Game of Thrones – 06×06 – Blood of My Blood
| 31 Mai, 2016

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Blood of My Blood marca a entrada na segunda metade da temporada. Na semana passada, o episódio acabou de forma brutal, com a morte das Crianças da Floresta, do Corvo com Três Olhos, Verão e Hodor. Este começa mal o outro acaba, com Meera e Bran a fugir dos zombies e aparentemente sem escapatória possível.

Este sexto episódio fica marcado pela ausência de mortes, o que é praticamente inédito na nossa série (e irónico para um episódio cujo título tem sangue escrito duas vezes). No entanto, apesar do ritmo ter abrandado, tivemos desenvolvimentos importantes na história, uma visitinha de Drogon e vários regressos, como o de Walder Frey, Edmure Tully e Benjen Stark. Pode não ter sido o melhor episódio até agora na temporada (esse lugar pertence a The Door) e ter-nos privado de Tyrion, Jon e Sansa, mas não considero que tenha sido um retrocesso. Pelo contrário.

Porto Real

E pronto, parece que as conversas entre Tommen e o Alto Pardal realmente deram frutos e aqui tivemos a confirmação. Perante toda a cidade, o rei anuncia a aliança entre a Coroa e a Fé, humilhando publicamente Jaime, Comandante da Guarda Real, e a Casa Tyrell.

Esta união é uma resolução bastante pacífica do que era previsto e do que se previa ser uma jogada dos Lannisters para humilharem a Casa Tyrell. Fiquei um tanto desiludida quando vi que era Jaime quem lideraria o ataque. Parece que afinal o segredo que o Alto Pardal contou a Tommen não é a identidade dos verdadeiros assassinos de Joffrey. Afinal a aliança entre as duas Casas é genuína. Quem diria.

Oh, Margaery. Ela sempre soube fazer o seu papel tão bem! Bastou ter a atitude oposta de Cersei, que não vê mais nada à frente sem ser a Fortaleza Vermelha, o maninho a aquecer-lhe a cama e os filhos perto dela. Nunca vimos a rainha preocupada com o povo ou o desenvolvimento do país. Cersei só está interessada no poder e na família. Margaery… Margaery quer poder, popularidade. Mas é melhor atriz a disfarçar o quanto gosta do peso da coroa do que a sogra.

Como tal, custa-me engolir a atitude dela. Ela devia saber que a sua família faria de tudo para que não tivesse de fazer a Caminhada de Expiação. Cersei era Rainha Mãe. Ela era a rainha. Seria devastador para a Coroa ver uma das figuras máximas do país a desfilar nua pela cidade. Não era possível. Repararam no olhar dela quando viu o exército da família? Não estava com receio, estava orgulhosa e agradecida. Estou curiosa para saber como vai ser agora a relação entre Margaery e a avó ou entre Tommen e a mãe. Cersei não vai sorrir e acenar perante esta traição. O filho acabou de se aliar às pessoas que a humilharam e a tornaram a chacota da nação. Não, nem ela nem Olenna vão descansar enquanto não erradicarem todos os pardais da cidade. E se Margaery estiver a fazer jogo duplo, o embate de que estamos há tanto tempo à espera irá acontecer.

Jaime é despedido da Guarda Real e sai muito ao estilo de Ser Barristan Selmy após a morte de Robert Baratheon e a ascensão de Joffrey ao trono. Mas deve ter doído mais ter sido dispensado pelo próprio filho. Assim, Jaime é despachado para as Terras Fluviais. Nos livros, Jaime nunca chega a ir para Dorne e nesta altura do campeonato ele está em Correrrio há muito tempo, a ignorar os apelos de Cersei. Como podem ver, as relações entre irmãos em As Crónicas do Fogo e do Gelo são bem diferentes. Todavia, Game of Thrones é tão fã do incesto que nem consegue passar uma temporada sem nos mostrar uma cena apaixonada entre eles. Romântico, não? E distorcido. Já repararam que, fora Sam e Gilly, eles são o único “casal” da série? Arrepiante.

Para lá da Muralha

Ainda sem recuperar o fôlego do ataque, Meera arrasta Bran, que parece estar a fazer o download de toda a informação que o Corvo lhe passou no final do episódio passado. Foi tudo tão rápido! Imagens recicladas, imagens inéditas! Tive que ver as visões frame por frame para conseguir perceber aquela salganhada.

