Contém spoilers!!
Após terem esgotado algumas épocas e alguns dos monstros e temas mais comuns, Legends of Tomorrow partiu, aparentemente, para uma mudança abrupta de tema. Mudança esta que mostrou neste episódio que pode resultar e correr bem. Pelo segundo episódio consecutivo o antagonista é uma criatura mitológica, tipicamente associada ao bem. No primeiro episódio foi um unicórnio, desta vez foi uma fada madrinha.
A época escolhida também acontece ser uma das minhas preferidas, a altura da caça às bruxas em que há mínima suspeita, muitas vezes por puro desdém, uma mulher podia ser acusada de ser uma bruxa e morta nas praça públicas. Gostei do modo como exploraram isso neste episódio, afinal de contas em 45 minutos e com um vilão para derrotar, não sobra muito tempo para analisar criticamente como eram as coisas nessa altura. No entanto neste episódio, através da narrativa de Zari, que já agora tem sido cada vez mais uma personagem de destaque, conseguem fazê-lo. A maneira como ela tenta dar a volta aos preconceitos das pessoas, mas por muito bons argumentos que tenha, é tudo em vão e o medo e crença continua a ser dominante na mente das pessoas.
Constantine, meio movido por medo, decide finalmente juntar-se à equipa, recusando no entanto a ser apelidado de lenda, preferido consultor. Já deu para entender que toda a história principal da quarta temporada vai andar envolvida sobre Constantine e quem quer que seja que o anda a perseguir. Seja o que for, é suficientemente mau para que uma fada prefira o inferno a associar-se a Constantine.
O enredo de Nate é interessante e pega no ponto onde tinha ficado no episódio anterior, sobre a sua fraca relação com o seu pai. Por incrível que pareça, os trabalhos de ambos, sobre os quais nenhum podia falar, estão interligados e o pai de Nate é a pessoa responsável por financiar ou não, alguns dos projetos secretos do governo. O respeito entre ambos começa a aparecer quando Nate lhe consegue provar que é um herói, e que está a pôr em uso, o que a educação paga pelo seu pai lhe deu durante anos.
O episódio foi bem melhor, na minha opinião, que o episódio anterior, tendo gostado de tudo desde a história até ao tema escolhido. Deixa-me com vontade que venha o próximo episódio, parece-me que já estará na altura de descobrirmos um pouco mais sobre o que anda a assombrar Constantine. Prevejo que ou no próximo, ou no imediatamente a seguir, isso seja alvo de uma maior análise.
O que acharam?
Raul Araújo