American Gigolo – Review da 1.ª temporada
| 02 Nov, 2022
7.85

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A 1.ª temporada de American Gigolo chegou a Portugal com a estreia da SkyShowtime e leva-nos ao mundo da prostituição de luxo através da história de Julian Kaye (Jon Bernthal). São oito episódios que, posso já adiantar, gostei muito de acompanhar.

Julian é preso durante 15 anos por um homicídio que não cometeu. A sua inocência acaba por se confirmar e fica livre e com cadastro limpo. A 1.ª temporada de American Gigolo acompanha o processo de Julian descobrir quem o incriminou enquanto tenta levar a vida de forma honesta e afastado do que o fez perder 15 anos. No meio deste processo vamos conhecer o passado de Julian: a sua infância difícil, a forma como acabou por entrar no mundo da prostituição de luxo ainda adolescente, as suas paixões e o grande amor da sua vida.

A personagem de Julian está muito bem construída; aliás, em American Gigolo todas as personagens estão bem construídas e acabamos por nos relacionar e formar opinião sobre elas. Gostei muito disto na série; logo no primeiro episódio comecei a formar opinião e a ganhar carinho ou ódio pelas personagens que me acompanharam. Não há forma de não gostar de Julian: um homem com um enorme charme, uma vida difícil, mas com os valores todos no lugar certo. Admito que pode ser uma história meio novelesca: o bonzinho com a vida difícil em que tudo corre mal e a culpa não é dele. No entanto, adorei ver Jon Bernthal neste papel e acho que a razão principal para ter gostado tanto desta trama foi essa, o ator encaixar na perfeição no papel de Julian.

Outro ponto de que gostei bastante é que não há grande foco no sexo explicito. É-nos demonstrado o mundo da luxúria, do desejo e drogas, mas não há sexo explicito em demasia. Gostei disso porque temia que fosse ver uma série com esse foco e não na história que prometiam, caindo assim no banal. Surpreendeu-me que o rumo não fosse esse.

Não está confirmada uma 2.ª temporada e sinceramente não sei se haverá mais história para desenvolver a partir daqui. A 1.ª temporada tem uma conclusão e não fica em aberto. Para mim isto é mais um ponto a favor. Talvez uma 2.ª temporada explore o futuro de Julian e o encontro pelo amor que tanto anseia ou outras personagens que não foram foco nesta, como a Detective Sunday (Rosie O’Donnell), de quem falarei melhor mais a frente, ou Isabelle Desnain (Lizzie Brocheré), dona do império da prostituição de luxo e muito importante na vida de Julian. Talvez seja uma perspetiva interessante a desenvolver.

Melhor episódio:

Episódio 5 – The Escape Wheel Os episódios são todos bastantes consistentes a nível emocional e de ação, mas destaco o quinto. É quando vemos uma versão de Julian diferente porque descobre uma verdade que mudaria a vida de qualquer um.

Personagem de destaque:

Detective Sunday (Rosie O’Donnell) Foi a detective que acusou Julian e que ao fim de 15 anos descobriu que ele estava inocente. Acaba por ter um papel muito importante na forma como tenta apoiar Julian e tenta redimir-se pelos 15 anos que ele esteve preso um pouco por culpa dela. Gostei muito de Sunday pela forma como ela demonstra ser humana e pragmática. Assume os seus erros e tenta resolvê-los, não só para se redimir, mas para fazer o melhor enquanto ser humano.

Temporada: 1
Nº Episódios: 8
7.85
8.5
Interpretação
7
Argumento
8
Realização
8
Banda Sonora

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