This Is Us – 03×10 – The Last Seven Weeks
| 18 Jan, 2019

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[Contém spoilers!]

Estamos na época dos regressos das séries. Entre aquelas que tinham parado para a época festiva e as que iniciam agora nova temporada, bastaram poucos momentos para me aperceber que This Is Us era a que mais falta me fazia. Regressa com um episódio que nos compensa a todos os níveis pela sua ausência, com uma prazenteira viagem pelas sete últimas semanas. Não perdendo muito tempo em cada uma, mas revelando momentos pertinentes e plenos de significado, teve o potencial (quanto a mim, concretizando) com mensagens cheias de valor e capazes de tocar as pessoas como só This Is Us faz.

Foi porventura o episódio com menos Jack e Rebecca de que mais gostei. Isto é, nos episódios onde estes dois passam despercebidos, sinto sempre que me falta algo, mas a experiência desta semana deixou-me satisfeito, comovido e totalmente envolvido apesar das breves aparições dos dois.

Começando por Kevin, e face às dúvidas que vinha tendo sobre este relacionamento tendo em conta o historial de ambos e sobretudo dele, devo dizer que o desenvolvimento desta relação me deixou bastante agradado. Esta relação tem sido diferente de todas as outras. Talvez no passado Kevin estivesse habituado a um caminho mais fácil, mas que resultava numa duração mais breve. Desta vez, teve resistência que só tornou a conquista mais aliciante. As palavras de Randall podem ter feito um clique na cabeça de Zoe, mas havia muitas ações e atitudes de quem está apaixonado e foram essas atitudes que falaram mais alto na decisão tomada. Gosto cada vez mais deste par!

E passando para outro par que já não tem provas a mostrar a ninguém: Kate e Toby. Atravessam um momento bonito da sua história, uma fase de sonhos, esperança e de recuperar equilíbrios que a vida roubara noutras instâncias. Confesso que gosto bastante das cenas nas séries quando de repente temos “personagens” a comentar outros produtos ficcionais. Dá um realismo genial, porque quando estas personagens comentam as outras como sendo ficção, assumem-se como reais. Nesta parelha tivemos o exemplo mais óbvio e que a mim me diz muito, Star Wars. Pobre Toby, como eu compreendo a tua “dor”! Também tenho prateleiras cheias de personagens que me fizeram sonhar e que “aguardam” em segurança que um dia venha um “filho” que se delicie com elas, imaginando-os em grandes batalhas galácticas com os olhos a brilhar. Mas o episódio aí dá-nos uma mensagem forte e com que não podia estar mais de acordo: os objectos por si só não são importantes, são as pessoas. E se Kate esteve tão bem com uma das melhores quotes do episódio: “Babe, we’re starting a new family, our family. And no, we don’t have all your favorite action figures to pass down and no, we don’t have my handmade football stadium. But babe, we come with us. You don’t need to pass down your favorite thing to your son because I know with every part of me that you are going to be our son’s favorite thing.” Toby retribuiu magistralmente e há lá coisa melhor que surpreender a nossa mais que tudo? A outra referência ao mundo da ficção veio subtilmente no núcleo de Kevin com uma discussão sobre Game of Thrones (outra referência sobre a qual sou suspeito para falar, não fosse também uma das minhas sagas preferidas).

E por fim, todo o esforço de um homem que quis dar o melhor de si para tudo e todos, ser o melhor pai, o melhor marido e não abandonar as pessoas que precisavam da sua ajuda e que acreditaram na sua intenção e convicções. A vitória da perseverança e do amor e mais uma prova de que o desejo de Jack de que o universo colocasse a pessoa certa no caminho de Randall se concretizou. Veremos a influência e consequência que a surpresa final teve nesse caminho!

Entre questões maiores e menores, compromissos, desejos e ambições, This Is Us voltou com um episódio que ofereceu uma série de pequenos “finais felizes” nos arcos que abriu para cada um dos irmãos nestas sete semanas. E felicidade é o que é preciso para se começar este ano em grande. Venha de lá mais felicidade de qualidade “This Is Us”.

André Borrego

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