J.K. Simmons a dobrar, universos paralelos, ação, espionagem, conspiração, suspense e mistério. Ainda não estão convencidos de que Counterpart é uma das séries mais promissoras de 2018?
A nova aposta da STARZ, criada por Justin Marks, começa com a apresentação de Baldwin (Sara Serraiocco), uma assassina profissional badass que desejo muito que nos acompanhe ao longo da temporada.
Posteriormente, na Alemanha, conhecemos o nosso protagonista, Howard Silk (J.K. Simmons), no jogo de estratégia habitual, Go, com o seu amigo Andrei (Bernhard Forcher). Howard tem uma vida aborrecida e rotineira. Veste sempre fato e gravata e trabalha há 29 anos num local dominado pela segurança. O trabalho dele consiste em entrar numa pequena sala com um vidro a separar uma sala idêntica do outro lado. Howard senta-se em frente ao vidro e espera que o homem do outro lado faça o mesmo. Howard abre uma pasta ao mesmo tempo que o outro homem faz o mesmo. Ambos começam uma série de confirmações através de um conjunto de frases, verificando se tudo coincide. Howard avisa o outro homem que tem a gravata suja, um ato não autorizado que lhe vai custar a promoção para o departamento de estratégia, que tanto ansiava. O mais incrível é que Howard não faz a mínima ideia do objetivo do seu trabalho. Peter Quayle (Harry Lloyd), o seu superior, dá a promoção ao colega e amigo de Howard, Marcel (Karim Saleh), muito mais novo que ele e que acaba morto por Baldwin.
Todas as noites, Howard vai ver a mulher Emily (Olivia Williams), que está no hospital em coma há seis semanas, depois de ter sido atropelada. Leva-lhe flores e coloca uma delas na mesa das enfermeiras. O cunhado, Eric (Jamie Bamber), quer que ele assine papéis para transferir a mulher para junto da família dela, em Inglaterra, mas Howard ignora os papéis e começa a ler um livro à mulher.
No dia seguinte, ao chegar ao trabalho, o seu código de acesso é invalidado e Howard é dirigido a uma sala onde se encontra outro superior seu, Aldrich (Ulrich Thomsen). Aí conhece alguém que vai mudar a sua vida para sempre. Ele próprio, mas de um universo paralelo, que vou designar por Howard 2.
Resumindo, 30 anos antes, durante a Guerra Fria, houve um acidente com uma experiência no edifício onde Howard 1 trabalha que abriu uma passagem (The Crossing) para um universo paralelo, idêntico ao primeiro. A partir desse momento, os rumos de cada pessoa começaram a dividir-se, separando-se cada vez mais ao longo dos anos. É por isso que Howard 2 é igual a Howard 1 fisicamente e ambos possuem as mesmas vivências até há 30 anos atrás, mas a partir daí tomaram rumos diferentes e agora são dois homens totalmente diferentes. Howard 2 é confiante, intimidante e é uma espécie de agente especial que está a tentar solucionar o problema Baldwin e a sua lista, do universo 2, que contém várias ordens de assassinatos para o universo 1.
Howard 2 conta que se está a passar algo no Universo 2, a nível político, onde existe uma nova fação que quer controlo e poder, fazendo pessoas desaparecer de forma misteriosa e executando vários assassinatos de pessoas importantes. É esta fação que está por detrás de Baldwin.
O primeiro nome que Howard 2 fornece é o de Emily, a mulher de Howard 1, que já morreu de cancro no Universo 2 (depois de Marcel, que também pertencia à lista, já ter sido morto). O plano consiste em Howard 2 passar-se por Howard 1 na visita ao hospital e matar Baldwin. Howard 2 tenta fazer a rotina exata do seu homónimo, mas Howard 1 esqueceu-se de lhe dizer que colocava uma flor na mesa das enfermeiras e isso não passa despercebido a Baldwin. Segue-se o confronto entre Howard 2 e Baldwin. Baldwin acaba por se atirar pela janela e sobrevive à queda. Baldwin está prestes a matar Howard 1, que ficou no carro escondido, mas Howard 2 salva-o e Baldwin foge, ferida.
Howard 2 tem de regressar ao seu universo, pois o visto dele tem um limite de tempo e se o ultrapassar vai levantar suspeitas. Howard 1 ganha coragem e exige a promoção e mais acesso dentro da agência secreta, em troca da cooperação dele neste caso.
No final, vemos um pouco do universo 2 quando Howard 2 regressa a casa e vemo-lo num bar a encontrar-se com Emily 2, viva e com conhecimento da existência do outro universo. Porque que razão Howard 2 mentiu acerca de Emily? E será que Howard 2 está a usar Howard 1 para obter algo?
À partida, Counterpart pode parecer confuso, mas garanto que não é. A série teve um bom arranque com este episódio, The Crossing, bem estruturado e, como é óbvio, contém elementos que ainda não percebemos, mas não me parece que vá demorar muito a haver explicações.
O que acho mais interessante na série, para além da espionagem, ficção científica e do fantástico elenco, é o facto de explorar a ideia de existir um duplo rumo de cada pessoa a partir do momento em que se forma o segundo universo, onde cada opção que cada pessoa faz, desde as pequenas coisas às grandes decisões de vida, vão definir o seu futuro, porque, no fundo, nós somos as nossas escolhas.
Este site usa cookies para melhorar a experiência do usuário.Cookies são pequenos arquivos de texto colocados no seu computador pelos sites que consulta. Os sites utilizam cookies para ajudar os usuários a navegar com eficiência e executar certas funções.
Cookies Estritamente Necessários
Os cookies estritamente necessários permitem a funcionalidade central do website. Este site não pode ser utilizado corretamente sem os cookies estritamente necessários.
If you disable this cookie, we will not be able to save your preferences. This means that every time you visit this website you will need to enable or disable cookies again.
Cookies de Terceiros
Este site usa cookies de terceiros para o bom funcionamento do site, para o desenvolvimento de informação estatística e mostrar publicidade direcionada através da análise de navegação. Ao aceitar, ajuda-nos a melhorar o nosso site.
Please enable Strictly Necessary Cookies first so that we can save your preferences!