Após 118 dias, a greve dos atores chega ao fim, depois de a Screen Actors Guild – American Federation of Television and Radio Artists (SAG-AFTRA) e os estúdios terem chegado a um acordo para um novo contrato.

De notar que o novo contrato, com duração de três anos, ainda terá de ser aprovado pelos membros do sindicato dos atores, numa reunião que decorrerá esta sexta-feira, mas as atividades da greve terminaram oficialmente às 8h01 (hora de Portugal) de hoje, 9 de novembro. Os principais pontos da luta dos atores eram aumentos salariais e bónus a longo prazo dos seus trabalhos nos catálogos em streaming, bem como proteção relacionada com o uso de inteligência artificial. Segundo o comunicado da SAG-AFTRA aos membros, estes três pontos estão cobertos no novo acordo.

Os membros do sindicato dos atores dos Estados Unidos, que inclui mais de 160 mil artistas, estavam em greve desde 13 de julho. O fim da greve dos atores marca um período de mais de sete meses de instabilidade em Hollywood, em conjunto com a greve dos argumentistas, que também já terminou no final de setembro.

As produções estão agora livres de retomar os trabalhos em pleno, depois de uma pausa maior do que a que ocorreu durante a pandemia da COVID-19. Segundo o Deadline, os atores já começaram a receber notificações com datas de regresso às filmagens das séries, programadas entre este mês e o próximo.

Para os canais públicos dos Estados Unidos, há uma certa urgência nos prazos de produção para garantir que haja temporadas prontas ainda esta época de 2023-24, temporadas estas que já serão mais curtas (entre 10 a 13 episódios) do que o habitual. Os canais públicos também vão dar prioridade às suas séries populares como Grey’s Anatomy, 9-1-1, e os universos Chicago, FBI e Law & Order, havendo a possibilidade de adiarem novas séries para a época seguinte.

Os serviços de streaming não têm a pressão dos canais públicos, mas é esperado que as produções de séries populares como Stranger Things retomem o mais rápido possível.