Superstition – 01×01 – Pilot
| 24 Out, 2017

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[Contém Spoilers]

O novo drama sobrenatural original da emissora Syfy foi algo inesperado. A história começa 16 anos antes, quando Arlo, (Myles Truitt) o irmão mais novo da família Hastings, morre inesperadamente. Na sua dor, Calvin (Brad James) parte para o Afeganistão e volta agora a casa. O episódio desenrola-se com a adaptação de Calvin à nova vida em La Rochelle, onde descobre que deixou uma filha, Garvey (Morgana Van Peebles), para trás, para além do combate aos demónios aka Infernals e das visões constantes acerca da morte do pai, Isaac (Mario Van Peebles).

Após a reunião familiar, surge o primeiro alerta sobrenatural na cidade; durante uma missa, a população decide “brincar” com cobras (muito escusado). O bad guy (W. Earl Brown), que me deu ideia de ser o vilão de toda a season, aparece do nada e as cobras (venenosas, claro) começam a atacar tudo e todos. No final de uma cena muito deprimente e de morrer para quem sofre de ofidiofobia, o nosso vilão entrega uma moeda com serpentes de um lado e doutro à única sobrevivente do ataque. Uns dias depois, essa mesma sobrevivente transforma-se numa mulher serpente ou cascavel (qualquer coisa que se parece com uma cobra: olhos, dentes e língua bifurcada, etc). A qualquer pessoa que tenha tocado na moeda acontece o mesmo. Caos em La Rochelle.

Na minha opinião, a cena das cobras/serpentes/cascavel: desnecessária! Para quem não gosta desses bichinhos ainda mais. Na minha opinião, quem deveria proteger a cidade não o fez assim tão bem, foi mesmo o ponto baixo da série: tentativa falhada de salvar a cidade das pessoas/cobras venenosas, mas posto isto podemos passar ao ponto alto de todo o episódio: o cliffhanger final (cuidado: o maior spoiler de sempre vem já a seguir)!

Todos nós seriólicos adoramos um bom plot twist! Eu digo mesmo que de todas as séries que vi este foi dos maiores plot twists de sempre, a sério. O episódio estava a ter um percurso interessante, com algumas falhas em termos de explicação de personagens, mas com alguns bons efeitos. A cena de luta entre Isaac e Calvin com o vilão (que supostamente dá pelo nome de The Dredge – W. Earl Brown, mas que durante o episódio nunca foi mencionado por esse nome), foi boa, apesar de aquele anel de Isaac ser too much green lantern stuff.

Pareceu-me também que as visões de Calvin podiam servir para mais. Se uma personagem tem visões do futuro convém que “sirvam” para algo, não basta ter as visões (achei que deve ser um ponto melhor trabalhado, de forma a que se possa fazer algo para as mudar).

Relativamente às personagens no geral não foram más de todo; apesar de ter preferido a participação de Brad James, a que teria mais potencial no futuro seria  a filha Garvey, interpretada por Morgana Van Peebles; apenas Tilly (Tatiana Zappardino) me pareceu sem graça e deslocada da história; a mãe de Calvin, Bea (Robinne Lee), teve uma boa prestação apesar daquela cena em que tenta encontrar as moedas ter também sido ligeiramente dispensável. Em poucos minutos Calvin ficou com a mãe doente e sem pai? Cliffhanger alert!

Calvin decapita o pai. Sim, leram bem! O personagem principal, Isaac Hastings, é decapitado no primeiro episódio. Ninguém, mesmo ninguém, estava à espera disto. Tudo devido a uma “trafulhice” do vilão (The Dredge – W. Earl Brown) que, por alguma razão, consegue trocar de corpo ou iludir alguém que é outra pessoa. Foi o que aconteceu. Calvin matou o pai por pensar que estaria a matar o vilão. E o episódio termina. WTF!?

Ficam muitas questões no ar: muitos “isto aconteceu mesmo?”; “todos sabem da vida sobrenatural em La Rochelle?”; “o que são realmente os chamados infernals“?

Considero esta uma boa aposta por parte da Syfy, mas penso que fica aquém de séries idênticas como, por exemplo, Midnight Texas (NBC). Para primeiro episódio é considerado um bom piloto, mais a níveis de “cenas wow”; no entanto, careceu de explicações básicas e de algum background das personagens, que esperemos vir a ter nos próximos episódios. Até agora, estão previstos doze deste que é o novo projeto do produtor Mario Van Peebles.

Margarida Rodrigues

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