The Boys – 01×01 – The Name of the Game
| 01 Ago, 2019

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(Contém spoilers)

Sempre tive curiosidade, e por vezes imaginava como seria a vida se os super-heróis existissem de facto e tivéssemos que lidar com isso no dia a dia. The Boys diz-nos como, pelo menos da visão deles.

Esta nova série de super-heróis, não muito convencionais, chega-nos pela Amazon Prime, baseia-se na banda desenhada de Garth Ennis e Darick Robertson, e é-nos trazida pelas mãos de Eric Kripke, Evan Goldberg e Seth Rogen. Retrata o quotidiano dos super-heróis, e daqueles que com eles têm que partilhar o espaço. Desenganem-se os que pensam que os heróis com super poderes são tão altruístas que pensam apenas em salvar o mundo e combater o crime. Estes super-heróis de The Boys, mais conhecidos como os The Seven, são geridos por uma empresa, que os “vende” para proteger as cidades conforme quem pague mais. E a receita em publicidade fá-los pensar sobretudo em dinheiro e em como ganhar cada vez mais. Vítimas da fama desmedida, deixam-se corromper com muita facilidade, deixando o altruísmo de parte. Agindo como influencers e autênticas celebridades assim vão manipulando a população que ainda assim os vai defendendo.

Uma sátira espetacular ao mundo dos super-heróis e de quem se “alimenta” deles, como se de mercadorias falássemos, um negócio de milhões que os torna arrogantes e detestáveis, e impunes à lei dos homens, já que aqueles que os rodeiam, vão-nos protegendo da má fama, fazendo de tudo para calar os que se vão insurgindo contra. Na sequência desta proteção intocável, é criado um grupo, não convencional, que pretende combater esta soberba dos super-heróis e mostrar ao mundo aquilo que eles realmente são, os The Boys.

Carregadinha de violência e linguagem menos própria, foge ao conceito que estamos habituados a ver, mas aproxima-nos mais da realidade. Esta primeira temporada conta com 8 episódios, e em plena Comic Con San Diego foi anunciada uma 2.ª temporada, e esperemos que muitas mais as acompanhem.

Tenho que destacar duas cenas absolutamente fantásticas, quando a namorada de Hughie Campbell (Jack Quaid) se desintegra na sequência da velocidade excessiva de A-Train que a trespassa, o namorado fica apenas com as mãos da jovem nas suas mãos e o sangue fica em suspenso durante toda a cena de choque. E de destacar a cena de luta entre Billy Butcher (Karl Urban) e Translucent (Alex Hassell), pensamos que é um combate injusto tendo em conta a condição do super-héroi mas rapidamente nos apercebemos que Butcher, apesar de não estar dotado de super poderes, tem as suas cartas na manga. Interpretações espetaculares, história excelente e a banda sonora? É excelente. Vale muito a pena ver.

Vejam mesmo, não se vão arrepender.

Ana Galego Santos

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