Black Mirror – Crítica da 7.ª Temporada
| 16 Abr, 2025
8.2

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Depois de uma 6.ª temporada que, honestamente, não correspondeu às minhas expectativas, atrevo-me a dizer que esta 7.ª temporada de Black Mirror trouxe de volta aquilo a que a série já nos tinha habituado em temporadas anteriores.

É certo que um ou outro episódio poderiam ter sido melhor trabalhados a nível de narrativa. Acho que em alguns casos focaram demasiado em apresentar as possibilidades tecnológicas mais mirabolantes e acabaram por descurar a lógica ou até mesmo uma melhor construção da história.

Por exemplo, o segundo episódio poderia ter mais 5 minutos, e em vez daquele final tão abrupto, poderiam ter explorado um pouco mais o uso do colar por parte de Maria (Siena Kelly), antes daquele salto tão repentino. Não é que eu não visse isso a acontecer, mas senti que faltou ali um passo, por assim dizer. O episódio conseguiu deixar-me tensa do início ao fim, mas depois aquele final acabou por quebrar a expectativa.

O terceiro episódio, apesar de apresentar uma história bastante interessante, acho que faltou uma justificação mais lógica para a forma como o reboot estava a ser feito. Apesar de eu me ter tentado focar apenas no desenvolvimento da história dentro do reboot, e não tanto nos porquês, acho que teria gostado ainda mais se tudo tivesse sido um pouquinho melhor explicado. Isso, inevitavelmente, acabou por condicionar um pouco a minha ligação com a história e, consequentemente, o impacto desta em mim.

O quinto episódio também não me impactou por aí além. Novamente, senti que se tivessem conduzido a narrativa de outra forma, acho que poderiam ter tido outro resultado. Mantinha a ideia de irem percorrendo as memórias, e até mesmo o desenlace, mas eu pessoalmente teria construido outra base para a história.

Ainda assim, é inegável que Black Mirror tentou regressar ao tipo de episódios que nos levaram a gostar tanto desta série e a ter tantas expectativas quanto a esta. Episódios que nos deixam inquietos, angustiados, tensos, mas, acima de tudo, que nos deixam a pensar neles, mesmo depois de ter passado algum tempo desde que os terminámos.

Resumidamente, esta 7.ª temporada restaurou as minhas expectativas em Black Mirror e, caso haja mais temporadas, espero sinceramente que assim se mantenha!

Melhor Episódio:

Common People (Episódio 1) – Embora também tenha gostado bastante do último episódio da temporada, este primeiro foi aquele que mais me ficou na memória, mesmo depois de terminar de ver todos os episódios! Quanto mais o tempo passa, mais dou por mim a pensar na história apresentada. De todos os episódios desta temporada, este foi o que me deixou mais angustiada (e agoniada também!). Aplicar um sistema que tão bem conhecemos, inclusive utilizado por plataformas de streaming, à área da saúde, aliando isso ao que o ser humano consegue fazer por amor (e desespero!), tornam este episódio, sem dúvida, um dos mais impactantes da temporada.

Personagem de destaque:

Dorothy (Emma Corrin) – Sendo uma série antológica, torna-se um pouco mais difícil escolher uma personagem, tanto é que acabei por escolher a primeira que me veio à cabeça, tendo sido ela Dorothy, uma das personagens que aparece no terceiro episódio. Embora Hotel Reverie, como já referi anteriormente, tenha uma justificação pouco lógica para a forma como o reboot foi feito, ainda assim gostei do desenvolvimento que foi dado a Dorothy, além de que gosto particularmente da atriz.

Black Mirror - Crítica da 7.ª Temporada
Temporada: 7
Nº Episódios: 6
8.2
8
Interpretação
8.5
Argumento
8.5
Realização
7
Banda Sonora

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