Fear The Walking Dead, a companion series de The Walking Dead da AMC, desenvolvida por Robert Kirkman e Dave Erickson, segue uma família disfuncional aquando do aparecimento do apocalipse zombie em Los Angeles. Trata-se então de um drama apocalítico com pitadas de terror.
Chegou o dia! Assim que foi anunciada Fear The Walking Dead, a histeria espalhou-se pelos fãs da série de zombies mais famosa do mundo. Sabendo que The Walking Dead tem perdido fãs, sobretudo pelas temporadas mais paradas e repetitivas, a companion series prometia trazer uma lufada de ar fresco. No entanto, as críticas depressa se fizeram chegar, sobretudo após a escolha do título da nova série, que, de original, nada trazia. Muitos foram aqueles que diziam que não seguiriam a nova série… mas foram mais de dez milhões aqueles que viram o episódio piloto, quase o dobro de visualizações do piloto da série original. Só aqui, a AMC conseguiu arrebatar uma vitória esmagadora e bater o seu recorde anterior, ou seja, a curiosidade levou a melhor perante as críticas!
Enquanto em The Walking Dead o enredo começou apenas quando Rick saiu do coma, semanas depois do apocalipse zombie ter principiado, Fear The Walking Dead começa no dia zero desta pandemia. Temos aqui a grande diferença! Sendo assim, os zombies estão a aparecer um pouco por todo o mundo, pelo que, por não apresentarem a tradicional aparência putrefacta e nauseabunda, arrisco-me a dizer que tivemos uma zombie sexy nas cenas de abertura, Gloria, a zombie viciada em estupefacientes, que seria a companhia de Nick. Perante a cena macabra, o jovem corre da igreja em ruinas e é atropelado, razão que o leva ao hospital.
Nick pertence a uma família desestruturada: trata-se de um jovem toxicodependente que passou por várias tentativas falhadas de recuperação, algo que, segundo Madison, será genético (estará a indicar que a conselheira do liceu terá passado pelo mesmo). Madison, além de Nick, tem outra filha, a brilhante estudante Alicia. Para completar a família, resta mencionar Travis, o famoso professor de Inglês do liceu onde trabalha a Madison, a sua companheira. Temos aqui uma família com problemas graves, algo que conhecemos também da série original, já que Rick e Lori também não estavam no seu melhor.
Travis acaba por ser o primeiro a acreditar em Nick, já que vai até à igreja onde este costumava pernoitar e verificou o cenário macabro. Mas note-se que nenhum cadáver está lá, apenas uma enorme mancha de sangue, o que nos mostra que o apocalipse já está em marcha. Nick foge do hospital e marca encontro com o seu fornecedor, mas acaba por matá-lo e, quando Travis e Madison lá chegam, o trio não encontra o morto… ele voltou à vida… mesmo depois de atropelado por Nick, o morto continua a mexer! O trio ainda não percebeu a eficácia de um tiro na cabeça. Já Alicia, que se encontra devastada por o seu namorado estar incontactável, após visualizar o vídeo que vazou na internet da morte de um zombie pela polícia, já sabe como sobreviver ao ataque de um morto-vivo.
O episódio termina com o núcleo principal a perceber o mal que se avizinha. Talvez pela novidade, ou pelo choque, a falta de reação é evidente. Muitas foram as críticas sobre o ritmo do episódio… mas não nos podemos esquecer que a série foi desenvolvida pelos criadores de The Walking Dead, pelo que já deveríamos saber que teríamos uma evolução lenta pelo caminho. Não nos esqueçamos ainda que o prometido pelos criadores era apresentar o apocalipse zombie no seu início! E foi isso exatamente que nos foi dado no piloto. Os próximos episódios prometem levar Travis com as suas duas famílias, a atual e aquela a que pertencia antes de se divorciar, a iniciar a luta pela sobrevivência. Será interessante ver esta problemática, já que a primeira característica que se perde, aquando da luta pela vida, é a humanidade.
Outra situação que difere da série original prende-se com o facto dos criadores não apresentarem o apocalipse pela perspetiva de apenas uma pessoa, pelo que ainda não foi criada a empatia do público por uma das personagens principais. Sendo assim, os próximos episódios mostrar-nos-ão como o núcleo principal se habituará à nova vida que os espera, sabendo que nenhum deles tem experiência militar, algo muito diferente daquilo que The Walking Dead nos trouxe. A empatia, na minha opinião, começará a surgir pelo coletivo e não por apenas um ser, já que aqui, até agora, não temos vilões entre os humanos (algo que sempre foi apresentado em The Walking Dead de forma vincada).
O piloto não foi fantástico, mas prendeu-me ao ponto de querer saber o que virá a seguir, sobretudo no que concerne ao facto de ver pessoas vulgares a reaprenderem a viver num novo mundo, mais violento e mortífero.
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