The Rings of Power: conferência de imprensa
| 02 Set, 2022

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O Séries da TV esteve presente na conferência de imprensa de The Lord of the Rings: The Rings of Power, cujos dois primeiros episódios já se encontram disponíveis na Prime Video, a quem agradecemos este convite.

A aguardada série retrata, pela primeira vez, as lendas da Segunda Era da história da Terra Média, de J.R.R. Tolkien. A história de The Rings of Power decorre 2000 anos antes dos acontecimentos dos filmes The Hobbit e The Lord of the Rings e mostra uma era onde grandes poderes foram forjados, reinos foram erguidos antes de caírem na ruína, esperanças foram criadas e onde um grande vilão quer cobrir o mundo de escuridão.

Fica então com um apanhado do que foi divulgado na conferência de imprensa:

Morfydd Clark (Galadriel), Charles Edwards (Celebrimbor) e Benjamin Walker (Rei Supremo Gil-Galad)

Quando questionados sobre que tipo de estudo é necessário para ser um elfo, Walker disse que o elenco teve um boot camp de movimentação, postura e de fala, sendo que a maior dificuldade dele foi misturar a energia caótica que Gil-galad tem, mas ao mesmo tempo manter a postura elegante de um elfo. A primeira vez que se viram maquilhados, Clark pensou “graças a Deus” e que estava espetacular. Clark ainda partilhou que no momento em que a equipa terminou de escolher o guarda roupa de Galadriel choraram de felicidade por estarem contentes com o intenso trabalho. Entretanto, Clark teve muito trabalho físico para a sua Galadriel, incluindo escalada, natação e luta.

Durante as audições para a série, Clark teve que fazer cenas em três países diferentes, enquanto Edwards enviou apenas um vídeo e Walker até se esqueceu que tinha feito a audição porque se passaram meses sem receber resposta.

Quando questionados sobre o facto mais surpreendente que descobriram sobre Tolkien, Edwards refere que foi descobrir o quão extraordinário e extenso o seu universo é e que a expectativa mundial sobre a série deve-se ao autor e à sua obra.

Cynthia Addai-Robinson (Rainha Regente Miriel), Lloyd Owen (Capitão Elendil), Ema Horvath (Eärien), Trystan Gravelle (Pharazôn), Leon Wadham (Kemen) e Maxim Baldry (Isildur)

Começando por uma breve descrição das suas personagens, uma vez que ainda não aparecem nestes primeiros episódios, Addai-Robinson descreve a sua como a líder de Númenor, mas que ainda não é bem uma rainha, apenas regente, que tenta ajudar o povo no que diz respeito à mudança de paradigma entre a paz e a guerra. Gravelle interpreta um primo da rainha que atua como chanceler e tenta ajudar a rainha a lidar com toda a pressão. A personagem de Horvath tenta ser a figura maternal do seu irmão mais novo, mas sente-se pouco “vista” pelo pai. Baldry define a sua personagem, um marinheiro que se sente perdido, como muito complexa e um outlier na ilha de Númenor.

Owen começa a brincar a dizer que, como todos os pais, culpa a mãe pelo facto de as crianças serem problemáticas, mas, num tom mais a sério, afirma que Elendiel é um grande capitão que sofre com a perda da mulher e que tem que lidar com o luto enquanto tenta ajudar os filhos a lidar com a mesma situação. Por fim, Kamen é o filho de Pharazôn e quer seguir o caminho do pai na política, mas, como tem muito menos experiência, tem que sobreviver usando a sua paixão, ideias e charme.

Sobre a pesquisa sobre Tolkien, Addai-Robinson diz que o facto de a sua personagem ter tanta lore ajuda, mas que o grande desafio é ter que representar a personagem como esta seria do ponto de vista emocional e mostrar como é que alguém lidaria com aquilo com que a personagem está a lidar. Com muitas das personagens já sabes onde as coisas vão acabar, mas há margem no como chegam lá para dar um pouco de si em termos de interpretação. Baldry, por exemplo, nunca tinha lido Tolkien, mas começou por ler O Silmarillion e gostou muito.

Horvath referiu que leu muitas threads no Reddit para se ambientar à fandom de LOTR e que se sentiu muito acolhida e bem-vinda. Sobre as gravações, adorou o tempo na Nova Zelândia e a experiência com todos os envolvidos.

Os atores referiram que a construção física de Númenor ajudou muito a sentirem que estavam no cenário fantástico de Tolkien. Inclusive, uma colaboradora da empresa de segurança que era muito fã de Tolkien chorou quando viu a cidade de Númenor ao vivo pela primeira vez, construída.

Sara Zwangobani (Marigold Brandyfoot), Dylan Smith (Largo Brandyfoot), Nazanin Boniadi (Brownwyn), Tyroe Muhafidin (Theo), Ismael Cruz Cordova (Arondir) e Daniel Weyman (The Stranger)

Começando pelas audições, foi tudo muito normal exceto a de Muhafidin, uma vez que inicialmente tinha sido o irmão mais velho do ator a ficar com o papel quando decidiram trocar para Muhafidin por este ser mais novo.

