Person of Interest – 04×21 – Asylum
| 30 Abr, 2015

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04x21 - Asylum

04×21 – Asylum

Os fãs de Person of Interest andavam à espera de um episódio como este, um episódio onde todos os peões mais importantes do jogo estão reunidos numa dita guerra urbana entre inteligências artificiais e gangues da máfia de Nova Iorque. John e Fusco estão ao encalço de Dominic e Elias para evitar que as suas organizações criminosas colidem e Harold e Root recebem uma chamada anónima com a voz de… Sameen! E ao descobrir o local de onde a chamada é proveniente, um asilo, sabem perfeitamente que estão a caminhar para uma armadilha mas a saudade da sua parceira fala mais alto. Control rapta uma mulher que sente ser uma agente de Samaritan e tortura-a para arrancar informações.

“Asylum” assinala a fase final da temporada de Person of Interest. O episódio é extraordinariamente complexo e os argumentistas Andy Callahan e Denise Thé não nos poupam a uma boa dose de nervosismo. A forma como englobam todas as personagens relevantes da sua vasta rede narrativa num único episódio tem resultados assustadoramente positivos. Vejamos os exemplos de Elias e Dominic, dois inimigos que competem pela liderança do crime organizado em Nova Iorque, onde a força da juventude de um contrasta com a experiência do outro. Este aspeto é, também ele, transferido para a guerra entre os dois colossos de inteligência artificial que nos têm dado muitas dores de cabeça ao longo da temporada. Samaritan é inexperiente nalguns ramos mas a sua ambição em tornar-se o organismo controlador do mundo fá-lo ser imprevisível e mortífero, em contraste com a Máquina que se mantém escondida até que seja preciso uma intervenção. Há momentos em Person of Interest memoráveis e, nesta quarta temporada, que se assume como a melhor da série até então, os muitos twists fazem com que a narrativa se mantenha fresca e em constante desenvolvimento. Ao caminharem para uma armadilha (tanto John e Fusco como Harold e Root) os nossos heróis apercebem-se que não são apenas peões da Máquina que os controla, são elementos fulcrais e que parecem ter ganho um lugar especial no “coração artificial” da mesma. A humanização de um projeto tecnológico que tem o único objetivo de operar consoante a sua vontade é um truque genial que (quase) nos faz largar uma lágrima assim que chegamos ao desenlace.

É impossível não ficarmos viciados nesta série que nos proporciona momentos de pura adrenalina. As respostas são disparadas para todas as direções e compete-nos tirar as nossas próprias conclusões; nada nos é dado de “mão beijada” e isso prova que, ao apelar à nossa inteligência, Person of Interest é um dos melhores exercícios de televisão dos últimos tempos. Não há grandes desenvolvimentos de personagens porque já as conhecemos de trás para a frente e de frente para trás, mas há algo aqui que muitas das séries de televisão se esquecem: a importância do papel que cada um destes peões tem na vasta exploração da narrativa. Mais do que meros peões, os heróis e os vilões são indispensáveis para a criação de um argumento e é neste acontecimento que Person of Interest continua a triunfar.

Nota: 9,5/10

Jorge Lestre

 

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