Motivos legítimos para deixar de ver uma série
| 03 Jun, 2017

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Qualquer motivo é válido para deixar de ver uma série que já não nos prende a atenção, mas há que admitir que uns são mais legítimos do que outros. Largar uma série só porque ficámos zangados por o nosso personagem preferido ter saído ou morrido é excessivo. Essas decisões não deviam ser tomadas a quente, mas seriólico que se preze pensa com o coração e não com o cérebro. Agora a sério, todos os que partilham esta nossa paixão sabem o quanto pode ser difícil desistirmos de uma série, mas às vezes tem mesmo de ser. A pensar nisso, decidimos criar uma lista com alguns motivos que consideramos mais do que legítimos para deixarmos de ver uma série.

 

Perda de essência e consequente diminuição de qualidade: Se uma série te costumava fazer rir e agora só te deixa com um sorriso amarelo na cara está na altura de deixares de a ver. Se a série que te deixava as emoções à flor da pele agora não te faz sentir nada senão saudades dos bons velhos tempos também está na altura de seguires para outra. Se aquilo que te conquistou ao início deixou de existir e se sentes que a magia se perdeu também é melhor procurares alternativas. Se dantes a série merecia vencer Emmys e Globos de Ouro, mas agora achas que se aproxima mais de ganhar uma espécie de Razzies para televisão é provável que o único motivo para a continuares a ver seja por lealdade. E as séries é que deviam manter-se leais aos seus fãs e esforçarem-se por mantê-los e não ao contrário. E depois de ter aparecido o termo ‘Netflix cheating’ ninguém está à espera que sejamos fiéis. O que vos vale, Grey’s Anatomy e Once Upon a Time, é que eu acredito em segundas (e terceiras) oportunidades no que toca a séries! E a verdade é que as séries também conseguem dar uma volta por cima e recuperarem-se de maus momentos. Outro caso flagrante: True Detective! A 1.ª temporada foi excelente e um fenómeno no mundo das séries, mas a 2.ª temporada foi completamente diferente e perdeu a sua essência.

Fator longevidade: Alguma vez adoraram tanto uma série que desejaram diversas vezes que durasse para sempre e para sempre? Já repararam que as melhores nunca se prolongam muito mais do que devem? Aquelas que poucas pessoas realmente desejam que nunca acabem são precisamente as que mais tipicamente caem nesse erro e é aqui que me foco sobre os policiais que têm sucesso. Quando começaram, adorava todos os CSI, mesmo o Miami… mas ao fim de dez temporadas em que pouco mudava de episódio para episódio, fui forçado a desistir de as ver. Outro exemplo dessa longevidade extra foi o caso de Criminal Minds. No início era baseada em casos reais; depois, quando ficaram sem inspiração, foram criados casos fictícios, mas ainda bons. Hoje em dia, e após diversas alterações de elenco (a saída de Mandy Patinkin e Thomas Gibson, por exemplo), está ligada às máquinas, sem que os produtores e criadores a deixem partir em paz. É rara a série que dura muito tempo  e não tem uma perda significativa de qualidade. Apesar de nunca ir desistir de The Big Bang Theory, uma das minhas preferidas, estaria a mentir se não dissesse que é raro hoje em dia o episódio que me faça rir como no início. Outros casos flagrantes: Castle, Bones, Rizzoli & Isles e Grey’s Anatomy.

Acumulas episódios seguidos para dar prioridade a outras séries: É um claro sinal de desinteresse quando dás por ti a acumular quatro ou cinco episódios de uma série e tens em dia as outras todas. Sim, porque nesse caso o teu problema não é falta de tempo, mas sim falta de vontade de ver aquela. E o pior é que assim em vez de teres um único episódio de uma série chata para ver tens uma montanha deles, o que pode constituir uma tarde perfeita de tortura. Foi precisamente o que me aconteceu com Bones. Decidi que não queria passar as minhas folgas a pôr em dia episódios de uma série que já pouco ou nada me dizia. Com The Fosters nunca acumulei tantos, mas acabava por ser sempre a última série que via. Abandonar ambas foi a decisão certa! Outro caso flagrante: Scandal era uma das séries que mais detestava gostar de ver. A certa altura, na 3.ª temporada, deixei acumular uns oito episódios e não tive a força de vontade para ver de seguida, acabando por desistir da série. Coisa de que não me arrependo!

