Memento Mori – Crítica da 1.ª temporada
| 30 Out, 2023
5

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Esta 1.ª temporada de Memento Mori é baseada no primeiro livro, homónimo, de uma trilogia intitulada Versos, Canciones y Trocitos de Carne, escrita por César Pérez Gellida. Não tendo lido nenhum dos livros, o que me puxou para ver esta série foi a temática e a premissa, bem no espírito desta época de Halloween em que também começa a vir o frio e os primeiros dias de chuva. Um serial killer que deixa poemas nos corpos? Uma investigação cheia de voltas e reviravoltas? Um tom sombrio e chuvoso? Tudo condimentos para uma maratona bem passada debaixo das mantas, a beber algo quente.

No entanto, o que acabou por acontecer foi uma experiência morna, sem grande inspiração. O primeiro episódio até insere bem os personagens, mostra-nos as várias peças do puzzle em cima da mesa, dando aquele sentimento de que uma a uma irão encaixar e no fim teremos o quadro completo, mas que até lá vamos desfrutar de um bom quebra-cabeças. A partir daí é um rol de clichés, sem ponta de inovação ou criatividade, indo beber a tudo o que se já se fez dentro deste género, mas sem nunca sair do óbvio ou expetável. Até o twist final – que na teoria seria o culminar de toda a experiência, o grande momento de nos deixar de queixo caído – me deu apenas bocejos, foi demasiado preguiçoso.

A série não é má e reúne de modo geral todos os elementos que deveria ter em termos de atmosfera, os atores são competentes, fazem um bom trabalho com o texto que têm, embora alguns sejam talvez um pouco estereotipados. Tudo combinado também não faz com que Memento Mori seja boa. É uma linha plana, que só em certos, e poucos, momentos dá sinal de vida e nos faz de facto sentir algo. O ponto alto talvez seja o fim do episódio 4 que, aí sim, não sendo um momento propriamente surpreendente, faz-nos empatizar com os protagonistas. Levou-nos nestes 15 minutos finais onde seria suposto ter-nos levado a temporada toda.

A 1.ª temporada de Memento Mori tem muito pouco de memorável: é insípida, esquecível e completamente banal. As pontas ficam amarradas no fim, embora, claro, deixem espaço para uma possível continuação, visto que existem mais dois livros onde podem ir buscar inspiração. Se for renovada, espero que a encontrem; se não for, também não me estou a ver a ficar muito triste ou até surpreendido.

Melhor Episódio:

Episódio 4 – O episódio que mais mexe com a história e connosco e que dá, de facto, uma guinada no enredo e torna as coisas todas mais pessoais, conferindo alguma profundidade à história.

Personagem de destaque:

Carapocha (Juan Echanove) – Não sendo um personagem principal, foge um pouco ao estereótipo de herói/vilão dos protagonistas. Sempre na zona do cinzento, nunca sabemos bem se as suas intenções são benévolas ou malévolas, deixando uma aura de interrogação muito bem-vinda à sua volta.

Memento Mori - Crítica da 1.ª temporada
Temporada: 1
Nº Episódios: 6
5
6
Interpretação
4
Argumento
5
Realização
5
Banda Sonora

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