The Hollywood Reporter, Lauren Schmidt Hissrich, criadora e produtora executiva da série The Witcher, fala sobre os desafios de adaptar a obra literária ao pequeno ecrã, dos possíveis projetos futuros e da importância das personagens femininas na série. A 2.ª temporada estreou no passado dia 17 de dezembro e está disponível na Netflix.

Dado o sucesso instantâneo de The Witcher quando foi lançada a 1.ª temporada, Hissrich conta que sempre houve intenção de continuar a expandir o universo. Baseando-se na obra literária de Andrzej Sapkowski, escritor e criador deste mundo, a criadora afirma que tem ideias para spin-offs (para além do já confirmado The Witcher: Blood Origin) e outras séries que poderão abrir portas a um novo desenvolvimento da história.

“A pandemia foi um enorme obstáculo, porque começámos a pensar que talvez os fãs perdessem o interesse na série pelo facto de terem de esperar mais tempo pela 2ª temporada”, admite Lauren Hissrich. Acrescenta, ainda, que o processo de escrita da 3.ª temporada já terminou e a produção da mesma terá início ainda este ano.

Uma vez que o universo de The Witcher já conta com uma base sólida de seguidores assíduos, tanto da obra literária, como do videojogo, Lauren Hissrich confessa que estes dois fatores acabam por facilitar o processo de adaptação da narrativa ao pequeno ecrã. No entanto, a criadora conta que o segundo livro, Blood of Elves, que deu origem à 2.ª temporada, foi o mais desafiante de adaptar devido ao desenvolvimento complexo das personagens e respetivos arcos. Um exemplo é a história de Yennifer (Anya Chalotra): a personagem só aparece de forma mais significativa no final do livro e, então, na série, Hissrich optou por envolvê-la na jornada de Geralt (Henry Cavill) e Ciri (Freya Allan) para não deixar os fãs expectantes em relação ao seu rumo. O objetivo era “oferecer às personagens a mesma dose de amor e atenção”, sublinha a criadora, tendo sempre em conta o fator da coerência narrativa.

O universo de The Witcher é marcado pela presença de personagens femininas fortes e carismáticas, como é o caso de Yennifer, Ciri e Tissaia (MyAnna Buring). Questionada sobre o desafio de adaptar estas personagens femininas ao pequeno ecrã, Lauren Hissrich afirma que é “uma honra ter a capacidade de as desenvolver de um forma igualitária e complexa, tal como as personagens masculinas”. Na série, as personagens femininas não se resumem a personagens secundárias e a criadora faz questão de as representar de forma fiel. “Elas tanto são fortes, como vulneráveis; também cometem erros e arrependem-se de algumas decisões que tomam”, sublinha. “Eu só queria ter a certeza que os homens e as mulheres eram representados de forma igual”, explica Lauren. “Nos livros, Geralt é a personagem principal e as restantes personagens são-nos apresentadas durante a sua jornada, através da sua perspetiva. Na série, eu quis aprofundar personagens como a Yennifer: perceber como foi o início da sua vida, quais os seus traumas, mas também expor as suas conquistas e aventuras antes de conhecer o Geralt”, remata.

The Witcher conta a história de Geralt, um bruxo caçador de monstros cujo destino está inevitavelmente interligado ao de uma princesa, Ciri. Passadas num cenário denominado Continente, as aventuras de Geralt desenrolam-se ao longo de várias décadas, passando por diversos pontos históricos da narrativa e personagens. A série apresenta-nos as dificuldades e obstáculos aos quais Geralt está sujeito, até ao momento em que tem de decidir se aceita ou não o seu destino.

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