Superstore – Review da 6.ª Temporada
| 06 Abr, 2021

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[Contém spoilers!]

Temporada: 6

Número de episódios: 15

É com muita pena que dizemos adeus aos trabalhadores da Cloud 9! É verdade, Superstore chega ao fim com a 6.ª temporada e diga-se desde já que teve um final digno.

Esta última temporada acabou por passar a correr, até porque foram menos episódios do que o habitual. Devo confessar que quando soube que America Ferrera iria abandonar a série fiquei um pouco triste, visto ela ser a protagonista; ainda assim, depois de The Vampire Diaries, acreditei que seria possível dar uma grande conclusão à série sem a atriz. Aliás, ao longo de seis anos uma pessoa desenvolve ligações com as diversas personagens, pelo que uns dez episódios sem Amy Sosa não são o fim do mundo.

Todo o envolvimento amoroso entre Amy e Jonah foi um pouco previsível, mas fez todo o sentido. Não seria inteligente retirar o ator da série, pelo que a única maneira plausível seria mesmo terminar a relação dos dois. E claro que no fim, quando Amy regressa, ficaram juntos. Nem os fãs aceitariam outra coisa! Do que mais gostei nesta dinâmica foi ver como Jonah lidou com o fim do relacionamento e o quão talentoso Ben Feldman é. Nunca vi ninguém numa série de comédia a conseguir trazer emoções tristes ao de cima tão bem quanto ele.

Ainda a nível amoroso, parece que finalmente Dina e Garrett – que devem ser dos casais mais adorados de sempre da série! – ficaram juntos.  Dina teve, por fim, o reconhecimento profissional que sempre mereceu e tudo terminou bem para a personagem.

Sinto que o fio condutor desta temporada passou muito pela pandemia, algo de que nem desgostei, pois dava a ilusão de que havia sempre algo em comum na trama. No geral gostei de todos os episódios, ri bastante e foram a companhia perfeita.

É sempre triste quando uma série na qual estamos emocionalmente investidos termina. A construção de personagens que Superstore fez ao longo dos anos já não é algo que se veja muito frequentemente. O final da série tocou num aspeto crucial: a continuidade da amizade entre os personagens para além do ambiente laboral. Ainda que não saiba até que ponto se pode chamar realista ao final, foi, sem dúvida, aconchegante. Não houve pontas soltas e todos os trabalhadores viram a sua história fechar um ciclo.

Superstore foi, simultaneamente, uma aposta original e simples que funcionou muito bem e permitiu trazer uma diversidade ao pequeno ecrã que não é forçada e que permite refletir sobre muitos problemas sociais e económicos. A importância de séries como Superstore vai muito além do riso que provocam e esse legado ficará para sempre.

Melhor episódio:

Episódio 15 – É cliché, mas não é mentira que o episódio desta temporada que recordarei durante mais tempo será o último. Desde o fecho da loja ao vermos as novas vidas dos nossos personagens; às cassetes das entrevistas de recrutamento; à melhor performance de Superstore, por parte de Ben Feldman, este episódio foi épico!

Personagem de destaque:

Jonah (Ben Feldman) – Jonah é dos personagens que mais evolução tem ao longo das temporadas. Olhar para a 1.ª temporada e para esta última e ver o amor que ele desenvolveu em relação à sua profissão, a Amy e a todos os colegas de trabalho é só bonito! Para além do seu desenvolvimento enquanto personagem, o próprio ator deu tudo de si nesta última temporada. Toda a tristeza e dor que ele sentiu, eu senti com ele.

Ana Leandro

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