Em 1910, o Japão colonizou a Coreia, com o objetivo de expandir o seu império. Forçados a viver neste regime, muitos coreanos foram obrigados a sair do país em busca de uma vida melhor. Pachinko, um drama da Apple TV+, inicia este piloto com um contexto histórico marcante, mas essencial para te envolveres completamente nesta saga familiar épica.
A nova série é uma adaptação da obra com o mesmo nome, de Min Jin Lee, que ganhou bastante popularidade, principalmente por ser finalista do National Book Award em 2017 e por ter sido escolhida como livro do mês no clube do livro de Emma Watson, Our Shared Shelf.
Desde a publicação do livro que tenho curiosidade em lê-lo e a adaptação é a motivação que me faltava. Este primeiro episódio destacou-se pelo investimento óbvio da Apple TV+ na série. A nível estético está num patamar muito elevado, com paisagens lindíssimas, um guarda-roupa histórico impressionante e, no geral, uma imagem muito cinematográfica e cuidada.
Quanto à história, seguimos quatro gerações de uma família a partir do uso de diferentes timelines, que balançam entre o presente e o passado, com Sunja (Youn Yuh-jung) como figura principal. Em 1910, Sunja é apenas uma criança, forçada a lidar com muita violência e experiências traumáticas relacionadas com a ocupação japonesa. Já no tempo presente, Sunja é uma senhora de idade avançada a viver em Osaka. O neto, Solomon (Jin Ha), já cresceu nos Estados Unidos da América e, por isso, avó e neto têm experiências de vida completamente distintas, tornando a narrativa e o que significa ser imigrante/refugiado em tempos e situações diferentes um tema muito interessante que a série consegue explorar.
Além de haver várias histórias que seguimos em simultâneo (o que torna a experiência de ver a série sempre interessante), vê-se que cada personagem é tratada com muita consideração e, o mais espetacular de ver sagas familiares é esta conexão que temos desde o início. Com o caso de Sunja, ver o que ela passou durante os tempos de infância não só me faz sentir empatia por ela, como me faz perceber como é que chegou ao que é, em adulta. É incrível ver, por exemplo, coisas que o pai lhe disse na altura refletirem a sua atitude perante a vida. Uma das que mais me marcou foi quando o pai lhe disse que ela tem uma vontade de viver enorme e que toda a gente o tem, também. É um pensamento muito importante para todos os sobreviventes de guerra e algo que fica com eles para a vida.
O final do episódio prometeu um romance proibido entre pessoas bastante diferentes, o que me deixou curiosa para o que aí vem. Penso que vá lidar muito com o choque de culturas e talvez um possível envolvimento da máfia. Enfim, preciso de me despachar e ler o livro para poder desfrutar do resto desta série!
Se este artigo ou outras opiniões te intrigaram, por favor vê! É uma produção épica, muito bem cuidada, que espero que tenha o sucesso merecido.
Pachinko já tem cinco episódios disponíveis na Apple TV+, de um total de oito que ficarão disponíveis até ao final de abril.
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