Empire – 02×04 – Poor Yorick
| 15 Out, 2015

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Estamos de volta esta semana com um episódio (quase) perfeito da série que conseguiu um sucesso abismal em época de imensa competição televisiva. A fórmula de telenovela envolta em temas musicais e de caráter criminal parece estar a dar frutos para os desenvolvimentos da história de Empire.

Com uma balada lenta ao ritmo e voz de Jussie Smollett, o FBI invade Empire em busca de algo que ninguém parece saber o que é. Nisto, uma busca torna-se vandalismo, quando o desespero por encontrar provas que incriminem Lucious do homicídio de Buncky parece ficar fora do controlo. Isto só significa uma coisa: o FBI não tem absolutamente nada e está a “dar em louco”, o que Lucious sabe muito bem.

Em Lyon Dynasty, Cookie e Hakeem vêem esta rusga do FBI como um pretexto para voltar a trazer a cantora que Lucious lhes “roubou”, mas, para seu espanto, também Lyon Dysnasty logo se torna vítima de uma rusga. Portanto, a família terá de se unir novamente para combater este inimigo comum, o que despoleta uma série de eventos tipicamente novelescos que compõem o enredo do episódio. Em “Poor Yorick”, os elementos estão totalmente bem posicionados para proporcionar ao espectador um serão magnífico, não fosse ele realizado pelo co-criador Danny Strong. Annika ainda procura conquistar o respeito e aceitação de Cookie, ao mesmo tempo que Lucious vai cuspindo veneno para todas as direções de forma a causar distúrbios entre os seus filhos.

Jamal e Hakeem estão a filmar um vídeoclipe que afirma a causa de que foram vítimas para o mundo (isto falando da crueldade e vandalismo do FBI) e Cookie é detida pela chefe da organização. Para se ver livre das garras da lei, Cookie precisa de denunciar Lucious, seja de que forma for. A matriarca Lyon não lida bem com estar atrás das grades, isto porque passou 20 anos nesse lugar e os demónios parecem atormentá-la emocionalmente. Andre e Ronda, numa tentativa de se aproximarem de Lucious e voltarem a ter um lugar proeminente na empresa, decidem desenterrar Vernon, que seria a única testemunha do crime do papá Lyon.

O mote deste novo arco narrativo, que não começou propriamente da melhor maneira, está finalmente a ganhar rédeas e a apalpar terreno para acontecimentos que irão definir o rumo da história. O humor de Cookie continua em alta e proporciona situações maravilhosas que nos fazem soltar umas quantas gargalhadas, já o resto do elenco (tirando o jovem Yazz que tem mais jeito para a música do que para as artes performativas) está a evoluir de forma muito positiva contribuindo para o enriquecimento das imagens e cenas cruciais do episódio.

Jamal também enfrenta um novo desafio: não só precisa de combater o ciúme do seu irmão Hakeem, como também terá de decidir o que fazer com a sua vida amorosa porque um certo artista está “a fazer-se ao piso” descaradamente ao lado do namorado. E, como cereja no topo do bolo, a música parece acompanhar todas estas situações para criar aquele carisma característico de Empire, contribuindo para um enaltecimento dos momentos, sejam eles dramáticos ou cómicos.

Mesmo para quem não é fã de hip-hop e entende o género musical como uma espécie de afirmação da cultura afro-americana, é impossível não ficar rendido a um trautear das canções ou mesmo a bater o pé de forma a acompanhar o ritmo. O Sr. Timbaland sabe o que faz e as melodias que vai criando para a série mostram que ainda é possível agradar ao público mundial ao trazer uma série que floresce através de canções catchy e de muita telenovela à mistura.

Posto isto, Empire está de volta com toda a força e cada vez se torna mais envolvente com esta troca saltitante de géneros, que é manuseada competentemente pela sua equipa.

Jorge Lestre

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