Uma das coisas que levou Carrie a deixar a CIA foi, como ela própria disse na semana passada, tentar deixar o seu passado definitivamente para trás. Contudo, sabemos muito bem que as coisas não são assim tão lineares em Homeland e foi precisamente isso que este segundo episódio nos trouxe, parte do passado da nossa protagonista de volta.
A deslocação de Otto During ao Líbano perturba bastante Carrie, não só pela segurança do seu novo patrão, mas principalmente pelo medo que ela possui de reencontrar o seu passado. Beirute é quase como uma segunda casa para Carrie, um local no qual ela se consegue ironicamente considerar confortável. A sua estada pela capital do Líbano remonta ainda a 2004, ano em que ela recebe a sua primeira missão no terreno, precisamente nessa mesma cidade.
Na cena do discurso de During no campo de Alladia eu quase que parecia a Carrie. Estava sempre a olhar em redor para tentar perceber de onde viria o ataque à vida de Otto, sim, porque nunca acreditei que tudo aquilo se desenrolasse sem qualquer tipo de problema. Os problemas apareceram de facto, mas o alvo é que surpreendeu tudo e todos. Acontece que quem deveria morrer naquele momento era Carrie e não Otto. É impressionante a leitura que Carrie consegue fazer, conseguindo antecipar a explosão da bomba que deveria atingir o comboio onde seguiam.
A grande interrogação era saber quem poderia estar a orquestrar este golpe de face, mas o final do episódio parece esclarecer as dúvidas. Tudo aponta para que seja a própria CIA que pretende ver Carrie morta, uma vez que é ela a próxima missão de Quinn. Como será que Peter irá encarar a sua nova missão? Todos conhecemos a amizade que une estes dois personagens, portanto não acredito que Quinn leve a missão de ânimo leve como tem feito até agora. Uma coisa é eliminar supostos responsáveis pela recruta de novos elementos para o Estado Islâmico em território Europeu, outra coisa é assassinar a sua própria amiga.
Enquanto tudo isto acontece, vemos o desenrolar das consequências do ataque à agência da CIA em Berlim. Este escândalo é já do domínio público, o que leva à intervenção dos serviços de inteligência alemães. Os germânicos querem que a CIA culpabilize alguém por este escândalo e Saul vai pelo caminho mais simples, pedindo a Allison que abandone o seu posto. A questão que Allison coloca a Saul, envolvendo Carrie, é fundamentada já que temos visto isto acontecer vezes sem conta ao longo das temporadas passadas. No entanto, ela não se dá por vencida e tenta convencer Dar Adal a interpelar por ela junto de Saul.
Embora todo este protocolo de vigilância entre a Alemanha e os EUA seja censurável, há também que ver o outro lado e as vantagens que o mesmo pode trazer. Este protocolo pretende acompanhar os movimentos dos novos recrutas do Estado Islâmico, tentando assim prevenir possíveis ataques terroristas em solo europeu. É de facto um pau de dois bicos e que mais uma vez nos remete para problemas reais, onde podemos estar a receber de braços abertos militantes do Estado Islâmico no meio de tanto refugiado que tem chegado à Europa.
Homeland continua assim a desenvolver a sua narrativa solidamente, com um aumento controlável de suspense. Embora ainda não tenhamos um alvo ou vilão declarado para esta quinta temporada, o mesmo deverá aparecer dentro em breve. Resta também saber quando os vários núcleos se ligarão.
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