Homeland – 05×06 – Parabiosis
| 11 Nov, 2015

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Na mesma semana em que chegamos exatamente a meio desta temporada, Homeland consegue traçar uma linha que separa a narrativa em duas partes. Até aqui fomos observando os principais personagens, cada um deles nos seus afazeres e que não pareciam estar relacionados. Após este sexto episódio, tudo começa a ganhar um sentido e mais uma vez espera-se que o trio maravilha volte a trabalhar em conjunto.

Depois da “união” de Carrie e Quinn, era Saul quem ainda se encontrava muito distante da nossa protagonista, mas o episódio desta semana, maioritariamente centrado nele, deu a cambalhota necessária para o reconciliar com a sua aprendiza. Quando todos pensávamos que aquele encontro às escondidas entre Saul e Carrie seria o momento da sua reunião, Saul mostra-nos uma vez mais o quão revoltado ele está por Carrie ter deixado a CIA.

Mas as coisas acabariam por mudar, mas não sem antes ele ser apanhado pela teia que a CIA, em concreto Dar Adal, está a montar em seu redor. O jogo duplo da Allison está a dar os seus frutos e aquela amizade e confiança quase inabalável que parecia existir entre Dar Adal e Saul começa a fraquejar. Tanto um como outro parecem já não acreditar na palavra do outro e gera-se assim um sentimento de desconfiança que levará a um desfecho nada agradável.

A astucia característica de Saul leva-o rapidamente a perceber que o polígrafo seria apenas o início de uma viagem sem retorno. Quando ele se depara com o seu acesso ao sistema da CIA barrado, faz uso do seu ainda estatuto dentro da agência para conseguir os documentos que Carrie lhe pediu no início do episódio. As suas qualidades de espião são uma vez mais demonstradas na altura em que ele passa os referidos documentos a During, para que este os dê a Carrie.

Por falar em Carrie, depois de ter sido rejeitada, quer pelo seu mentor, quer pelo seu namorado, a única saída que ela encontra é desaparecer. Para isso ela recorre à ajuda do seu aparente último aliado, Otto During. Ninguém sabe qual o destino que tem em mente, mas as 12 horas de combustível que ela pede deixam antever um destino bem longínquo de toda a ação. Mas agora que ela tem em mãos os documentos que a ajudarão a chegar ao fundo da verdade, esta viagem parece-me que terá de ser adiada.

A luta de Quinn pela vida continua, mas desta feita bem mais facilitada graças à ajuda de Hussein. Aquele homem que misteriosamente seguiu Quinn no final do episódio anterior acaba por ser bem-intencionado. O único senão que encontra é a presença de um dos jihadistas que saiu da prisão, em resultado dos documentos vazados. Mesmo em dificuldades, Quinn desenvencilha-se deste pequeno percalço com toda a magistralidade que o caracteriza.

Estamos já a meio desta temporada e o arco principal parece estar ainda um pouco confuso. Sabemos já que os Russos têm influência direta em tudo o que tem acontecido a Carrie e dentro da CIA, mas falta-nos ainda o porquê.

E este porquê faz toda a diferença, pois não sabemos ainda onde querem os argumentistas chegar e isso deixa-nos ainda um pouco perdidos entre tudo o que vai acontecendo. Acredito que será, uma vez mais, Carrie a decifrar todo este mistério e certamente que Saul e Quinn serão peças fundamentais para a resolução do problema.

Carlos Oliveira

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