Contém Spoilers!!

Como o título bem indica, é um episódio de regressos, com um em cada extremo do episódio. Começando pelo primeiro, trata-se de Rip, que faz uma aparição sozinho na Londres Vitoriana, em 1897, quando encontra um cadáver sem sangue e suspeita que um vampiro anda à solta por Londres.

A equipa descobre, com a ajuda de Gideon, a mesma anomalia que Rip já estava a investigar e viaja para 1897, onde descobrem que o médico legista possui um relógio do futuro ,e quando vão investigar uma sepultura para ver se o morto tinha regressado à vida, cruzam-se com Rip, comicamente a sair dessa mesma sepultura. Este encontro traz ressentimentos antigos ao de cima quando se mete em cima da mesa a oportunidade de trabalharem em conjunto durante um episódio.

Neste episódio, o Rip que está presente é o bom e velho Rip, que possui um sentido de humor e gosta de trabalhar com esta equipa. É uma das poucas críticas que faço a esta temporada, que Rip tenha criado uma equipa mais burocrática, formal e profissional tudo bem, mas a sua mudança de atitude só é explicada por um de dois motivos, ou um caso de bipolaride ou um erro pequeno no plot.

O plano para apanhar o nosso Drácula é usar Nate como isco, só que, como seria de esperar, este acaba mesmo por ser raptado, sem a equipa o conseguir acompanhar, e por ninguém menos que um antepassado de Stein, que obviamente é interpretado pelo mesmo, mas com um bigode. As lendas conseguem entrar numa festa em casa dele, onde Zari é confrontada com o seu passado e não reage bem; descobre-se que ela abandonou o seu irmão quando este queria lutar contra a Argus. Em casa de Stein o que os esperava não era um vampiro, era pior, e trata-se do segundo regresso deste episódio, o corpo de Damien Darhk; era para o ressuscitar que o sangue estava a ser utilizado. A equipa vê-se obrigada a retirar na presença de Mallus, que está a usar um corpo como hóspede por não poder usar a sua verdadeira forma, um conceito já familiar para qualquer fã de sobrenatural.

Depois de terem conseguido afetar Zari, esta regressa e permite-lhes recuperar o seu medalhão que era a última peça necessária para trazer Darhk de volta à vida, algo que acontece independentemente dos esforços de Rip para tal que não aconteça. Desta vez Darhk tem um upgrade, está a servir de recetáculo para Mallus. Numa cena de luta com o sentido de humor alegre e leve que Legends tornou a sua imagem de marca, Darhk, ao som de uma música, derrota toda a gente que ali se encontrava, até algumas das lendas; no entanto, deixa-as vivas enquanto desaparece. E assim está introduzido e apresentado o vilão desta temporada, numa espécie de reciclagem da anterior.

Resta ainda falar, como de costume, do que se passa em paralelo no episódio. No entanto, antes de lá ir, aproveito para elogiar este esquema de Legends. Com uma equipa tão grande não têm tempo de dar a devida atenção a todos os membros por episódio, por isso aqueles que ficam mais em segundo plano têm uma dinâmica especial, um avanço na sua história pessoal. Esta semana foi Jax, que se consegue separar psiquicamente de Stein, e este descobre que Ray está a procurar uma maneira de separar Firestorm também. Será isto indicativo que iremos ter um abandono no elenco ou será que é só um plot para forçar Stein a mostrar que quer estar com a equipa?

Gostei do episódio, mas ainda quero ver mais deste vilão, uma vez que o antagonista é de extrema importância para o que faz diferir uma boa temporada de uma mais fraca. Não consigo deixar de ter esperança que esta divergência com o Time Bureau seja o início do regresso de Rip à equipa, se bem que nunca conseguiria o lugar de capitão de volta. Ainda sinto algumas saudades de quando escrevia as reviews e punha sempre este título antes do seu nome. O que acharam?

Raul Araújo