Esta nova série da ABC traz-nos uma história repleta de personagens e narrativas.

Durante grande parte do episódio somos apresentados a um casal que, para além das obrigações profissionais, têm ainda de lidar com a sua filha e com as consequentes dificuldades na sua educação. O pai é um procurador a trabalhar num processo que está prestes a levar um homem a ser condenado à morte por ter assassinado duas raparigas. A mãe trabalha num canal de televisão onde é uma das pessoas mais importantes no acompanhamento das notícias. Numa altura em que um assassino em série anda à solta, o canal de televisão anda em cima dos acontecimentos. É aí que o inesperado acontece! Uma semana após o aniversário de Laura, o assassino rapta Serena, a filha da protagonista, e mata-a. Gera-se um momento de desespero da mãe, culminado numa tentativa de suicídio.

Após a tentativa, Laura acorda sem saber o que aconteceu e, quando regressa a casa, reencontra o marido e a filha. É de novo o seu dia de anos. Ela fica sem saber o que se passa e tenta explicar ao marido, mas este não entende. Após um bocado, Laura está mais calma e agradecida por esta segunda oportunidade. Nisto, a filha cai e corta-se, tal como tinha acontecido antes. Ela percebe que está tudo a acontecer de novo e resta agora a Laura salvar a filha de um destino praticamente certo.

A série não me impressionou nem me cativou, para ser honesto. Acho que atiram para o espectador muita informação de uma vez só. A série começa por parecer um policial, para depois tornar-se num drama e acabamos com a ideia de que se passa algo sobrenatural. Parece que não foi defendido um género para a narrativa e então lançaram-se várias premissas. O meu medo é que a partir daqui só se pegue numa dessas, ignorando as outras pontas soltas que nos foram lançadas. A série rondará, com certeza, à volta de Laura e da sua tentativa de salvar a filha, mas a verdade é que foram levantadas outras histórias que não parecem em nada ajudar a narrativa. Resumindo, o episódio foi uma confusão.

Carlos Real