Wow, esta 2.ª temporada de The Wheel of Time foi uma melhoria tremenda. Finalmente a série encontrou o seu ritmo, aquele equilíbrio entre ser inspirada nos livros, mas ser a sua própria obra, sem estragar ou sem ser uma afronta ao original.
A 1.ª temporada de The Wheel of Timefoi banal e esse é o adjetivo menos mau com que a posso apelidar. Como fã da saga de Robert Jordan, custou-me mais ver algo tão insípido do que ver algo que seja só mau. Sim, houve coisas boas como o casting de Rosamund Pike como Moiraine, mas foi uma temporada muito previsível e que não cativou muitas pessoas a ver a série. Foi com essa baixa expectativa que iniciei a 2.ª temporada.
Qual não foi a minha surpresa ao ver os primeiros episódios e gostar, continuar a ver e acabar por gostar bastante. Esta temporada é perfeita? Não, mas é um grande passo na direção certa. Mostrou-nos uma temporada coesa, que aprofunda os mistérios deste mundo e que preparara, ao estilo de Robert Jordan, várias sementes que irão dar frutos mais à frente. Há muitas diferenças face aos livros. Não vou entrar em grandes detalhes para não estragar a experiência de um fã da série que queira ir ler os livros, mas na série estão a seguir alguns caminhos mais rápidos que outros, até misturando acontecimentos de livros mais à frente. No entanto, não está a resultar mal, as personagens continuam a ser fiéis a si mesmas.
Nesta temporada há três grandes linhas de enredo: a de Rand e Selene; a de Moiraine; e a de Egwene e Nynaeve. A presença e introdução de Selene foi um dos pontos altos desta temporada. A presença de Natasha O’Keeffe sentia-se em cada cena em que aparecia vestida na pele desta personagem. Moiraine, esta temporada, tem muitos episódios em que não tem acesso ao Poder. Isto dá-lhe uma fragilidade e um aspeto mais humano e recompensa-nos quando ela volta a poder usar magia. Ninguém usa o poder de uma forma mais bela e visual que Moiraine. Por último, Egwene e Nynaeve foram das personagens mais “irritantes” na 1.ª temporada, mas há que dar o benefício da dúvida, porque nos livros também o são. No entanto, nesta temporada, todo o enredo relacionado com os exames de aceitação e com os Seanchanderam, respetivamente, outra profundidade a Nynaeve e Egwene, especialmente esta última, quando é escravizada. A sua capacidade de representação da dor, medo e horror naquelas cenas mostrou o potencial que está por detrás.
Perrin e Mat têm menos importância nesta temporada, mas não por isso menos importância na série como um todo. Mat teve que ter uma alteração grande ao enredo para trocar de ator. Era difícil entrar na pele de Mat a frio na 2.ª temporada e Dónal Finn conseguiu fazer pelo menos um papel tão bom como o seu predecessor. Perrin continua a explorar a sua ligação com os lobos e com outra coisa que já está a ser preparada e vai ser muito importante mais lá à frente. Fiquei surpreendido com as cenas dele com Aielsjá e pergunto-me onde irão levar.
Também começamos a ser introduzidos aos Forsaken, tendo mais contacto com Ishmael e com Serene, mas no final temos um vislumbre de Moghedian.
Em suma, esta temporada é coesa, consistente e interessante. Ao contrário da primeira, as decisões em que se afastam dos livros até parecem fazer sentido e houve várias cenas em que permitiram que o elenco brilhasse e mostrasse as suas capacidade. Fico genuinamente entusiasmado e com vontade de ver uma 3.ª temporada, que já está confirmada. Nunca pensei que pudesse melhorar tanto da primeira para a 2.ª temporada. O problema é que agora a expectativa está alta e posso ficar desiludido novamente.
Melhor episódio:
Eyes Without Pity (Episódio 6) – Toda a história que envolve os seanchané revoltante e este episódio faz um trabalho fenomenal em mostrar isso, o que Egwene e as outras mulheres passam às mãos deste povo é pura escravatura, algo que nunca devia ter existido. Este episódio e a performance de Madeleine Madden conseguem mostrar o lado pesado e revoltante desta situação. Acaba por compensar quando finalmente Egwene consegue vencer a sua captora. É uma mudança grande em relação ao livro, mas que fica melhor assim neste formato.
Personagem de destaque:
Selene/Lanfear (Natasha O’Keeffe) – Há várias personagens que têm uma bela performance, mas Natasha enquanto Selene e enquanto Lanfear (nas suas duas versões) rouba cada segundo em que está no ecrã. Tem uma presença perigosa e quando percorre as ruas a criar explosões veste muito bem a pele de uma vilã. Não é uma personagem fácil: tem que, por um lado, gostar mesmo de Rand e querê-lo ao lado dela, mas ao mesmo tempo ser tão esguia como qualquer Aes Sedai. Natasha vestiu esta personagem na perfeição.
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