How To Get Away With Murder – 01×02 – It’s All Her Fault
| 07 Out, 2014

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01×02 – It’s All Her Fault

Depois de um piloto tão bom como foi o de How To Get Away Wih Murder, colocava-se a questão: conseguirá a série manter o nível? Ao episódio 2, o que acham? Na minha opinião, não foi tão fantástico como o piloto, mas continuou a ser muito bom. A razão por que o acho, deve-se simplesmente ao típico esquema que as séries costumam seguir. De acordo com dito esquema, o segundo episódio geralmente reforça o que foi estabelecido no piloto, com pouco avanço, para que os espectadores que decidiram dar um saltinho ao episódio 2, mas que não viram o piloto, não se sintam completamente perdidos na história. How To Get Away With Murder claramente quer ser sucesso de audiências, até porque tem todas as ferramentas para o ser, pelo que este esquema é apenas natural. No entanto, resultou numa versão ligeiramente menor que o piloto. Reforce-se o “ligeiramente”, pois HTGAWM aproveitou o abrandar do passo para entrelaçar as diversas histórias introduzidas no piloto e que à partida não pareciam correlacionadas.

Todavia, comecemos antes pelo caso do episódio. Um homem acusado de matar a sua segunda mulher com 16 facadas, com um faca de caça. O homem, Max, era sardónico e excessivamente sexual (uma encenação de um crime tornada sexy) roçava o sociopata e, por isso, a revelação final de que ele tinha matado a sua primeira mulher, como forma de provar que não tinha matado esta, não foi propriamente uma surpresa. Talvez mais interessante tenha sido que o Wes percebeu (como o assistente da Annalise, Frank, descobriu) que a provável assassina fosse afinal a filha do Max. Ao descobrir que o pai teria assassinado a sua mãe (a primeira mulher), ela quis vingar-se dele e matou a madrasta para ele ser acusado. No entanto, a Laurel (a dar o seu contributo esta semana) percebeu que sendo o Max um caçador experiente, o assassínio tinha sido demasiado desajeitado e completamente diferente do da primeira mulher. Assim, Max foi absolvido, sem necessidade de recorrer a acusação de uma nova suspeita, a filha.
De uma forma geral, este caso existiu para respeitar a estrutura episódica que a série terá, com um caso por cada. A sua contribuição não foi além de dar mais alguma inteligência à Laurel. Quanto aos restantes personagens, houve o tal reafirmar típico que comentei de segundos episódios.

Os saltos no tempo de HTGAWM, introduzem uma dinâmica interessante e semelhante aos flashbacks em Lost, com a diferença de que enquanto em Lost se via de onde vinham as personagens, em HTGAWM, se vê para onde vão. Logo no piloto, a Annalise criou uma competição que os colocou aos quatro uns contra os outros, mas no salto no tempo para a frente eles estão unidos. Desorganizados, a gritar uns com os outros, é certo, mas ainda assim unidos pela precária cola de um homicídio. Mais, de alguma forma parece que a relação deles parece ter evoluído no sentido de se envolverem em algo que parece mais relacionado com Wes. Como disse na minha review anterior, o Wes, que agora é basicamente um anjinho, teria uma evolução interessante se mudasse para algo mais ambígua e é essa transformação já concretizada que temos neste episódio. Em “It’s All Her Fault”, vemos outra perspetiva da noite do homicídio, a do Wes quando entra na estação de serviço. Parece que ele comprou um telemóvel descartável para telefonar a alguém, possível culpado do homicídio, que no final se revela ser a Rebecca, a sua vizinha e, parece, futura amante.

A Annalise remexeu no telemóvel do marido para descobrir mensagens trocadas com a aluna cujo o corpo foi encontrado no episódio anterior. Mensagens várias, de conteúdo aparentemente conspícuo, mas assinadas com um talvez demasiado íntimo “-L”. Excecional por parte dos argumentistas, ao aceitar que as pessoas são multidimensionais: a fria Annalise, defensora de assassinos, mostra-se completamente diferente sob o risco de partilhar a cama com um. Tipo, foi lindo! E coloca em perspetiva o momento dela com o Wes no episódio passado. Terá sido mera manipulação e sedução? Ou haveria sinceridade? E, afinal de contas, parece que o marido não é nenhum santo e já pulou a cerca com alunas.

Como disse lá em cima, as narrativas aparentemente soltas no episódio foram atadas. A Rebbeca aparentemente implicada no assassínio da estudante, parece estar implicada no assassínio do marido da Annalise. E o marido da Annalise, implicado no assassínio da estudante também.

Ao segundo episódio, as fundações da história estão criadas. Mais importante que avançar no assassinato nos próximos episódios, será explorar os personagens, que são bastantes. A estrutura do caso semanal é indicada para tal, pelo que How To Get Away With Murder não terá grandes desculpas se não o fizer.

Outras coisas:

– Onde anda o Asher Millstone no time jump para a frente? Já agora, que este personagem seja um total idiota e que mesmo assim eu goste dele, é um testamento ao excelente trabalho do Matt McGorry. Ele ter imensas deixas engraçadas também ajuda! “Wait, you’re gay?” – ainda me estou a rir.
No entanto, espero que o tornem algo mais. Ou então não. Também não seria terrível.

– Interessante que estejam a tornar o fling entre o Connor e o Oliver numa relação. Apesar do “I don’t do boyfriends”. And so much gay sex. Palmas ABC, palmas

“I look nice, I know. It’s just my face.” Acho que vou gostar imenso da Bonnie!

 

Nota: 8.2/10

André F Dias

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