The Witcher – Review da 1.ª Temporada
| 20 Jan, 2020

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Temporada: 1

Número de episódios: 8

[Contém spoilers!]

The Witcher deve ter sido das estreias mais aguardadas do ano passado. E tenho que confessar: a série foi muito bem conseguida!

A história de The Witcher que a Netflix nos traz é baseada nas obras de Andrzej Sapkowski, que criou um mundo onde Geralt of Rivia é um bruxo caçador de monstros.

Tenho noção que demorei algum tempo a escrever esta review, mas a verdade é que nem sabia bem por onde começar. Sei que gostei de ver a série. Sei que é um mundo que me fez voltar a pegar em livros de fantasia (coisa que já não fazia há muito tempo) e que me fez começar a jogar The Witcher 3: The Wild Hunt e a querer chegar ao fim (difícil tarefa, visto que normalmente desisto de terminar os jogos que começo). Li todas as críticas negativas e ouvi todas as opiniões e a minha perspetiva não mudou.

The Witcher tem de tudo um pouco: o cenário épico, a fantasia de um mundo criado especificamente para esta história; o amor, o desassossego, as lutas e o destino. Tem as personagens mais pesarosas e as mais engraçadas.

Talvez um dos pontos negativos que tenho a apontar seja a velocidade com que saltamos espaços temporais entre a timeline de Yennefer, a de Geralt e a de Ciri – se calhar se eu não soubesse a priori que estamos em tempos de existência diferentes tinha demorado muito mais a perceber. É que tirando uma vez em que vimos o Rei Foltest em miúdo no tempo de Yennefer e depois em mais velho no espaço temporal de Geralt, eu acho que há poucas cenas que o mencionam.

Fazendo um bocadinho de ponte para um ponto que quero mencionar, senti alguma dificuldade em perceber quando é que Yennefer se cansou de ser a rainha do poder e passou a querer à força toda ter um legado e recuperar a única coisa que não podia ter: um sistema reprodutor. Eu não sofri com ela este caminho – e senti que devia ter sofrido, para poder entender a busca incessante dela.

Acrescento então que de uma série deste género, que talvez me tenha conquistado pelas mesmas razões que me conquistou Game of Thrones, gostaria de ter visto um desenvolvimento das personagens bem mais demorado. Fiquei sem conseguir perceber certos character developments, que tanto critiquei em voz alta à ultima temporada de GoT. Em The Witcher, ainda que tenha custado menos, acho que gostava de ter visto um pouco mais. Agora que penso nisso, foi esta pouca informação sobre o mundo de Geralt of Rivia que me fez querer pegar nos livros ou no jogo mais conhecido da saga. Podiam ter dado um bocadinho mais de visibilidade sobre o mundo ou até mesmo sobre as divisões do continente, para nos podermos localizar, mas não.

O CGI também deixa um pouco a desejar. Talvez na luta de Geralt contra a strige se tenha notado mais o quão falso era o monstro, mas não me parece ter havido grande esforço em fazer monstros decentes. Mesmo sem um CGI fantástico, adorei os visuais do terreno, a caracterização de cada uma das personagens físicas da série. Desde Yennefer, a Ciri, ao bardo, à taverna, ao palácio e ao próprio Geralt, que Henry Cavill absorveu e tornou especial à sua maneira. Até a banda sonora nos permite, como espectadores, entrar neste mundo e vivê-lo com as personagens!

Quero uma 2.ª temporada bem melhor e, spoiler à parte, agora que Geralt, Yennefer e Ciri estão finalmente na mesma timeline, só espero uma 2.ª temporada ainda melhor do que a primeira. Venham com tudo, Netflix, e abafem os críticos!

 

Episódio de Destaque:

Episódio 1 – Foi o que me conquistou. Foi o episódio que me trouxe a assolapada paixão pelo mundo do caçador de monstros. O impacto desse episódio mais nenhum mo deu e por isso é o meu favorito. Deste a cena de luta com Renfri, até às interações de Geralt que são o ponto de partida para a sua jornada em direção ao destino, o primeiro episódio ganhou um espacinho muito especial no meu coração.

Personagem de Destaque:

Jaskier (Joey Batey) – Eu sei, todos estavam à espera que escolhesse Geralt, não? Pois, adoro Geralt, é verdade, mas Jaskier é a personagem essencial para trazer leveza à série. O bardo é um pagode de rir. É um fã de Geralt, claro, mas tem imensa piada e é amigo dele e só eu sei o quanto quis bater em Geralt quando ele afastou Jaskier da sua cruzada. O homem até lhe criou uma musica e tudo!

Joana Henriques Pereira

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