Arrow – 06×14 – Collision Course
| 04 Mar, 2018

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[Contém spoilers]

Civil War

Num episódio em que as diferenças entre as duas equipas de vigilantes em Star City atinge o seu ponto de rutura é altura de cada um escolher o seu lado. Já escolheste o teu?

Com apenas nove episódios até ao fim da temporada, Arrow tem que obrigatoriamente pôr o pé no acelerador e agitar as coisas se quer salvar esta temporada. De forma mais ao menos consensual podemos dizer que a série até agora teve duas primeiras temporadas brilhantes, seguida de duas temporadas mais fracas e uma 5.ª temporada que conseguiu na generalidade recuperar muita da glória inicial. O cliffhanger dessa mesma 5.ª temporada prometia uma 6.ª onde tudo iria mudar, onde o status quo iria ser diferente e seria o primeiro passo para um novo rumo da série, após termos acompanhado tanto os cinco anos que Oliver Queen passou no inferno, como os cinco anos que levou para se estabelecer como Green Arrow, o super-herói de Star City. Era altura para algo novo e a novidade era essencial para manter o interesse do público e para a série manter a qualidade necessária de forma a competir com cada vez mais séries do mesmo género. O problema é que isso não aconteceu (todas as personagens importantes que estavam na ilha sobreviveram e estão de volta ao seu ponto inicial) e esta temporada tem sido turbulenta, mas na maior parte tem desiludido.

Até ao momento, o vilão da temporada traz um tema mais que recorrente de vingança por perda de alguém próximo às mãos de Oliver e que pretende roubar ao herói tudo o que lhe é querido. Mas depois de Deathstroke e Prometheus é impossível superar essa temática, assim como é impossível não estar farto de estarem sempre a bater na mesma tecla. Green Arrow nos comics é bastante conhecido pela sua vertente social e política e, uma vez que Oliver Queen na série é o prefeito da cidade, seria a oportunidade mais do que ideal para explorarem algo nesse sentido que pudesse ser aplicado na nossa realidade e nos problemas do dia a dia, mas não vimos nada disso. Temos visto algumas tentativas de abordar o drama de Oliver conjugar a sua vida com a vida de pai, mas tirando um ou outro momento mais memorável, não se pode dizer que esteja a ser um arco com grande sucesso. A aparente reforma de Oliver como Green Arrow e o passar do manto para Diggle foi um dos aspetos interessantes da temporada e que veio trazer alguma originalidade, embora mesmo esse arco tenha evoluído de forma a perder o impacto inicial e a ser resolvido de forma abrupta. Ficamos assim com a revolta da equipa dos novatos e a redenção de Black Siren.

Há esperança para Black Siren? É a pergunta que episódio após episódio vamos colocando e continuamos sem ter resposta. Os produtores vão-nos alimentando com vislumbres de esperança de que a vilã está a mudar, mas chegando ao final do dia nunca vemos nada concreto e a morte de Vincent é algo muito fresco e difícil de ultrapassar. Mesmo neste episódio estávamos à espera de o ver terminar com Laurel a entregar o dinheiro de volta a Oliver e a salvar a cidade da falência iminente, mas mais uma vez fomos desiludidos. A dada altura, Diggle pergunta a Oliver se todo aquele esforço para salvar Black Siren seria feito se ela não tivesse o rosto de Laurel e nós público perguntamos aos produtores: se a atriz não fosse Katie Cassidy será que continuaria a haver tanto investimento nesta personagem?

Quanto à equipa dos novatos, ou Team Outsiders, as opiniões dividem-se um pouco. É verdade que à maioria das pessoas já só apetece desatar à estalada quando Dinah, Curtis ou Rene entram em cena, mas não nos roemos também nós com as atitudes de Tony Stark em Captain America: Civil War, sendo que a colisão entre os heróis e as suas diferenças é que trouxeram brilho ao filme? Dinah recuar na sua sede de matar Laurel, optando apenas por desejar levá-la à justiça, e a lesão quase mortal de Rene durante o confronto entre as duas equipas foram pontos que trouxeram alguma simpatia para com a equipa dos novatos. Sendo que é exatamente isso que o enredo necessita para ser mais envolvente, precisamos de prós e contras em ambas as equipas para termos pessoas a torcer por uns e pessoas a torcer por outros, havendo no final uma ameaça global que os levará a trabalhar em conjunto de novo.

Para a 6.ª temporada não falhar aos fãs ela precisa de se tornar noutra coisa, precisa de um novo vilão. Estará a salvação em Corto Maltese?

Não sei se está, o que sei é que pelo menos para o próximo episódio, “Doppelgänger”, estou entusiasmado, pois marcará o regresso de Roy Harper a Star City!!! Esperemos que Colton Haynes seja bem aproveitado e que Thea saia de vez do estado de letargia em que está desde que a temporada começou. Até lá, salvem as vossas cidades!

Emanuel Candeias

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