Cerca de 90% do tempo não há nada a acontecer, mas os cliffhangers deixam-te curioso: Isto além de ser irritante é quase uma manipulação! Entregarem-nos 40 minutos aborrecidos e depois lembrarem-se de fazer uma cena final empolgante é obrigar o espectador a continuar a ver a série, pura e simplesmente. Não se faz! Se fosse 10% de tempo de episódio em que não se passa nada, tudo bem, agora ao contrário… Foi assim que The Walking Dead me agarrou durante mais temporadas do que devia, mas chegou a um ponto em que tive que dizer basta. É claro que não se pode pedir, em série nenhuma, que não haja momentos parados, mas quando uma série está tão ‘morta’ como um zombie o melhor é fugir.

Alterações extremas de elenco: Nada contra personagens novos, mas uma parte muito importante de uma série são aquelas pessoas cujas vidas acompanhamos e de quem passámos a gostar. É complicado vermos personagens com quem nos preocupamos serem substituídos por outros de quem ainda mal sabemos os nomes. É precisamente esse o motivo que levou muita gente, eu incluída, a deixar de ver Glee. Além disso, os personagens novos têm que ser introduzidos gradualmente, para nos habituarmos a eles, e sempre apoiados pelo elenco mais antigo. One Tree Hill e Desperate Housewives juntaram novos elementos que substituíram outros antigos, mas mantendo grande parte do elenco original e não resultou mal. No entanto, House M.D. também se perdeu um pouco quando introduziram a Dr.ª Adams, a Dr.ª Masters e a Dr.ª Park. Foi tão mau que eu já nem me lembrava do nome das personagens e tive mesmo de os ir procurar. Podem crer que me recordo de como se chamam os restantes personagens!

Saída de uma personagem querida: Às vezes não é preciso haver uma alteração de elenco extrema, pode ser só aquele personagem que adoram e que é a essência da série para vocês a abandonar o elenco. Existem normalmente duas maneiras de abandonar uma série: ou a personagem afasta-se da história ou simplesmente morre. Ambas custam bastante, mas a morte é pior, porque sabemos que não existe qualquer esperança de regresso. A não ser que sejam fãs, como eu, do sobrenatural. Aí basta fazerem um acordo com um demónio numa encruzilhada! Mas se não tiverem essa sorte pode fazer-nos sofrer o suficiente para deixar de ver a série. No meu caso abandonei NCIS, o meu policial preferido, quando, separadamente, mas com pouco tempo de diferença, saíram Ziva e Dinozzo. Em alguns casos, quando o personagem que saiu ou morreu é de extrema importância para verem a série, o facto de já não estar lá pode ser o suficiente para apagar a série da vossa lista! Mas se um único personagem é o motivo para ver uma série… Diga-se que as probabilidades de essa série e vocês terem uma relação a longo prazo são baixas.

Surgimento de outras séries melhores: Se veem uma série mais por rotina do que por prazer e nessa altura, quase que a provocar, surge uma nova dentro do mesmo género, a gritar ‘vê-me antes a mim, sou melhor!’, provavelmente a primeira acabará por ser trocada, uma vez que nem sempre existe tempo para ver todas. No meu caso, estou a pensar em exemplos como Elementary, que utilizei para preencher a minha dependência de Sherlock, até que regressou o verdadeiro Sherlock, interpretado por Benedict Cumberbacth, e após ver a segunda temporada foi impossível regressar a Elementary. Era como comer o melhor bife do mundo e na refeição a seguir comprar um bife congelado, comê-lo frio e por cozinhar. Outro caso flagrante: Scandal, mais uma vez! Desisti de ver porque descobri a melhor série de política de sempre, House of Cards!

Fraca adaptação da fonte original, nomeadamente livros ou comics: Quando uma série é baseada em livros ou comics e não corresponde nada às nossas expectativas, torna-se doloroso ver a história de que gostamos ser devastada no pequeno ecrã. Para mim o caso mais flagrante foi o de The Legend of the Seeker, que foi baseado numa das minhas sagas preferidas de fantasia, The Sword of Truth, e que na televisão foi horrendo! Não passei da primeira temporada, apesar de ter havido duas. No caso dos comics, a minha mágoa vai para Human Target, um herói que nos comics tinha o poder de morrer pelas outras pessoas e voltava à vida. Assim, quem estava sob ameaça contratava-o e ele morriam fingido ser as pessoas que eram o alvo, uma vez que tinha o poder de mudar de cara. Na tv era um guarda costas dignificado, um indivíduo que tinha tido treino militar e conseguia vencer todos os seus oponentes, sendo melhor lutador e mais engenhoso. Ou seja, uma espécie de policial manhoso. Outro caso flagrante: Again, Rizzoli & Isles! O que vale é que já tinha visto umas quantas temporadas da série quando comecei a ler a saga, que é imensamente superior, com personagens e casos muito mais interessantes. Se tivesse lido os livros antes de ver a série ter-me-ia sentido frustrada.

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