Arrow – 05×03 – A Matter of Trust
| 20 Out, 2016

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Vamos jogar ao jogo da confiança?

O tema da confiança é um dos temas centrais de Arrow e que várias vezes vemos abordado. Neste episódio observamos que as personagens aos poucos parecem estar a evoluir no sentido de aprenderem com os erros do passado.

A mudança no realizador do episódio trouxe os já esperados problemas nas cenas de ação, onde vimos algumas falhas na fluidez dos movimentos de luta, mas mesmo assim tivemos bons momentos. A presença da estrela da WWE, Codey Rhodes (Sampson), trouxe boas cenas de luta quando ele esteve envolvido e foi pena não termos tido mais tempo com ele: de realçar a luta com Wild Dog, em que ele esfrega a máscara de hóquei pelo corrimão, e também a luta final com Green Arrow, que começa com o surpreendente disparo do arqueiro com a seta arpão e um murro a meio do ar. Vai ainda uma palmada nas costas aos produtores por nomearem a nova droga, Stardust, em homenagem ao nome de ringue de Codey Rhodes. A origem dos super-poderes de Sampson não vos fez lembrar a criação de outro super-vilão conhecido? Muito conhecido?? Não?! Ok, “the joke is on me then”. A explosão final da droga alterada foi uma cena típica de ação onde se aplica na perfeição a música dos Lonely Island, “Cool guys don’t look at explosions”.

Esta semana desviámos-nos de Prometheus e Tobias Church para nos focarmos mais na equipa em construção e nas relações entre os membros. O drama esteve presente, mas em doses mais controladas que no episódio passado, que criou controvérsia entre o público, com algumas pessoas a achar que Oliver estava demasiado deprimido, enquanto outras desgostaram mais da imaturidade dos novos membros da equipa. Bem, esta semana essas cenas estão mais equilibradas. O choque entre Oliver e Wild Dog foi bem tratado (Oliver no final a admitir que gosta da máscara de hóquei não só deu um toque divertido à situação, como é também uma referência ao novo filme de Stephen AmellTartarugas Ninja Heróis Mutantes: O Romper das Sombras (2016), onde este interpreta Casey Jones, um herói baseado num jogador de hóquei) e Felicity ter contado a verdade a Ragman foi um ótima decisão, pois como Curtis diz, guardar segredos nunca resultou bem, especialmente em Arrow.

Assim, Oliver começa a tornar-se mais um líder (ou a recordar-se do que é ser um líder), Felicity continua com o seu apoio imprescindível (desta vez sem parecer arrogante) e os recrutas ganham a sua primeira missão de campo. Foi bom ver toda a equipa reunida e em ação. Quanto aos disfarces, não se preocupem, porque são apenas protótipos e à medida que forem evoluindo vão ganhar fatos melhorados e mais definitivos. A introdução de Ragman na semana passada foi um dos pontos altos do episódio e desta vez tivemos mais sobre Curtis, gostei do background que nos deram para Mister Terrific e para o casaco do Fair Play, sem falar que Curtis voltou à sua forma engraçada, trazendo bons momentos de humor (ficam a faltar as T-Sheperes). Espero que no futuro nos mostrem mais do passado da equipa, principalmente sobre Wild Dog e Artemis. A verdade é que não sabemos praticamente nada sobre Wild Dog: onde é que ele aprendeu aqueles truques? Como é que tem a pontaria tão afinada quanto Diggle ao ponto de disparar e não matar? No fim, a recompensa pela confiança conquistada, através do acesso à Arrow Cave, foi um bom toque e parece assim que a Team Arrow está oficialmente formada.

Os problemas na prefeitura começaram por parecer meio aborrecidos, mas foram resolvidos de forma impecável e trouxeram muitas novidades. Também neste caso Oliver mostra que pode ser um líder e um bom prefeito quando quer, e ganhámos oficialmente Quentin como vice-presidente. Quanto a Thea, aprendeu a não confiar em jornalistas, especialmente quando os media atualmente parecem estar mais interessados em fofocas do que nas notícias a sério. “You might trick me once, I won’t let you trick me twice no” (Trick me, de Kelis).

Algo que também pode ter deixado o fãs entusiasmados foi o facto de a jornalista nesse subplot ser Susan Williams. Esta personagem existe nos comics e é cunhada de Hal Jordan, a.k.a um dos Green Lanterns do planeta Terra. Isto pode não querer dizer nada e nem haver seguimento neste sentido, mas as referências a outros grandes super-heróis são sempre excitantes. Devo ainda dizer que gostei do personagem de Adrian Chase, mostrou atitude e muita garra e não me parece que seja a última vez que o vamos ver. Atenção, possíveis spoilers à frente! Passem ao próximo parágrafo se quiserem passar esta parte. Lembram-se que quando Felicity estava a sugerir membros para a equipa, houve um deles que nunca chegou a aparecer? Tcharan! Adrian Chase é Vigilante, o super-herói do esboço da polícia que vimos na première desta season.

Outros aspetos interessantes:

  •  a cena com o novo namorado da Felicity (ainda acho que ele vai ser um vilão). Afinal a polícia de Star City até faz o seu trabalho. Não só investigou o assassinato do polícia que estava na unidade especial anti-crime, como já o relacionou com o ataque a Tobias Church e até avisaram o Green Arrow que tem um alvo nas costas. Muito bem!
  • quanto aos vilões, estes bandidos de rua devem ter uma licenciatura em bioquímica ou algo do género para saberem o que é e como funciona um processador molecular transmodal.
  • a frase que caracteriza a série está de volta: “You have failed this city”. Entre a frase e a referência ao livro do pai de Oliver nos episódios passados, pode ser que vejamos algo sobre isso em breve.

Os flashbacks continuam bons, muito bons. Woow, a cena dos Bratva a cortar as costas de Oliver foi… inesquecível. Aprendemos finalmente de onde vieram todas aquelas cicatrizes nas costas de Oliver. Nesta temporada parece que o intercalar com os flashbacks está melhor. Neste episódio, por exemplo, conseguem muito bem encaixar o tema da confiança. Embora ache que não é preciso haver cenas do passado todas as semanas e poderem guardar a história para episódios específicos e mais focados no que se passou na Rússia. Isso não só aumentaria o impacto como nos aguçaria a curiosidade.

O drama de Diggle desiludiu um bocadinho. Toda a história de querer ser culpado pelo golpe do exército só para pagar pela morte do irmão, Andy, não faz muito sentido. E a aparição de Deadshot, depois das conversações entre Marc Guggenheim e Geoff Johns indicarem que poderíamos ter um regresso do Suicide Squad à série, afinal acabou por ter só um gosto a azedo daquilo que fomos privados apenas por questões burocráticas ou como lhes queiram chamar. No entanto, com Lyla a aparecer no final a pedir a Oliver para tirar Diggle da prisão, o entusiasmo para o próximo episódio é muito.

Episódio esse cujo título é “Penance” e onde, para além da “prison break” de Diggle, poderemos ainda contar com o regresso de Tobias Church a aterrorizar Star City. Até lá, salvem as vossas cidades!

Emanuel Candeias

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