What/If – 01×01 – Pilot
| 25 Mai, 2019

Publicidade

Estreou a nova produção da Netflix What/If. Estrelada por Renée Zellweger, que interpreta Anne Montgomery, uma investidora que faz uma proposta bem tentadora ao casal Lisa (Jane Levy) e Sean Donovan (Blake Jenner).

[Spoilers!!!]

Quando vi o trailer, o elenco e a premissa de What/If, fiquei muito entusiasmada com esta nova produção. O elenco é bom, com principal destaque para Renée, que assume um papel diferente daquele que lhe deu mais fama, a historia, que promete ser uma antologia, envolve questões morais e sobretudo por ser uma série mais direcionada para o público adulto, pareciam reunir as condições para mais um excelente produto Netflix. Mas ao fim de 20 minutos a desilusão com esta produção já era o sentimento que mais tinha em relação a esta nova série.

What/If até começa muito bem, com Anne a gravar umas palavras para o seu novo livro sobre destino, ambição, livre-arbítrio e o que somos verdadeiramente capazes para alcançar aquilo que mais desejamos. Ficamos a pensar nas palavras daquela que é considerada a investidora mais agressiva da cidade, enquanto somos apresentados ao casal “modelo” Lisa e Sean Donovan. Lisa fundou uma empresa de investigação na área da medicina que está com problemas por falta de investimento. Sean é socorrista na cidade e trabalha com o seu melhor amigo Tood (Keith Powers). Este último é casado com uma médica, Angela (Samantha Marie Ware) que tem um caso com o cirurgião chefe do hospital onde trabalha. Para completar o elenco secundário temos ainda Marcos (Juan Castano), irmão adotivo de Lisa, que namora com Lionel (Jonh Clarence Stewart).

Após ver recusadas todas as ajudas de outros investidores para a sua empresa e afundada em dívidas que põem em causa a vida da sua família, Lisa fica devastada e vai ter com Sean, já alcoolizada, ao bar onde ele trabalha. Então o rapaz é socorrista e trabalha num bar?! Fiquei tão confusa quanto vos neste ponto, já que no resto do piloto e episódio seguinte este part-time nunca mais é mencionado. Nesse mesmo bar está Anne, que acaba por ouvir a conversa e depois de Lisa sair, mete conversa com Sean e acaba por convidar o casal para um festa no dia seguinte. É nesta festa que acontece a proposta: Anne financia a empresa de Lisa, se esta aceitar que a investidora passe uma noite com Sean.

Depois de muitas séries que já vi, percebi logo que aquele encontro no bar não era por acaso, por isso a desilusão começa aqui. Tudo foi muito previsível depois disto. O casal aceita a oferta, tenta voltar atrás no último minuto, mas não consegue, Sean fica misterioso quanto ao que se passou, Lisa sente-se culpa por ter “vendido” o marido, culminando com a última cena em que vemos que a escolha dos dois não foi um mero acaso de Anne.

Para mim este é o principal problema de What/If, a previsibilidade de tudo aquilo que estamos a assistir. É tudo muito denunciado e mesmo antes de acontecer já sabemos quais as decisões das personagens e o porque das suas escolhas. É demasiado óbvio que Sean tem um passado obscuro que esconde da mulher e que é Anne que vai despertar em Lisa o seu lado mais obscuro. Mesmo esta Anne, no papel de mulher poderosa, não é totalmente convincente. Falta à personagem um pouco mais de presença e poder. Esperamos que todas as cenas em que participa seja dominados por si, mas isso não acontece.

Salva-se as histórias do resto do elenco. O casal Tood e Angela vão ter lidar com a traição desta e gravidez que não sabemos quem é o pai. E Marcos e Lionel que apresentam uma relação bem construída que vai proporcionar várias descobertas a Marcos, já que aos 30 anos está a viver a sua primeira relação seria. Talvez sejam os ponto que me vão fazer acompanhar o resto da história.

No final do piloto ainda foi ver o segundo episódio para tirar todas as dúvidas. Podia ter sido eu que não tivesse gostado do que tinha visto, mas os clichés e a falta de elementos surpresas mantêm-se. É pena porque o elenco e a história em si até tinham boas hipóteses de trazer algo novo, mas de fato não foi uma escolha muito feliz. Mas vejam e tirem as vossas dúvidas.

P.S.: Atribui nota 10 a banda sonora porque na cena final vemos Anne a queimar fotografias do casal enquanto ouvimos a música do genérico da série Vikings. Achei mesmo irónico!!!

Catarina Lameirinhas

Publicidade

Populares

calendário estreias série posters abril 2025

Agatha Christie Murder Is Easy

Recomendamos

Séries da TV
Este Site Usa Cookies

Este site usa cookies para melhorar a experiência do usuário.Cookies são pequenos arquivos de texto colocados no seu computador pelos sites que consulta. Os sites utilizam cookies para ajudar os usuários a navegar com eficiência e executar certas funções.