Ministério do Tempo – 01×17 – Tempo de Milagres
| 29 Abr, 2017

Publicidade

Ministério do Tempo regressou mais cedo do que pensávamos. Depois de uma season finale que deixou muito a desejar, a RTP1 presenteou-nos com mais cinco episódios desta primeira temporada.

A poucos dias da final do Europeu de 2016, Amélia, em 1894, recebe a visita de Henriqueta, que lhe confessa que a seguiu até ao Ministério, lhe roubou o livro das portas e que viajou até 1370 para conhecer a Rainha Santa Isabel. Furiosa, a estudante leva-a até Salvador, que preocupado com o desaparecimento de uma das suas canetas preferidas, não dá importância ao assunto até Amélia lhe chamar atenção para o facto de Henriqueta ter impedido que ocorresse o milagre das rosas. O chefe envia assim a patrulha para 1370 para reparar o erro da empregada e ordena a prisão da mesma.

Amélia, Afonso e Tiago infiltram-se assim na corte de D. Dinis. O cavaleiro finge ser um senhor do Norte e convive com o rei, surpreendendo-se por este pouco se preocupar com conquistas, mas sim com pinhais. Tiago chama-o à atenção e afirma que D. Dinis foi um grande rei que ajudou Portugal a evoluir. Amélia acompanha a Rainha Isabel e surpreende-se com o facto de esta ser realmente preocupada com o povo e de sofrer com as dores deste, pois viveu durante a Peste Negra, um período de doenças, pobreza e fome.

Enquanto isso, Camões é incumbido por Salvador de encontrar rosas para que a patrulha consiga fazer o milagre acontecer, mas para seu azar as rosas estão esgotadas em Lisboa. Irene envia-o para os Países Baixos à procura das flores e o poeta tem de andar de avião, algo que se revela uma experiência horrível para ele. Camões, de regresso com as rosas, encontra Irene e Tiago, que estranhou a demora das rosas e regressou a 2016 para as procurar, junto das portas, e agradece ao paramédico por estar ali, pois não estava em condições de uma nova viagem.

Tiago regressa assim a 1370 e, junto de Amélia, entrega as rosas à Rainha. A Santa Isabel quer oferecê-las a Tiago, que estava disfarçado de mendigo, para vender no mercado, mas D. Dinis chega nesse momento e, para escapar à sua repreensão, finge que carregava as rosas para ele não desconfiar que ela entregava novamente pão aos pobres. Dá-se assim o milagre e a patrulha regressa ao presente.

Ernesto procura Henriqueta pelo Ministério. O agente ia levá-la para a prisão quando esta fingiu um desmaio e escapou. Mas esta aparece junto de Salvador, com roupas e comportamento sofisticado, e confessa que entrou por uma porta que a levou a 1995. Durante os anos que se seguiram estudou e lutou e conseguiu tornar-se numa advogada de sucesso. Salvador quer prendê-la, mas Henriqueta afirma que reuniu provas da existência do Ministério e que estas serão tornadas públicas se ela não voltar para os seus escritórios até o fim do dia. O chefe não tem outra opção a não ser deixá-la ir em liberdade.

Enquanto isso, Maria dos Prazeres lamenta a morte de Nuno Gonçalves no terramoto, apesar de Tiago a tentar consolar, afirmando que o corpo nunca foi encontrado. Irene recruta-a para convencer Salvador a quebrar as regras e trazer alguém do passado, afirmando que existe uma petição para que isso aconteça. Acabamos por descobrir que os agentes do Ministério queriam que Eusébio assistisse à final do Europeu e Tiago e Fernando Pessoa vão até 2013 buscar o Pantera Negra. No Ministério todos celebram a chegada do jogador e assistem à final, festejando a vitória de Portugal.

Foi um bom episódio e bastante calmo, comparado com as turbulências de episódios anteriores. Lamento saber que Nuno Gonçalves não sobreviveu ao terramoto de Lisboa, pois tinha esperança que fosse apenas para criar tensão e que o pintor regressasse. Porém, tivemos de volta a dupla Camões e Pessoa, que são sempre a receita perfeita para um fantástico alivio cómico. Será que podemos propor um spin-off da dupla de poetas?

Amélia regressou um pouco mais fria e distante, o que me deixou surpresa. Esta sempre foi das minhas personagens preferidas e não consigo ficar agradada com esta mudança de atitude. Esperávamos ansiosamente o regresso de Tiago para ver a relação de ambos evoluir e ainda não tivemos direito a algo que nos desse esperança que a história não estivesse assim tão alterada. Se bem que a estudante não ficou indiferente ao comentário de Tiago depois do milagre das rosas. “Há coisas que têm mesmo de acontecer.” Será isto uma indireta? Será que Amélia e Tiago estão mesmo destinados um ao outro?

Por fim, fiquei com lágrimas nos olhos ao assistir à cena final. A ideia de que os grandes da nossa história, como Camões, Pessoa e Eusébio, puderam assistir ao fantástico momento em que Portugal foi campeão europeu é simplesmente fantástica. É verdade que o mundo já foi nosso, mas quem sabe não poderá ser outra vez? É por isso que esta série é tão brilhante e importante nos dias de hoje: serve para relembrar a todos os portugueses – principalmente os que desdenham do nosso próprio país – da nossa história, dos nossos momentos de glória, do quão grandioso já foi, e é, este Portugal nosso!

Beatriz Pinto

 

Publicidade

Populares

calendário estreias posters grid maio 2025

love death and robots s4

Recomendamos

Séries da TV
Este Site Usa Cookies

Este site usa cookies para melhorar a experiência do usuário.Cookies são pequenos arquivos de texto colocados no seu computador pelos sites que consulta. Os sites utilizam cookies para ajudar os usuários a navegar com eficiência e executar certas funções.