Primeiro que tudo, creio que todas as cenas mostradas parecem ter sido escolhidas com cuidado. Vimos a morte de Robb, Catelyn, Eddard. A queda da torre de Bran. E, ainda na onda dos Stark, revemos a cena em que o jovem Ned pergunta a Ser Arthur Dayne por Lyanna e ainda uma inédita, a mão ensanguentada por cima de um corpo banhado em sangue. Pela forma da mão, parece pertencer a uma mulher. Será Lyanna?

Depois aparecem os Caminhantes Brancos. São mostrados os horrores que aconteceram em Hardhome, a transformação dos bebés do Caster. Nada de novo, até chegarmos a uma parte em que nos é mostrado o sol a nascer para lá da Muralha (pela quantidade de neve, determinei que fosse muito a norte). Será que isto é do futuro? Uma prova de que o inverno não vencerá e que o mundo verá o nascer de dias mais prósperos?

Seguidamente, aparece Drogon a sobrevoar King’s Landing – mas Bran já vira isso na quarta temporada – e também uma Daenerys acabadinha de renascer das chamas com os seus dragões. A coisa começa a ficar mesmo interessante quando aparece o Rei Louco (que é bem capaz de ser, a par com Rhaegar, a personagem mais mencionada da série que nunca apareceu). Como sabemos pela boca de Jaime, o rei pretendia queimar a cidade com fogovivo antes que os rebeldes invadissem a cidade. Preferia explodir King’s Landing a entregá-la ao Usurpador.

Rei Aerys II Targaryen: “Queimem-nos a todos!”

Há duas imagem que envolvem o fogovivo. Numa vemos uma explosão e na outra vemos a substância a ser guardada pelos Meistres. Sabemos que o rei nunca levou o seu plano avante. Como tal, a cena da explosão é do futuro. Será que Cersei vai usar o fogo verde para acabar com os pardais? Até tenho medo.

Fiquei com pena que as imagens se tenham passado a um ritmo alucinante. Não conseguimos ver como devia ser Jaime a apunhalar o seu rei pelas costas e, posteriormente, a sentar-se no trono de ferro. Ao ver Aerys no trono lembrei-me de algo que não me passava pela cabeça desde a primeira temporada. O trono é tão pequeno e insignificante comparativamente ao que é descrito no livro! Ver um Targaryen sentado num trono forjado pelos seus antepassados e logo Aerys, que se picava tanto nele, e foi feita uma cadeirita daquelas? Aconselho-vos a pesquisarem como é o verdadeiro Trono de Ferro.

Caminhantes Brancos. Corvos. Dragões. Fogovivo. Gelo. Starks. Targaryens. Estão a perceber o padrão? Fogo e gelo. Será mesmo possível que isto seja outra indicação de que a salvação do mundo reside nestas duas casas? Ou até… na junção delas? Afinal… R+L=J. É só uma opinião!

No final, quando Bren e Meera estavam rodeados de zombies, o há muito desaparecido irmão mais novo de Ned apareceu e salvou-os… Benjen! Desde o início da primeira temporada que não aparecia. Ele é Mãos-Frias, uma personagem dos livros que ainda não tinha aparecido na série. Foi apanhado pelos Caminhantes, mas as Crianças salvaram-no e espetaram-lhe vidro de dragão no peito.

Monte Chifre

Sam e Gilly chegam finalmente à casa dele, que é tão imponente e fantástica como se previa. A Casa Tarly é aliada da Tyrell e, se Monte Chifre possui todo aquele esplendor, nem imagino o tamanho do castelo de Highgarden!

Randyll Tarly acabou por ser tudo aquilo que prometia. Sam pode ter mudado muito desde que chegou à Patrulha da Noite – matou um Caminhante Branco e é bem mais corajoso – só que, no entanto, nem foi capaz de abrir a boca contra o pai, que acaba por ser o seu ponto fraco. Teve de ser Gilly a bater o pé, revelando assim a sua identidade.

Estou bastante baralhada com a história de Sam e Gilly esta temporada. Certo, ele foi enviado por Jon para a Citadela para treinar para ser Meistre. Insistiu em levar Gilly e o pequeno Sam e decidiu deixá-la na casa da família para estar segura. Por muito adoráveis que eles sejam, o que é que as cenas deles acrescentam à história? Não entendo. Terá Sam levado a espada de aço valiriano “Veneno do Coração” por vingança ou por saber a sua utilidade na guerra contra os mortos? Tenho sérias dúvidas que o pai e o irmão Dickon o deixem sair impune daquele roubo. Portanto, se ele não consegue levar Gilly para a Citadela (porque, tal como ele disse, lá não há Jons) e se anda fugido, qual será o destino deles? A Muralha?

