Étoile – 01×01 – The Swap
| 30 Abr, 2025
5.9

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Já estreou na Prime Video a série Étoile, a nova dramédia da dupla formada pelo casal Amy Sherman-Palladino e Daniel Palladino, criadores de Gilmore Girls e The Marvelous Mrs. Maisel. A série mergulha no universo do ballet para acompanhar a troca de talento entre duas prestigiadas academias de Nova Iorque e Paris, numa tentativa ousada de salvar as instituições. Depois de Bunheads, cancelada após uma temporada, esta é a segunda vez que os Palladino se inspiram no universo do ballet para dar vida a uma série.

The Marvelous Mrs. Maisel é uma das minhas séries favoritas e gosto bastante de Gilmore Girls, pelo que me custa admitir que Étoile não parece ter a mesma magia. O diálogo, mesmo à Palladino, continua rápido, mas menos incisivo e mais expositivo. As personagens continuam, à falta de melhor palavra, defeituosas, mas não de uma maneira relacionável que nos faça querer torcer por elas. Na verdade, as personagens roçam o insuportável, para não falar de que cada ator parece estar a atuar numa série diferente.

O título, que em português significa estrela, faz referência à expressão usada para referir a bailarina principal de uma companhia de ballet, que, neste caso, é Cheyenne (Lou de Laâge). Com a troca de talento entre as academias, ela parte de Paris rumo a Nova Iorque. Na verdade, quando a conhecemos, Cheyene está no convés de um barco, no meio do oceano, a liderar uma tentativa para impedir uma operação de pesca ilegal, acabando por ser presa e só aí regressando a Paris, onde descobre que foi transferida para Nova Iorque durante um ano.

Cheyenne foge ao estereótipo da diva prima ballerina, preferindo genuinamente enfrentar um mar quase tão feroz quanto ela para salvar peixinhos e baleias, mas acaba por tornar-se uma caricatura bizarra, também por culpa da interpretação exagerada de Lou de Laâge. Lorelai, Rory (de Gilmore Girls), Midge e Susie (de The Marvelous Mrs. Maisel) têm os seus momentos insuportáveis, mas, por esta altura, alguma coisa nelas já me tinha conquistado, nem que fosse apenas pelo facto de parecerem pessoas reais. Cheyenne, apesar de aparentar ter profundidade para lá da mulher impetuosa que passa quase um episódio inteiro a gritar, não tem oportunidade de mostrar outro lado que não esse e, consequentemente, é mesmo difícil de abraçar enquanto personagem principal.

Infelizmente para mim, que sou apreciadora de ballet, parece que Étoile também não está interessada em dar um papel preponderante à dança. Passamos mais tempo nas salas de reuniões e gabinetes das academias – e até no meio do oceano – do que nos estúdios e nos palcos. Aliás, as sequências de dança são filmadas de forma simples, mantendo a distância dos bailarinos, como que replicando a experiência de um membro na plateia, sem nunca oferecer ângulos que só poderiam ser captados por uma câmara. Noutra série, isso seria um desperdício, mas acho que nesta faz sentido, visto estar mais focada em mostrar o que acontece para lá da dança numa academia de ballet. E, nesse aspeto, é bastante interessante como o faz sem romantizar, mostrando que as academias também são empresas e que o trabalho dos bailarinos é uma profissão como as outras.

O primeiro episódio de Étoile não é terrível. Vê-se, sendo, na pior das hipóteses, um bocado secante. Mesmo assim, quero dar-lhe o benefício da dúvida. É um episódio muito expositivo, que apresenta muitas personagens, pelo que é normal não nos agarrar logo a elas e ao enredo que as liga.

A temporada completa de Étoile está disponível na Prime Video.

Étoile - 01x01 - The Swap
5.9
5
Interpretação
7
Argumento
6
Realização
5
Banda Sonora

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