Sobre uma das personagens mais enigmáticas, apelidada The stranger, Weyman disse que a sua audição foi muito difícil porque tinha que interpretar uma personagem com poucas falas e tinha pouco por onde se guiar. Descobrimos também que o Tolkien Estate (que administra o património do autor) teve que aprovar os atores previamente.

De acordo com a a dupla Boniadi e Muhafidin, fizeram muitas viagens pela Nova Zelândia juntos com a verdadeira mãe de Muhafidin e inclusive foram comprar o seu primeiro perfume. Sentiram uma química real que esperam que se veja no ecrã. Para Cordova, um dos maiores desafios foi fazer cenas intensas, de luta, mas manter um vocabulário muito rico e cuidadoso e, ao mesmo tempo, preservar uma postura digna de um elfo. Para interpretar a sua personagem fez um treino intensivo militar, o que lhe permitiu entrar no seu mindset.

O maior desafio para Zwangobani foi a quantidade de cenas feitas na lama, mas para as quais a caracterização e ajuda foram muito importantes.

Markella Kavenagh (Nori Brandyfoot), Megan Richards (Poppy Proudfellow), Owain Arthur (Príncipe Durin IV), Robert Aramayo (Elrond) e Sophia Nomvete (Princesa Disa)

Começando por uma breve descrição de cada, a atriz que interpreta a Princesa Disa, Nomvete, descreve a personagem como uma mãe, a mulher do Príncipe Durin e que tem um lado doméstico e de querer cuidar de todos que mistura com um lado de responsabilidade pelo reino. Para ela, uma das melhores coisas de Tolkien é o equilíbrio entre o lado épico e o lado casual, doméstico e rotineiro. Arthur brinca que só faz o que a sua mulher (na série) indica. Considera a série tão épica e intensa que, quando há cenas do casal, a audiência precisa desses momentos mais leves para respirar e conseguir aproveitar.

Kavenagh descreve a sua personagem como curiosa, impetuosa e alguém que vai contra as normas; não por egoísmo, mas sim por altruísmo, por querer melhorar a qualidade de vida da sua comunidade. Para Richards, uma das coisas mais difíceis – mas melhores ao mesmo tempo – é que a sua personagem não está na obra original, pelo que teve muita liberdade para lhe dar vida, embora considere que a caraterização foi muito importante. Por exemplo, não conseguia meter-se na pele de Poppy sem os adereços para os pés. Sobre os desafios criativos, para Kavenagh foi trabalhar com escalas entre personagens, por fazer de uma personagem muito pequena.

Para Aramayo, o melhor da sua personagem foi explorar uma personagem que é metade elfo e que tenta dar provas de si aos imortais (elfos) e encontrar o lugar aonde pertence. O ator destaca uma cena que acontece no elevador com Arthur e que devem ter encenado em conjunto milhares de vezes em todos os locais da Nova Zelândia. Também adorou que todos os que estiveram envolvidos no projeto fossem conhecedores do mundo de Tolkien, onde nem sempre há uma resposta correta e definitiva, pois o escrito deixava muito à interpretação do leitor.

John D. Payne (criador), Patrick McKay (criador) e Lindsey Weber (produtora)

Jonh e Patrick têm trabalhado junto ao longo de muitos anos e sempre adoraram Tolkien e os filmes de Peter Jackson. Quando souberam que a Amazon tinha adquirido os direitos tentaram logo candidatar-se ao projeto. Sempre tiveram curiosidade em explorar este tipo de prequela de The Lord of the Rings, dando-lhe uma identidade própria. Para chegar à obra final, tal como está, a questão que os guiou foi o que levou as diferentes raças a precisar dos anéis? Também adoram a história de Númenor e da aliança de mil homens para lutar contra Sauron.

Um dos maiores desafios foi a quantidade de locais diferentes para gravações e conseguir fazer tudo de forma coerente, mas fiel à obra original. Muitas das vezes inspiravam-se na expressão de que um elefante só se come às postas.

Os filmes também foram uma das inspirações para a série, mas mais pelo gosto pelo mundo. Desde cedo queriam que a série fosse a sua própria coisa – e não apenas uma viagem de nostalgia – e que pudesse atrair fãs dos filmes e dos livros, mas também novos espectadores. A série vai ter cinco temporadas e as gravações para a segunda vão começar ao mesmo tempo que os espectadores vão ter acesso à primeira, pelo que estão com um misto de excitação e alguma ansiedade.

Apesar de haver alguma margem para criatividade e novas personagens, algo que foi muito importante para os criadores foi garantir que tudo o que faziam encaixava com a obra original. Não queriam afastar-se do tom do mundo e história que estavam a criar e a proximidade com o Tolkien Estate foi muito importante para isto.

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