Batwoman – 01×13 – Drink Me
| 29 Fev, 2020

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[Pode conter spoilers]

“I’ve always wanted to slay a vampire.”

Uma nova semana trouxe consigo Drink Me, um novo episódio de Batwoman.

Neste episódio, uma nova vilã afunda os seus dentes em Gotham aquando da grande abertura de The Hold Up, o bar de Mary e Kate e o primeiro projeto da Wayne Enterprises. Entretanto, a libertação de Jacob leva Sophie a pedir a Batwoman que mantenha a sua distância, sabendo que as suas interações podem vir a comprometer a sua carreira. Por fim, Mary tem uma revelação.

Após um punhado de episódios fortemente focados na relação entre Kate e Alice, Batwoman regressa ao seu registo de vilão-da-semana em Drink Me. Aqui, Kayla Ewell interpreta o papel de Nocturna, o mais recente nome na grande lista de criminosos de Gotham. A personagem é conhecida por matar as suas vítimas ao drená-las de sangue, como se de uma vampira se tratasse – uma clara homenagem ao facto de Ewell ter interpretado Vicki Donovan em The Vampire Diaries, pertencente ao mesmo canal.

Ainda que a ideia de uma vampira andar à solta em Gotham pareça ser um pouco rebuscada (mesmo para uma série de super-heróis), Batwoman consegue trazer um toque de credibilidade à situação ao explicar que a personagem precisa de sangue não para o beber, mas sim devido a um problema de saúde que impede que os seus rins funcionem de forma eficaz.

Apesar de sentir que, até agora, a série tem andado a explorar estes antagonistas de forma muito superficial, acho interessante que Batwoman continue a trazer-nos vilões que, de uma ou outra forma, escolheram uma vida de crime de forma a lidar com aquilo que acreditam ser injustiças. Magpie roubava aos ricos porque sentia que essa era a única forma de sobreviver, o Executioner tentou corrigir erros do seu passado ao atacar agentes da lei corruptos, Parker procurava a aprovação dos seus pais após ser renegada pela sua orientação sexual e Natalia vinga-se de quem desperdiça a sua vida com drogas e álcool enquanto ela sofre com problemas de saúde. Os seus motivos definitivamente não desculpam as suas ações, mas permitem que seja mais fácil colocarmo-nos no seu lugar.

No entanto, foi Sophie quem captou grande parte da minha atenção, neste episódio, tendo agora mais foco que nos capítulos anteriores. A agente parece tomar pequenos passos em direção a aceitar a sua sexualidade durante a série, inclusive quando Jacob ordena a que compareça à festa de lançamento do The Hold Up (que, relembremos, é um gay bar). Apesar de parecer estar fora da sua zona de conforto, Sophie lida com a situação de modo muito diferente ao sucedido em Tell Me the Truth e parece mesmo chegar a divertir-se, ainda que durante pouco tempo.

Se, até agora, temos falado em baby steps em relação a Sophie, podemos afirmar que o final deste episódio foi um autêntico salto para esta personagem e para a sua relação com Batwoman. Foi uma surpresa que teve tanto de agradável como de inesperado, e que me deixa a pensar se Sophie se estará a apaixonar por Batwoman, ou se as suas suspeitas em relação à sua identidade se mantêm. De qualquer forma, ao contrário do que aconteceu entre as duas personagens no passado, Sophie parece escolher priorizar a sua relação com Batwoman, ainda que sem abdicar do seu trabalho – um passo significativo na direção certa. A personagem quer, de forma compreensiva, viver o melhor dos dois mundos (e porque não?), mas terá de existir um momento no futuro em que a agente se virá forçada a tomar uma posição mais definitiva entre o seu trabalho e a sua vida amorosa.

É o regresso de Jacob ao ativo que coloca toda esta problemática em movimento. Batwoman não é imune ao lugar-comum já conhecido em séries e filmes de super-heróis que dita que forças de autoridade e vigilantes simplesmente não se dão. O facto de o comandante dos Crows ser o pai de Kate apenas adiciona mais uma camada à questão e, por mais irritante e inconveniente que este tipo de narrativa seja, tenho a dizer que mal posso esperar pelo dia em que Jacob virá a descobrir a verdade sobre a sua filha.

Quem não terá de aguardar para descobrir a verdade sobre Kate Kane, no entanto, é Mary! Mencionei, na review anterior, que acreditava que não teríamos de esperar muito mais para que a bat team se viesse a formar e, neste episódio, a série parece tomar um passo largo nessa direção ao deixar que Mary junte as peças sobre a identidade da nossa protagonista. De forma propositada, Batwoman demonstra que Kate e Luke não são propriamente os melhores a esconder a verdadeira identidade da super-heroína, pelo que seria uma completa traição à inteligência de Mary se esta não descobrisse, mais cedo ou mais tarde, que a sua meia-irmã é Batwoman. Sim, estou a olhar de soslaio para Supergirl, neste momento.

Falando ainda sobre Luke, adoro a relação estabelecida entre o personagem e Kate, em especial neste novo episódio. De certa forma, as suas interações relembram-me as brincadeiras e piadas entre dois irmãos, o que é bastante agradável de ver numa série. Já a relação entre o personagem e Mary parece-me ser um pouco diferente e, apesar de aparentar ser completamente platónica por agora, imagino-a capaz de roçar o romântico daqui a uns tempos, sendo que não me oponho de todo a tal.

Por fim, resta-me apenas falar sobre Alice, que simplesmente não se conforma com o facto de Kate ter escolhido Beth e está bastante magoada com o sucedido. No episódio anterior, falei um pouco sobre o facto de achar que Kate tomou a decisão errada ao salvar Beth ao invés da sua irmã e cada vez mais se torna claro que existe alguma razão na minha afirmação. Alice parece não querer que Kate desista dela, mas todas as palavras e ações da nossa Batwoman levam a acreditar que esta já o fez e que Alice está para além da possibilidade de redenção. Caberá agora à irmã de Kate provar que a nossa protagonista está errada, e mal posso esperar para ver o desenvolver desta sua relação.

Batwoman regressa no próximo dia 8 de março com Grinning From Ear to Ear.

Inês Salvado e Margarida Rodrigues

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