Terras Fluviais 

Walder Frey. Um dos nomes da lista de Arya. E um dos nomes mais odiados pelos fãs. Se bem se lembram, Freya traiu os Starks e causou a chacina no Casamento Vermelho. Para além disso, ainda ficou com o herdeiro de Correrrio, Edmure Tully (Black Jack Randall? És mesmo tu??!) desde o casamento. Os filhos ficaram com Correrrio, mas pareciam não ser talhados para a tarefa, visto Peixe Negro ter conseguido infiltrar-se no castelo e recuperado o que era da Casa Tully por direito.

Sinceramente, há muito tempo que já estava à espera da história das Terras Fluviais, mas sinto que caiu meio do nada. Só há uns episódios que ouvimos Petyr Baelish informar Sansa que o seu tio-avô tinha reclamado Correrrio. Por outro lado, é a altura ideal para Jaime e Brienne se reencontrarem. Não se vêem desde que ela se despediu para procurar Arya, na quarta temporada, e ainda por cima agora estão em lados diferentes do conflito. Isto promete, meus caros!

Braavos

Era a derradeira prova para testar a lealdade de Arya. Estava ou não estava talhada para ser Ninguém? Não, claro que não estava. Arya mata por vingança, não por dinheiro. Viu-se logo o que ia fazer com Lady Crane depois de ter visto que ela era uma pessoa adorável e a melhor atriz do elenco. Engraçado! Cersei está na lista de Arya, mas ela não foi capaz de matar a atriz que fazia o papel da rainha. Para quê, quando só lhe serve a verdadeira?

No teatro, a vítima escolhida para gozar foi Tyrion, mas Arya foi todos nós ao rir-se com vontade da morte de Joffrey. Oh, Arya, se soubesses que a cena real foi tão melhor e gratificante!

Agulha está de volta e Arya Stark também. Arya queria aprender a matar e conseguiu-o. Já sabe tudo aquilo que quer e está na altura de abandonar Braavos. Jaqen ordenou a sua morte a Waif. Nada que não estivéssemos à espera. A questão é… qual das duas caras vai para a parede? Estou bastante deserta de ver a luta entre as duas. Arya levou muita porrada dela esta temporada. Está na altura de Arya dar de volta. Força nisso!

Mar Dothraki

Será que começa a chegar a altura em que devemos ter medo de Daenerys Targaryen? É que eu tive um bocadinho. Ela não costuma ser tão egoísta nos discursos que faz. Dany libertou os escravos (ou tentou) e apoia a igualdade. Devido às suas ações altruístas, a ideia de ela poder ter herdado a loucura típica dos Targaryen raras vezes me passava pela cabeça. Mas ao reparar que Dany aparecia, tal com o pai, nas visões de Bran deixou-me receosa… Será possível que os Sete Reinos tenham de lidar com outro Targaryen passado da cabeça e logo uma com três dragões? Até vou mais longe… será possível que sejam os dragões e não os Caminhantes a destruir o país? Pronto, talvez possa estar a ir demasiado longe.

Se calhar os tempos vulneráveis ao pé dos Dothraki mudaram-na. Talvez agora, que tem um exército tão grande que são precisos mil navios para os levar para Westeros, se aperceba do quão poderosa é. Talvez ainda esteja bêbeda com o que aconteceu em Vaes Dothrak. Se calhar é só impressão. O que é certo é que houve algo de perturbador em toda aquela cena. Até porque Daario tem razão. Daenerys é uma conquistadora. Dá-se bem melhor a fazê-lo do que a reinar. O que irá fazer se se aperceber que o Trono de Ferro não lhe chega? O que é certo é que desta temporada não passa. Dany vai mesmo para Westeros. A questão é como. Euron está a construir navios, mas parece-me demasiado óbvio que seja ele a dar-lhos. Espero que não sigam este caminho, espero mesmo.

Para acabar… e não é que Dany está a ficar bastante fã de montar Drogon? Quem são os próximos?

Maria Sofia Santos

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