Limitless – 01×02 – Badge! Gun!
| 03 Out, 2015

Publicidade

Baccarat com cartas Uno e vírus fortes o suficiente para abater Genghis Khan… apenas um dia na vida de um “agente” do FBI.

Limitless está a tornar-se uma das maiores atrações entre as séries que estrearam. O piloto foi bom e deu para captar a atenção, mas para alguns teve um gostinho amargo, não só devido à grande semelhança com o filme, mas também pelo receio de não vir a trazer grande novidade e de ser apenas mais uma série com casos da semana. No entanto, este último episódio excedeu as expectativas e foi completamente hilariante.

De certa forma, temos na mesma um caso da semana, mas o desenvolvimento deste é bem equilibrado com a história principal. Gostei de ver que a família de Brian não foi posta de lado e vai estar, de facto, presente ao longo da série. O que dá um toque mais emocional à história e nos leva a gostar ainda mais do personagem de Jake McDorman, já que se vê que este é motivado a fazer o bem pela família. No jantar de família, Brian arrasa no Trivial Pursuit e, ao contrário do que é costume, é ele a dar conselhos ao resto da família, mas como ele diz, para a próxima tem que ser mais cuidadoso, pois suspeitas podem aparecer. E é o que acontece com o pai, Dennis, e o conflito entre mentir ou contar a verdade traz um lado mais pessoal, pois vê-se que Brian não quer desiludir o pai e quer, acima de tudo, que este se orgulhe dele. “I am not going to play along when you’re lying to me.”

No entanto, o grande trunfo deste episódio foram os momentos de humor, que tornam a série muito mais leve que o filme e a destacam dos outros tipos de séries criminais. Desde a 1.ª cena, com Brian a imaginar a sua nova vida no FBI como um filme de James Bond, em que está num casino, de tuxedo, a jogar baccarat; as marionetas de “Mike and Ike” e os mirabolantes planos de fuga (em conjunto com o seu “clone”) a estes dois “gorilas”; a cena em que Brian vai ser despedido com a música de fundo “You’re fired! Suplex, suplex, suplex backbreaker”; o facto de no meio de resolver os seus casos ainda consegue conhecer pessoas no autocarro e lhes dar conselhos “And I met some cool people on the bus!”; até o pormenor do soundtrack que ele acrescenta aos vídeos das câmaras de vigilância; tudo isto ajudou a um episódio muito agradável, e fez lembrar o estilo de Chuck e os personagens de John Dorian em Scrubs ou Andy Dwyer de Parks and Recreation’s.

Esperemos continuar a ver presente este tipo de comédia nos próximos episódios. Não esquecendo a banda sonora e as animações, que também são fantásticas e ajudam muito a criar o ambiente, esta semana tivemos a novidade também do opening da série, cuja música, do estilo electrónica, fica no ouvido.

Em relação ao caso em si, a verdade é que o trabalho no FBI não é bem como Brian imaginava. Basicamente é enfiado num gabinete cheio de ficheiros, num trabalho como consultor, em vez de agente de campo, e é examinado vezes sem conta devido à misteriosa resistência que este tem ao NZT (cumprimentos da injeção fornecida por Eddie Morra no episódio anterior, e que vemos em flashback). Mesmo enfiado num gabinete, isso não é obstáculo para o homem mais inteligente do mundo e Brian, sob o efeito de NZT, consegue desvendar a identidade de um bombista procurado e uma conspiração empresarial envolvendo um vírus genético específico para a prole de Genghis Khan (diga-se que mesmo o enredo para o crime foi bastante original).

É interessante como vemos ainda que Brian, mesmo sem estar sob o efeito da droga, embora mais lento, ainda consegue ser útil. A equipa produtora está realmente empenhada em fazer com que o público goste e se ligue ao personagem.

A dinâmica entre Brian e a Agente Rebecca é mais um dos pontos fortes, dá-nos um ponto de foco e permite-nos sentir a história através dos personagens (será que irá haver romance entre os dois?). O Agente Boyle surge como a parte céptica, que considera que o papel de Brian é irrelevante, mas ainda pouco sabemos sobre este personagem.

O final foi de deixar água na boca. Eddie Morra não está para brincadeiras. Apesar de continuarmos sem saber quais os seus planos e até quando lhe será útil Brian trabalhar no FBI, a presença dele é sentida pela enfermeira contratada (Sipiwe Moyo) para espiar e deixar Brian na linha (terá a pesquisa de Brian no computador levado a esta ação?; e Eddie, que no episódio anterior aparece como um salvador, nesta semana já dá mais um ar de possível vilão).

Em suma, Limitless em dois episódios conseguiu já trazer mais brilho que o filme (e o filme foi genial!) e abriu as portas para futuros desenvolvimentos muito interessantes.

Emanuel Candeias

Publicidade

Populares

calendário estreias série posters abril 2025

andor s2 star wars

Recomendamos

Séries da TV
Este Site Usa Cookies

Este site usa cookies para melhorar a experiência do usuário.Cookies são pequenos arquivos de texto colocados no seu computador pelos sites que consulta. Os sites utilizam cookies para ajudar os usuários a navegar com eficiência e executar certas funções.