Diário de um mês de experiência com a Amazon Prime Video
| 02 Nov, 2019

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Como não podia deixar de ser, se há coisa de que gosto é de séries. Muito! E também não me oponho a usufruir gratuitamente de serviços de streaming. A viciada em séries do meu núcleo de pessoas próximas sou eu, portanto sou quem costuma andar em cima deste assunto, mas desta vez foi por cortesia do meu irmão – um moderado fã de séries – que chegou até mim a Amazon Prime Video. O meu irmão decidiu subscrever o serviço para ver The Grand Tour, um programa de carros com os mesmos tipos de Top Gear, e não tardou a partilhar a novidade comigo, pelo que não me fiz rogada em pedir-lhe os acessos para começar a explorar o catálogo do serviço.

A Amazon oferece um período experimental grátis de sete dias. Depois, o preço passa para 2,99€ durante seis meses e, finalmente, para uns simpáticos e definitivos 5,99€ mensais, tendo apenas um plano, e podem utilizar-se três ecrãs ao mesmo tempo. Comecei por explorar a Amazon no computador e foi através do site que comecei a ver umas coisas. No entanto, no meu comando da televisão há uma tecla para a Amazon e, depois de algumas tentativas, ao fim de alguns dias lá consegui fazer as atualizações necessárias para ver na TV. Só tive de associar o dispositivo em causa à conta da Amazon e… voilà! Séries e filmes com qualidade 4K e é só esticar a mão para o comando. Sempre que subscrevi a Netflix, tive a queixa de ter imensa dificuldade de ver alguma coisa na televisão, porque eram muitas as vezes em que o filme ou a série em questão paravam durante uma série de tempo, sem perceber porquê. A Amazon funciona muito melhor, sem pausas injustificáveis, se bem que houve uns dois ou três dias em que não conseguia reproduzir certos conteúdos, se bem que o problema não se voltou a verificar até agora.

Perdi muito tempo a explorar o catálogo, como sempre me acontece. No entanto, acho que também aqui a Amazon se destaca pela positiva, porque explorar os conteúdos revelou-se igualmente prático na TV e no computador, contrariamente também ao que tinha achado em relação à Netflix. A única crítica que tenho a fazer neste sentido é que, na televisão, quando queria explorar mais sobre uma série ou um filme que me despertava a atenção e depois voltava atrás, não conseguia continuar a explorar a categoria em questão no lugar onde a tinha deixado. Bem, imaginem que nas séries dramáticas há 50 opções; se eu fosse a meio da lista e entrasse numa série para ler mais sobre ela, depois ao voltar ao menu tinha que navegar pela categoria desde o início. No entanto, para adicionar algo que me interessasse à watchlist só tinha de clicar num botão e novamente no mesmo botão para tirar algo dessa mesma lista. Nada mais simples e rápido!

Agora vamos ao grande ponto de interesse de qualquer serviço de streaming: o catálogo. Há duas categorias principais: séries e filmes. Depois, cada um delas divide-se em géneros como: recentemente adicionados, comédia, thriller, drama, crime, ação e aventura, entre outros dedicados aos miúdos e a nichos mais pequenos. O catálogo não é gigantesco e explora-se bem mais rápido do que o da Netflix, mas é bastante bem composto e deu-me a sensação de ser um pouco maior que o da HBO Portugal. Acho que tem uma variedade bem boa e fiquei particularmente agradada por encontrar lá séries que me são muito queridas, como Blue Bloods, Downton Abbey, Parenthood, The Good Wife e Friday Night Lights, sendo que comecei imediatamente a rever esta última. Calhou bem porque andava a chatear o meu irmão para me oferecer a série completa em DVD e eis que a tenho ali inteira, diante de mim. Outras séries como The Good Fight, This Is Us ou Law & Order: SVU tê-las-ia visto se não tivesse tido a oportunidade de lhes deitar os olhos antes. Pérola da Amazon para o pessoal dos anos 80 e 90: Seinfeld. Nada que eu não tenha já visto também!

Se muitas séries havia de interesse, mas que já tinha visto, muitas havia também às quais queria assistir. Aproveitei assim para espreitar Red Oaks, The Big C e Dietland, mas não fiquei fã do episódio piloto de nenhuma delas e parei por ali. Apesar de, quando era pequena, já ter visto muitos episódios de Dawson’s Creek, decidi dar também uma vista de olhos ao primeiro episódio da série, mas tal como na infância, também agora não fiquei impressionada. Vi ainda alguns filmes (destaque para Beautiful Boy, que foi extremamente tocante) e um documentário, mas o melhor de tudo foi Fleabag! A sério, que surpresa maravilhosa! Já tinha visto o primeiro episódio quando a série estreou, mas nunca mais vi nenhum e estava longe de imaginar que iria ser tão surpreendida pela positiva. Tem tudo o que uma série deve ter em termos cómicos e dramáticos. Cinco estrelas!

Também vi The Widow, protagonizada por Kate Beckinsale, uma série de oito episódios sobre uma mulher que descobre que o marido, que julgava morto há três anos, pode afinal estar vivo. No decorrer da trama, acompanhamos os esforços desta mulher para descobrir a verdade, que a leva a países como o Congo e o Ruanda. É uma daquelas séries de ritmo rápido que prende ao ecrã e vão querer perceber o que realmente aconteceu, podem crer!

Ainda por ver estão The Looming Tower, que anda à volta dos acontecimentos que levaram ao 11 de setembro, e The Marvelous Mrs. Maisel, a comédia sensação da Amazon, que já me foi recomendada por uma amiga.

O balanço que faço da experiência com este serviço é bastante positiva, mas alerto que nem todos os conteúdos têm legendas em português de Portugal disponíveis. Sinceramente já quase não me faz diferença, visto que estou habituada a ver tudo legendado em inglês, mas tanto quanto me apercebi, havia a possibilidade de ver tudo – ou quase tudo – com legendas em português do Brasil.

Acho perfeito que haja cada vez mais serviços de streaming a chegarem até nós e cabe a cada um escolher aquele que lhe traz mais vantagens. Vou continuar a usufruir por mais um bom bocado porque o meu irmão não vai acabar de ver The Grand Tour tão cedo.

Diana Sampaio

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