Orphan Black – 04×10 – From Dancing Mice to Psychopaths
| 18 Jun, 2016

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Hello, sestras! Chegou o season finale mais aguardado do momento e após a confirmação de renovação para a temporada final, as nossas exigências serão agora ainda maiores do que até agora foram. Cosima descobre a cura para as doenças dos clones, mas o acesso à informação é-lhe interdito assim que Susan revela os seus verdadeiros planos. Sarah terá que ir para a ilha salvar a sua irmã, mas Krystal aparece e tem novidades sobre o paradeiro de Delphine. A nova adição para o Clone Club promete tornar a temporada final ainda mais divertida. Ferdinand está de volta e Rachel planeia um golpe para assumir a liderança dos Neolutionists.

E chegou assim mais um final. Um final que, embora repleto de twists e de muitas emoções, deixa vários cliffhangers a pairar no ar até ao próximo ano. Malditos cliffhangers! Mas “From Dancing Mice to Psychopaths” é absolutamente vertiginoso e agora que a vilã de serviço ficou à descoberta, o dilema moral em combatê-la torna-se ainda mais essencial para a sobrevivência de Sarah e das suas sestras. O título do episódio retrata com eloquência a transformação de um clone que, de rato de laboratório, se tornou numa psicopata. Esta é a história de Rachel. Uma história que, por si só, revela que a ciência não olha a meios para alcançar os seus fins e o progresso nem sempre tem o desfecho que se pretende. Susan apercebe-se disso, ainda que seja tarde demais.

Orphan Black é um fenomenal exercício de televisão que não tem medo de correr riscos. Conseguir criar um enredo durante cinco temporadas com base na luta de um grupo de clones em encontrar respostas para a sua criação e não perder a sua qualidade é um feito icónico da História da Televisão. A escrita é tão cativante que mesmo os menos adeptos da ficção científica não conseguem não se render ao charme inigualável de Tatiana Maslany e do seu extraordinário trabalho. O final, amaldiçoado por estes cliffhangers, não deixa de ser uma montanha-russa de emoções e que trabalha com ritmo a dinâmica dos clones, mas não sem injetar uma dose de adrenalina capaz de nos fazer saltar o coração do peito.

Claro que os finais em aberto nem sempre são bem-sucedidos e este acaba por ser o caso. Por muito que adore e guarde um lugar no meu coração (para a posteridade) para todas as sestras, não deixo de pensar que não seria mau de todo terminar com a vida de uma delas. Atenção, isto apenas funcionaria ainda melhor para rematar a temporada com uma excelência diferente e que é essencial para mostrar a violência de se querer respostas onde é quase fatal encontrá-las. “From Dancing Mice to Psychopaths” podia ter ido ainda mais além. A série, que é conhecida por não ter medo de correr riscos, parece ter receio de chocar em demasia o público ao terminar a história de uma das irmãs. Ao fazê-lo, a série ganharia uma vida ainda mais intensa e tornava-se credível a dimensão do perigo que enfrentam.

Ainda assim saboreiem o episódio porque só para o ano é que voltaremos a ver Maslany como todas estas deliciosas personagens e eu estou bem feliz com a equipa de Orphan Black. Feliz porque em vez de renovar desalmadamente o seu trabalho, sabem quando o devem terminar, ainda que vá deixar uma saudade imensa.

Jorge Lestre

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