Mr. Robot – 02×04/02×05 –eps2.2_init_1.asec/eps2.3_logic-b0mb.hc
| 04 Ago, 2016

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Após três impressionantes episódios explorando a sua mente intrincada e desconcertante, Elliott é abordado por Mr. Robot, que sugere uma forma de decidir de uma vez por todas se deverá ou não apossar-se indefinidamente da sua mente, a partir de um jogo de xadrez entre ele e Elliott. O desespero por encontrar uma cura para a sua insanidade leva-o a aceitar o desafio, mesmo que perdê-lo significasse imergir-se totalmente nos seus próprios delírios.

O desafio, na forma de uma partida de xadrez, acaba por se tornar num momento revelador para Elliott: ele precisa de Mr. Robot tanto quanto Mr. Robot quer continuar a residir na sua mente. Ao invés de tentarem incessantemente destruírem-se, é sugerido que coexistam na mesma mente de modo a garantir (temporariamente) a sanidade que Elliott tanto queria.

Para além da trama pessoal do hacker, as coisas começam a complicar-se na Fsociety quando descobrem que o FBI continua a fechar o cerco ao grupo e, como sempre, Elliott terá de interferir na investigação e evitar que a irmã e os amigos entrem em sarilhos. Como, pergunta ele? Simples: hackeando os sistemas do FBI!

Mr. Robot não deixa de me surpreender: mesmo quando não está a convidar o espectador a entrar na mente de Elliott, a série alicia-o com uma narrativa inteligente e recheada de tópicos de extrema relevância para geração da Internet, integrando subtilmente na sua história fictícia fragmentos da realidade que nos rodeia no dia a dia. Um ótimo exemplo seria a missão quase impossível de Elliott, algo considerado um cliché no mundo dos filmes e das séries da televisão, mas que Sam Esmail consegue capturar de maneira que ainda nos surpreende e nos faz querer saber o que irá acontecer a seguir.

E por falar em antecipação, eps2.3_logic-b0mb.hc indicou claramente que o pior ainda está por vir: não só para Elliott que, para seu grande espanto, descobre que Ray tem ligações com a deep web (um tema imprescindível numa série deste género) e acaba por entrar em sérios sarilhos, e quem tem conhecimento das lendas urbanas acerca da deep web sabe que não há como voltar atrás quando se mete com o submundo da internet.

Em suma, a segunda temporada de Mr. Robot continua a magnetizar o espectador com fascinantes técnicas de cinematografia, personagens e performances consistentemente cativantes e uma narrativa concebida com tal minuciosidade e realismo que podia passar por uma história real.

Pontos a salientar:

  • A revelação do alter-ego do White Rose foi uma agradável surpresa – gosto cada vez mais da personagem e de como observa a “batalha” entre o FBI, a ECorp e a Fsociety de longe.
  • O tiroteio no edifício onde Dom (mais uma que entrou na minha lista de personagens favoritas!) certamente terá graves consequências no futuro, sabendo que o FBI provavelmente irá culpar a Fsociety pelas mortes causadas pelo incidente.
  • Gostei imenso da melhoria que a série sofreu a nível de personagens femininas na narrativa, com Darlene a chefiar a Fsociety e Angela a tornar-se cada vez mais confiante e assertiva.

Um especial obrigado à ex-reviewer Cátia Neto

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