Curiosidades: Passaporte para Liberdade
| 18 Jan, 2022

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Continuamos a trazer curiosidades sobre as tuas séries favoritas e desta vez vamos dar a conhecer-te algumas sobre Passaporte para Liberdade:

1. A minissérie brasileira centra-se em Aracy de Carvalho, uma mulher brasileira que trabalhou no Consulado do Brasil em Hamburgo, na Alemanha, no período da Segunda Guerra Mundial e ajudou a salvar centenas de judeus da morte.

2. No entanto, os historiadores Fábio Koifman e Rui Afonso contestam a veracidade dos acontecimentos narrados, dizendo que “nenhum dos vistos concedidos pelo consulado de Hamburgo a judeus alemães naquele período foi irregular, falsificado ou forjado”. Por sua vez, a Globo, uma das produtoras da série, revelou que “respeita o ponto de vista” dos historiadores, mas que se trata de “uma obra de ficção baseada em factos reais”. Ainda assim, acrescentou que tem várias provas “desse heroísmo [de Aracy] com base em uma pesquisa própria” levada a cabo por uma equipa “qualificada” que se dedicou ao projeto durante mais de três anos, reunindo registos “históricos, documentos, publicações e materiais em vídeo disponíveis em museus e acervos respeitados pelo mundo”. Aliás, Aracy recebeu o título de Justa entre as Nações, dado pelo Memorial do Holocausto em nome do Estado de Israel a pessoas não judias que arriscaram a vida para salvar judeus durante a Segunda Guerra.

3. A série foi inteiramente gravada em inglês e trata-se da primeira produção da Globo nessa língua. Assim sendo, era necessário que os atores fossem todos fluentes no idioma. Em Portugal é possível optar como se quer ver a série no Globoplay: na versão original, legendada em português do Brasil e com descrições que tornam a série inclusiva para pessoas com problemas de audição e surdez, ou dobrada, também em português do Brasil. A escolha do inglês para a produção prende-se com o potencial de conquistar novos países e mercados.

4. Aracy, o Anjo de Hamburgo e O Anjo de Hamburgo foram dois títulos provisórios atribuídos à série antes de ter sido escolhido o nome que hoje conhecemos.

5. Alice Braga (Queen of the South) e Rodrigo Santoro (Westworld) foram os primeiros nomes pensados para dar vida aos protagonistas. No entanto, por questões de agenda, não foi possível entrarem em acordo com a Globo. Também Bruna Marquezine (Nada Será Como Antes) esteve em hipótese para interpretar Aracy, mas a atriz recusou o convite. Mateus Solano (As Brasileiras) ia assumir o papel de João Guimarães Rosa, mas acabou por ter que abandonar o projeto devido a adiamentos que surgiram. O mesmo aconteceu com Fernanda Montenegro (Amor e Sorte), Tony Ramos (A Mulher do Prefeito), Juliana Paes (As Brasileiras), Reynaldo Gianecchini (Bom Dia, Verônica), Cássio Gabus Mendes (Dercy de Verdade), Dan Stulbach (Filhas de Eva), Thiago Fragoso (Na Forma da Lei) e Jayme Matarazzo (Maysa: Quando Fala o Coração). Com cerca de metade das gravações feitas, foi anunciada pela Organização Mundial da Saúde a pandemia da COVID-19, o que obrigou a uma interrupção das filmagens. Só 11 meses depois foi possível recomeçarem.

6. Quando Sophie Charlotte soube que estava a ser desenvolvida uma minissérie sobre Aracy de Carvalho, esforçou-se para ficar com o papel. Sophie, que é filha de pai brasileiro e mãe alemã, nasceu precisamente em Hamburgo, cidade onde a sua personagem trabalha. Jayme Monjardim, o realizador de Passaporte para Liberdade, revelou que quando conheceu a atriz, ela olhou-o nos olhos e ele soube que tinha encontrado a pessoa certa: “Sophie apareceu, como um anjo, para viver a nossa protagonista”.

7. As gravações tiveram lugar em Buenos Aires, capital da Argentina, e no Rio de Janeiro. Todos os locais foram escolhidos a dedo por Monjardim e pela equipa de cenografia. As fachadas de prédios históricos como o Palácio Sans Souci, o Teatro Colón e o Centro Cultural Kirchner remetem para a arquitetura da Europa e foram usadas para recriar as ruas alemãs no período anterior à Segunda Guerra Mundial. Em fevereiro de 2020, começaram as gravações no Rio de Janeiro. “Precisávamos [de] mostrar a Hamburgo histórica, que não existe mais, antes de ser bombardeada na Segunda Guerra Mundial. Temos uma imensa área portuária, ambientes corporativos do nazismo, [o] nosso Consulado Brasileiro em Hamburgo, temos todo um bairro judaico e também um pedacinho do nosso Brasil deste período. A história apresenta uma variedade muito grande de eventos, culturas, cenários e ambientes, com muitas particularidades”, revelou Paula Oliveira, produtora de arte. A escolha destes locais “foi preponderante para enriquecer o resultado final”, acrescentou também. 

Conhecias alguma destas curiosidades sobre Passaporte para Liberdade?

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