The Hot Zone – Review da 1.ª temporada
| 01 Jun, 2019

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Temporada: 1

Número de episódios: 6

[Contém spoilers]

Produzida por Ridley Scott e protagonizada por Julianna Margulies, The Hot Zone é uma minissérie que retrata a história aterrorizante das origens do Ébola, um vírus altamente mortal e infecioso da floresta tropical da África Central e como chegou a solo americano, centrando-se em Nancy Jaax, uma cientista do exército americano que arrisca a vida para prevenir um possível contágio à população.

Numa altura em que existem demasiadas alternativas para todos os gostos, há necessidade de filtrar aquilo procuramos ver numa série. The Hot Zone foi fruto de uma dessas filtragens. Com o selo da National Geographic, conhecida por produções de qualidade, a série acaba por conseguir aquilo a que se propõe, retratando tudo aquilo que envolve o vírus Ébola e de que forma é capaz de obrigar a mente humana a expandir o seu horizonte na busca diária por soluções, sempre com o medo à flor da pele.

Pessoalmente, gostei da forma como a narrativa se desenvolveu neste projeto, que, a meu ver, teve os episódios necessários. Conseguiram retratar os seus pontos fulcrais, tal como a sua origem, o comportamento ou os cuidados a ter, ao mesmo tempo em que trespassaram os medos e receios de um vírus altamente mortal,  para o qual ainda não existe qualquer tipo de cura. Em certos momentos de alguns episódios, a carga emocional é pesada. É frustrante sentirmo-nos impotentes ao ver como o vírus afeta o ser humano, sem que nada possamos fazer, ao ponto de se ponderar acabar com a própria vida, antes que o vírus o faça.

Quanto ao elenco em si, os personagens, no seu geral, executam um bom trabalho. Existe um elo de ligação em toda a série, algo que é transmitido para o espectador, principalmente quando surgem fragilidades, tais como o medo de contrair a doença, que, apesar de todas as precauções tomadas, o mínimo deslize, pode ser a diferença entre a vida e a morte.

De um ponto de vista menos positivo, tenho que realçar dois aspetos. O primeiro, os efeitos nos macacos. Se há coisa que hoje em dia se consegue produzir de forma realista, são efeitos especiais. Contudo, e por vezes, acabam por exagerar, algo que a meu ver, foi o que aconteceu em The Hot Zone. Entendo a necessidade de recriar situações, colocando os animais com os sintomas que a doença transmite, mas, para mim, foi algo exagerado e sobrenatural, como comentamos internamente no staff. Outro dos aspetos, e apesar de na globalidade estar tudo bem retratado, em certos momentos, a série enfraquece naquilo que pretende transparecer, o medo de um vírus cuja taxa de mortalidade é de 90% e o quão impotente é a raça humana, apesar de todas as possibilidades que temos hoje em dia.

Num ponto de vista global, e quem procura uma série deste teor, vai ficar satisfeito com o produto final. Uma minissérie que se vê de uma forma fluída e que consegue deixar-nos a refletir naquilo que pode acontecer se a epidemia não for controlada. O vírus Ébola é real e fatal, e, infelizmente, não há como o combater de uma forma eficaz, tendo nós, seres humanos, de nos precaver da melhor forma possível, até ao dia em que seja encontrada a cura.  Não se sabe ao certo como está a situação em África, mas a crua e nua das verdades é que o o Ébola continua a matar em larga escala. A título de cariz informativo, esta semana foi revelado que na República Democrática do Congo, que atravessa um novo surto, o vírus já causou até ao momento a morte a 1300 pessoas. Apesar de todos os esforços das equipas médicas no local para o conter, a sua propagação continua em larga escala, podendo estes números não corresponder à realidade.

Porque os cuidados nunca são demais e muitas das vezes a precaução é aquilo que nos resta, aqui fica informação essencial para quem quiser saber mais sobre o fatídico vírus Ébola.

Melhor Episódio:

Episódio 1  –  O episódio introdutório de uma série é, possivelmente e muitas das vezes, o ponto chave para nos fazer decidir se continuamos a seguir ou se ficamos pelo piloto. The Hot Zone consegue reunir os fatores necessários de forma a despertar essa curiosidade. O medo e as fragilidades, é algo sentido desde o primeiro impacto, despertando o interesse em saber como se irá desenrolar o tema nos restantes episódios.

Personagem de destaque:

Nancy Jaax – Os protagonistas, muitas das vezes, fazem toda a diferença e esta é mais uma prova disso mesmo. Jaax é um ponto fulcral na série. Apesar de não conseguir comparar a prestação da atriz com a de outros projetos em que tenha participado, em The Hot Zone cumpriu aquilo que seria de esperar. Uma mãe, mulher e líder que, apesar do seu trabalho afinco e os seus medos associados, nunca esquece aqueles que ama, lutando diariamente para que a sua voz seja ouvida, apesar de todas as imposições que lhe são colocadas.

Ricardo Santos

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