The Shannara Chronicles – 02×07/02×08 – Warlock/Amberle
| 19 Nov, 2017

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[Contém spoilers]

Time to face the truth

Apesar de ser esperada uma pausa de uma semana até aos próximos episódios de The Shannara Chronicles, parece que a emissora Spike se decidiu pela transmissão de um novo episódio duplo já nesta semana. Não que me esteja a queixar, mas esta sensação de apressar a temporada deixa-me apreensivo pelo futuro e a possibilidade da renovação para uma 3.ª temporada.

Com importantes revelações, contemplações do passado, crescimento dos heróis, queda de rainhas e tiranos e o renascer do grande vilão, este episódio duplo facilmente se eleva à melhor exibição da temporada. A um pé de distância do final da temporada, as apostas estão elevadas para uma conclusão bombástica.

Algo com que realmente nos podemos impressionar e maravilhar nesta série é a sua realização, que a torna um cativante reino de fantasia. Sejam os efeitos especiais, a maquilhagem, os cenários ou vestuários, tudo se conjuga para nos absorver em novos mundos.

Esta semana, Austin Butler e Malese Jow foram as principais estrelas desta hora e meia de fantasia em que acompanhamos Wil e Mareth ambos a seguir viagens separadas por reinos místicos, a ter que enfrentar os seus passados e a ganharem as forças de que precisam para enfrentar o futuro.

No salvamento de Allanon pudemos ver Hadeshorn, o lago sagrado dos druidas, que é uma maravilha para os olhos. É-nos revelado que a razão pela qual Allanon está a morrer é por não ter entrado no sono dos druidas após o confronto com o Dagda Mor e, desta forma, em breve Mareth será a última dos druidas, possuindo já as suas primeiras marcas de druida, assim como a espantosa espada típica do grupo (não é um sabre de luz, mas mesmo assim é impressionante!). O treino de Mareth é interrompido pelo ataque dos Crimson, que conseguem finalmente pôr as mãos no Codex e que nos deixam num cliffhanger com os dois druidas, pai e filha, prestes a serem queimados na fogueira. Pelo menos, Allanon finalmente disse à filha o quanto ela era importante para ele.

Entretanto, Cogline revela-nos que Heaven’s Well é ainda mais importante do que se pensava, sendo este o local responsável pela existência de magia nas Four Lands. Enquanto Eretria e Wil tiveram a missão de ir até à Ellcrys, Cogline ficara incumbido de proteger Lyria e impedir que o Warlock Lord a usasse para aceder ao poder do poço e corromper toda a magia da terra.

Wil, após meses a tentar contactar Amberle, consegue finalmente chegar à Ellcrys e finalmente fica frente a frente com a sua amada (depois de breves aparições ao longo da temporada, a atriz Poppy Drayton teve finalmente direito a um tempo decente de antena). Numa viagem semelhante à que Luke Skywalker teve que enfrentar em Star Wars: The Empire Strikes Back, Wil tem de enfrentar tudo aquilo que o impede de seguir o seu destino, não só de modo a restaurar a espada de Shannara, mas de forma a ganhar o poder para derrotar definitivamente o Warlock Lord. Eretria, com a ressurgir do Warlock Lord, como já se temia, começa a ceder à escuridão da sua linhagem e é possuída por uma Wraith. Terá ela as forças para resistir às trevas e controlá-las ela em vez de ser controlada? Um ponto negativo neste enredo foi a cena em que a Wraith mata todos os soldados da Crimson, pois foi tudo demasiado conveniente para Eretria ser salva e podia ter sido pensada de outra forma mais convincente.

Perder tudo não podia ter feito melhor à personagem da rainha Tamlin. Encontrou o seu fim, mas de maneira digna e percebeu-se que, apesar do uso de métodos mesquinhos, o que sempre quis foi o melhor para o povo e para a sua filha. Antes da sua queda ainda conseguiu pôr em movimento as ações que levaram ao salvamento de Jax e Slander.

“Darkness does not serve us, we serve Darkness”

Que acharam do Warlock Lord com a aparência de Allanon? Épico! Não sei se os produtores se irão debruçar sobre as motivações do Warlock, aprofundando a sua personagem para não ser apenas mais um vilão que quer a destruição do mundo só para servir a escuridão, mas, de todas as formas, a evolução de Bandon continua a ser um dos aspetos mais impressionantes desta temporada. Seria ideal se sobrevivesse ao confronto final para na 3.ª temporada ser ele o grande vilão, servindo as temporadas anteriores como background da sua viagem até às trevas. O confronto entre o general Riga e Warlock foi rápido e deu ao soldado uma morte violenta, mas merecida depois de tudo o que fez; realça também que os poderes do druida negro estão em níveis impensáveis.

Tenho pena de não ter havido mais tempo para conhecermos melhor Riga. A sua personagem praticamente apareceu em todos os episódios desta temporada, mas acho que nunca chegamos realmente a perceber de onde veio o seu ódio pela magia. Da mesma maneira, não se percebe como é que os números dos soldados da Crimson são numerosos o suficiente para derrubar dois reinos. Vimos algumas pessoas assustadas e revoltadas com o ressurgir da magia e que apoiam a causa dos Crimson, mas é um ponto que devia ter sido mais explorado para se perceber o que levou a esta drástica revolução.

As opiniões dividem-se com esta nova temporada: uns reclamam baseando-se apenas nas falhas na temporada passada e não dando oportunidade a este novo rumo; outros, fãs da saga dos livros, sentem-se insatisfeitos com a adaptação de algumas personagens (por exemplo com Jax) e com a expansão do universo nesta 2.ª temporada, que diverge bastante do material original; e existem alguns que consideram esta nova temporada uma evolução em comparação com a primeira, notando-se o limar de algumas arestas que puxavam a série para baixo no passado. De que lado estás tu? Estás a gostar da 2.ª temporada?

Os episódios duplos irão acompanhar-nos até ao final e para a semana teremos o penúltimo episódio e o season finale. Preparados? Até lá, que as pedras élficas iluminem o vosso caminho!

Emanuel Candeias

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