Inside Man – Review da minissérie
| 14 Nov, 2022
8.6

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Inside Man estreou na Netflix e é uma minissérie britânica cheia de ação e que demonstra uma perspetiva muito interessante. São apenas quatro episódios fascinantes que me deram muito que pensar.

As personagens principais desta série são: Jefferson Grieff (Stanley Tucci), um professor de criminologia que está preso no corredor da morte; Beth Davenport (Lydia West), uma jovem jornalista de investigação; Janice Fife (Dolly Wells), uma professora solitária; e Harry Watling (David Tennant), vigário e pai de família. O que une todas estas personagens? Uma verdadeira teia de mal-entendidos com consequências dramáticas e desastrosas. Quando comecei a ver Inside Man estava longe de imaginar a aventura em que me ia meter; o trailer entusiasmou-me e deixou-me curiosa, mas a série superou as expectativas que tinha. 

Não há nada melhor para resumir esta história do que a afirmação que Grieff faz no primeiro episódio: “Todos são assassinos, basta conhecer a pessoa certa”. E ninguém melhor do que Grieff para afirmar isto: é doutorado em Criminologia, cometeu um homicídio e por isso mesmo está no corredor da morte. O que o diferencia dos restantes presos é que é um expert na área e por isso ajuda a polícia e as famílias a investigar e concluir casos. Tem uma perspicácia e uma inteligência fora de série e por isso é a peça central de Inside Man. Pessoalmente achei-o uma personagem muito cativante e misteriosa e com um sentido de humor que adorei.

A afirmação de Grieff deu-me que pensar e ainda que não tenha concordado com ela inicialmente, com o desenrolar da história fez-me contemplar uma perspetiva diferente. Nas condições certas e com as pessoas certas, se calhar todos nós temos a capacidade de assassinar. A história demonstra-nos isto através de uma confusão de pequenos acontecimentos que se desenrolam muito rapidamente e tomam proporções gigantescas. Não quero dar spoilers, apenas posso dizer que uma ação que parecia não ter qualquer significado na vida daquelas pessoas, uma omissão e uma má interpretação de uma terceira pessoa, estão no foco deste enredo e de toda a confusão.

É uma perspetiva interessantíssima, com personagens incríveis e muito bem interpretadas, que aconselho a ver. São quatro episódios, portanto em cerca de quatro horas consegues completar a história. É pequena, mas cheia de acontecimentos que não vão desiludir. Esta minissérie foi uma surpresa para mim e ainda bem que não me passou ao lado. Conseguiram colocar em perspetiva como pequenas ações banais e quotidianas tanto se podem transformar em algo bom ou, por outro lado, num desastre. A vida não é preta e branca, é todo um arco-íris.

Uma nota final: há cenas pós-créditos no último episódio, não deixes de ver!

Melhor episódio:

Episódio 1 – Foi difícil escolher um episódio para destacar. O primeiro começa de uma forma que me cativou logo, com um acontecimento que parece não estar relacionado com a restante história, mas que é um ponto de partida que liga algumas pequenas peças com o enredo principal. Conhecemos todas as personagens, e fiquei logo encantada com Grieff e a sua perspicácia e muito curiosa para ver tudo o resto.

Personagem de destaque:

Beth Davenport (Lydia West) – Beth é uma jovem jornalista cheia de valores e ideias preconcebidas que são colocadas em dúvida e desconstruídas após o seu encontro com Grieff. É muito interessante como a postura dela muda perante este prisioneiro que ela condena e critica ainda antes de conhecer.

Temporada: 1
Nº Episódios: 4
8.6
8.5
Interpretação
9
Argumento
8.5
Realização
8
Banda Sonora

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