Grey’s Anatomy – 14×20 – Judgment Day
| 23 Abr, 2018

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[Contém spoilers]

É no seguimento do anúncio da renovação de Grey’s Anatomy para uma 15.ª temporada que nos chega Judgment Day. Este episódio, o 20.º desta temporada, apresenta-nos os nossos médicos favoritos numa luz um pouco diferente daquela a que estamos habituados e revela ainda um segredo que pode bem vir a mudar a direção da série (ou, pelo menos, a vida de algumas destas personagens).

Comecemos pelo início. Durante as apresentações dos vários protótipos para o concurso de inovação cirúrgica para o qual os nossos médicos têm estado a trabalhar, Arizona distribui bolachas que lhe foram trazidas pelas suas pacientes, desconhecendo o ingrediente especial que foi usado na sua confeção. As bolachinhas, que contêm marijuana, rapidamente fazem com que as apresentações tenham que ser adiadas, uma vez que (quase) nenhum dos médicos se encontra em condições para falar sobre o seu projeto, quanto mais trabalhar.

É neste estado que se encontram Alex, Miranda, April, Jackson e Catherine, Maggie, Arizona, Andrew e, por fim, Vik, um dos internos. O primeiro é levado por Amelia à casa de Owen, que se prepara para receber o bebé que resolveu acolher. Miranda e April acabam fechadas numa sala, após Meredith afastar Bailey de uma cirurgia. Já Jackson e Catherine permanecem na sala de reuniões, enquanto Maggie, Arizona e Andrew se fecham numa outra sala. Por fim, Vik não se acusa e acaba por percorrer o hospital em busca de algo para fazer (o que, obviamente, é uma receita para o desastre).

Como seria de esperar, as coisas parecem estar a andar demasiado rápido para Owen que, no seguimento do episódio anterior, recebe um bebé com menos de um ano de idade para ficar ao seu cuidado. Ansioso e, na realidade, um pouco receoso por esperar uma criança com mais alguma idade, Owen pede ajuda a Amelia para preparar tudo para a chegada do bebé. Surpreendentemente, a médica não se importa de o ajudar, apesar de ter que levar Alex consigo. Apesar de algum receio inicial, Owen acaba por se dar bem com o pequeno rapaz. Ainda assim, Amelia resolve passar a noite em sua casa, caso Owen necessite de ajuda. Estará a série a preparar-se para colocar Owen e Amelia de volta numa relação? Pessoalmente, espero que não, mas não posso dizer que ficaria completamente surpreendida com essa decisão.

Entretanto, April isola-se após ouvir uma conversa entre Catherine e Jackson, na qual Catherine partilha com o seu filho que o famoso Dr. Harper Avery era, na verdade, um predador sexual. Conta-lhe, ainda, que na altura ajudou a encobrir a situação, de modo a não manchar o nome da família e da fundação. Apesar de, inicialmente, Jackson se chatear com a sua mãe, este acaba por perceber o porquê de esta ter feito o que fez. No final, os dois concordam que está na altura de vir a público com esta informação, antes que outra pessoa a torne pública. Ainda assim, esta decisão chega tarde, uma vez que, no final do episódio, se torna bastante claro que as vítimas resolveram partilhar a sua história. Não me surpreende que Grey’s esteja a seguir esta narrativa – afinal, especulei já na minha última review que este seria o grande segredo a ser revelado. Enquanto que, por um lado, estou algo curiosa em relação à forma como Grey’s Anatomy vai explorar este tópico, tenho também algum receio que a série não lhe dê a devida atenção ou, pelo contrário, dramatize demasiado a situação.

Enquanto toda esta ação se desenrola, Jo vê-se forçada a realizar uma cirurgia a solo após o afastamento de Bailey, uma vez que Meredith se lesiona e é incapaz de proceder à operação. Apesar da sua lesão, Meredith acompanha Jo durante a operação, ouvindo as preocupações da médica, mas recusando-se a responder. A nossa Dr.ª Grey vê isto como um momento de aprendizagem para Jo, pelo que lhe dá total liberdade de decisão. Ainda que, por vezes, Jo queira uma resposta definitiva ou alguma orientação sobre o que fazer, Meredith tem perfeita confiança nas suas escolhas e, no final do dia, Jo acaba por fazer exatamente o que Meredith faria, não só salvando a vida do seu paciente, mas também acabando por lhe dar a melhor qualidade de vida possível ao salvar grande parte do seu estômago, com alguma ajuda do projeto de Richard. Por fim, torna-se bastante claro que cada vez mais Meredith tem orgulho em Jo, que continua a provar o seu valor.

No laboratório, Maggie, Arizona e Andrew esperam pacientemente que os efeitos das bolachinhas de canábis passem. Enquanto Andrew está deitado no chão, a ter visões de Sam, Maggie e Arizona estão no seu mundo. Maggie brinca com a mesa virtual de dissecação, ao mesmo tempo que Arizona divaga sobre o seu relacionamento com Carina. A certo ponto, no entanto, Arizona começa a falar sobre Callie. No início, a médica não se apercebe do sucedido, apenas percebendo o seu erro quando Maggie o aponta. Arizona chega à conclusão que a razão pela qual se está a tentar agarrar a Carina é o facto de todas as outras a terem deixado. Ainda assim, Arizona fica feliz ao ver que Carina ainda não partiu e as duas partilham um beijo após Carina se oferecer para levar Arizona a casa.

Por fim, as coisas começam a correr mal para Vik quando, após se ter recusado a ajudar um paciente, este vai contra um carro cheio de instrumentos, acabando por cortar o seu próprio braço. Vik é assistido por Richard e alguns dos outros internos que, inicialmente, não percebem muito bem o sucedido. É só quando Richard pretende administrar um sedativo ligeiro a Vik que este afirma ter consumido algumas das bolachas com marijuana. Logicamente, Richard acaba por despedir este interno pela sua irresponsabilidade (uma decisão bem tomada, na minha opinião).

No geral, acredito que Judgment Day foi um bom episódio. Apesar de não existirem grandes avanços em termos de narrativa, tratou-se de um episódio leve, com bastantes momentos cómicos que conseguiram manter a minha atenção. Pessoalmente, gostei imenso do pequeno avanço na confiança de Jo em si mesma (como mencionei anteriormente, tenho um carinho especial por esta personagem, odiada por muitos.). Estou bastante curiosa em ver onde algumas destas narrativas nos vão levar.

Inês Salvado

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