The Bold Type – Review da 4.ª Temporada (Parte 1)
| 07 Abr, 2020

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[Contém spoilers]

Temporada: 4

Número de episódios: 10

The Bold Type, a série mais poderosa e feminista dos últimos tempos, está de regresso. Retrata a vida de três amigas: Jane (Katie Stevens), Kat (Aisha Dee) e Sutton (Meghann Fahy), que se conheceram enquanto assistentes na revista feminina Scarlet. Esta quarta temporada trouxe de volta o drama, a comédia, a amizade e o poder da mulher, explorando novamente temas como a identidade pessoal e a sexualidade de cada um, que tão bem sabem representar.

Da emissora Freeform e criada por Sarah WatsonThe Bold Type é um drama que continua a estar em voga, principalmente a nível de temas debatidos nos episódios, pois apresenta uma diversidade característica apontando todos os temas atuais e pertinentes da sociedade.

Ao contrário das temporadas anteriores, que tiveram todas dez episódios, esta quarta terá 18; no entanto, a produção encontra-se parada dado o surto de Covid-19. Atualmente só estão disponíveis os dez primeiros episódios, alvo desta review.

Tenho de admitir: o primeiro episódio desta temporada não está espetacular. Desiludiu-me um pouco, pois por ser mega fã coloquei as expectativas muito altas. Storylines muito iguais, nada de novo a acontecer, pouco desenvolvimento de personagens. Mas a partir do segundo episódio melhorou bastante!

Em primeiro lugar, Richard (Sam Page), depois da relação à distancia com Sutton, pede-a em casamento! Foi emocionante! Um grande acontecimento e um momento lindo. Acho que todas nós meninas temos inveja daquela relação, é praticamente perfeita (não que haja relações perfeitas, mas esta tem o seu quê de amazing.

Uma coisa que se notou ao longo desta temporada e de que já nos tínhamos começado a aperceber no fim da anterior é o facto de todos sabermos que Ryan/Pinstripe Guy (Dan Jeannotte) continua a esconder coisas de Jane. Aliás, a parte menos boa destes dez episódios é sem dúvida a relação de Jane e Ryan. Ele está claramente a esconder alguma coisa, ela não quer ver o que está à sua frente e, no fim, tudo se desmorona. Toda esta storyline foi muito previsível e chata. Supostamente “acabou”, mas tenho as minhas dúvidas que fique por aqui.

Outro ponto menos a favor é a história de Kat nos primeiros episódios. Super depressiva, aos caídos por Adena (Nikohl Boosheri), nada a Kat que conhecemos e adoramos. Aliás, a personagem de Adena teve sem dúvida um downfall brutal. Odiei certas atitudes dela; o ponto alto é que Kat conseguiu afastar esse negativismos e ultrapassou toda essa situação, voltando à Kat que conhecemos e adoramos: determinada, destemida, corajosa e sexy!

Nesta primeira parte da temporada vimos uma versão de Jacqueline (Melora Hardin) um pouco diferente do que estávamos habituados. Sabemos que é uma mulher forte, dona de si e acabamos por ver uma versão dela mais fragilizada, mais sentimental, pois o seu casamento estava a ir por água abaixo. Descobrimos o lado mais íntimo de Jacqueline, que sai com amigas, sabe divertir-se, é extrovertida e ousada. Acho, no entanto, que a storyline que lhe deram foi “fraca” tendo em conta a personagem que é e a importância que tem. De qualquer forma, foi bom ver uma Jaqueline mais ligada aos seus problemas pessoais do que à sua vida profissional, pois essa conhecemos muito bem. Ainda estou à espera de como irá acabar, pois toda essa situação foi deixada em stand by. Vamos ver como irá terminar o resto da temporada.

Sutton é, sem dúvida, a minha personagem favorita. No entanto não fiquei fã de alguns plots de alguns dos episódios, parece que o facto de ela querer muito ser influencer e deixar marca nas redes sociais retirou um pouco do carisma que a personagem tem e o suporte que tem vindo a dar à série. E, parecendo que não, o facto de não ter Richard sempre a seu lado também não ajudou. Sutton é uma personagem autêntica e acho que lhe foi retirada um pouco dessa autenticidade. Tenho de admitir que ficou linda na sessão fotográfica para a Scarlet, mas o vestido de noiva do Dia D deixou muito a desejar. Gostei do facto de o casamento ter tido drama; aliás, com este casal não poderia ser de outra forma, houve toda a situação dela à espera no altar, que foi excelente e nos prendeu ao ecrã.

Um dos pontos altos desta temporada, que deve ter uma ovação em pé, são sem dúvida as introduções de todos os episódios. Sempre super engraçadas, diferentes e irreverentes. Nesse aspeto a realização está de facto de parabéns, não houve nenhuma que não fosse espetacular.

Ainda ficaram coisas por dizer. A história de Jane seria sem dúvida uma das minhas preferidas se não fosse toda aquela situação com Ryan, mas a personagem mostrou-se diferente e mais lutadora que o habitual.

Melhor Episódio: 

Episódio 5 – Tearing Down The Donut Wall – Este episódio foi o melhor porque foi quando a série começou a tomar um rumo melhor. Não me interpretem mal, o segundo episódio com o pedido de casamento foi lindo! Mas o 5.º episódio ficou na minha memória por Sutton ter feito a sessão fotográfica para a Scarlet e também muito pelo facto de ter aparecido o novo interesse amoroso de Kat. Ainda que este tenha sido muito casual, foi interessante vê-la com um rapaz. Cody (Tom Austen) é um bartender que fica de olho em Kat quando esta acaba uma outra relação casual com uma rapariga no bar em que este trabalha. Acho que os actores tiveram muita química e gostava de voltar a vê-los juntos. Para quem não conhece, Tom interpretava o personagem adorado Jasper na série The Royals. Conhecemos também o pai de Jane. Sempre a ouvimos a falar da mãe, mas o facto de termos conhecido o pai acho que trouxe profundidade à personagem.

Personagem de Destaque:

Jane Sloan (Katie Stevens) – Isto porquê? Jane não teve de facto a melhor storyline porque toda aquela situação awkward com Ryan não acabava, mas conseguiu sempre demonstrar determinação e tomar as decisões certas no momento em que era suposto. Toda o drama em redor do seu possível cancro da mama é exasperante e fico triste por saber que há mulheres exatamente nesta mesma situação horrível e ingrata. É por isso que escolho Jane como personagem de destaque. Conseguiu integrar a lista da Forbes dos 30 under 30 sendo sincera e honesta com ela própria e conseguiu sempre mostrar o melhor dela a toda a gente. Apesar de Sutton e Kat serem ótimas personagens e a relação delas fazer a série, Jane merece o destaque que não tem tido até aqui por parte dos produtores, mas acho que pela forma como acabou o último episódio vai mudar daqui para a frente e para melhor!

*A título de curiosidade, para quem não sabe, Katie é luso-americana (a mãe é portuguesa), costuma passar férias em Portugal e fala e escreve muito bem português. Aliás, comento as fotos dela no Instagram em português *

Margarida Rodrigues Pinhal

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