Ministério do Tempo – 01×09 – Episódio 9
| 04 Mar, 2017

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Contém spoilers!

Esta semana, Ministério do Tempo levou-nos a conhecer o nosso primeiro rei: D. Afonso Henriques!

O episódio arranca em 1128, em São Mamede, onde Gonçalo Mendes da Maia, o famoso Lidador, um dos mais importantes nobres de D. Afonso Henriques, luta contra inimigos castelhanos, sem perceber que está a ser filmado por dois homens do futuro. Um deles aproxima-se demasiado e, depois de derrotar o inimigo, o Lidador aprecebe-se da sua presença e vai para os enfrentar, quando um dos homens dispara sobre ele e mata-o. Os dois ficam desesperados porque acabaram de matar um dos homens mais importantes da história de Portugal e que poderá modificar toda a história do país.

Em 2016, Amélia, Afonso e outros membros do Ministério esperam pela chegada de Tiago, que esteve de licença após tentar salvar, sem sucesso, a vida da mulher. O paramédico é bem recebido e tem direito a uma prenda: um quadro pintado por Nuno Gonçalves! Enquanto isso, Salvador reúne-se com Susana Meireles, a oficial que faz a ligação entre o Ministério e a presidência do conselho. Susana repreende Salvador sobre o que se tem passado nos últimos meses e acusa-o de estar a esconder informações do governo. O chefe do Ministério percebe que ela tem um informador, que lhe tem contado tudo sobre as falhas das equipas.

Amélia e Tiago conversam e o paramédico confessa-lhe que a sua presença, no momento em que ele tentou salvar Mariana, foi muito importante e que ela se tornou numa pessoa vital na sua vida. Amélia fica envergonhada e através de um flashback descobrimos que ela rasgou a foto, que lhe foi enviada por Irene, em que aparecia com Tiago e a filha de ambos. Neste momento, Amélia e Afonso são convocados por Salvador e Tiago estranha não ter sido chamado, mas aparece na reunião onde é dispensado por Salvador, para surpresa de todos.

Amélia e Afonso são informados que apareceram as ossadas do Lidador, um dos melhores generais de D. Afonso Henriques, mas que através de provas de ADN descobriram que as mesmas não pertencem ao cavaleiro. Por isso, a missão deles é ir até 1139 e descobrir quem é o impostor que tomou o lugar do Lidador. Amélia e Afonso insistem que Tiago está pronto para a missão, mas Salvador discorda e informa-os que serão acompanhados por Afonso de Albuquerque.

Ao chegarem a 1139, são recebidos por um agente do Ministério: um Mouro. Afonso ataca o Mouro, mas Amélia defende-o e conta a ambos os Afonsos que, durante tempos de paz, Mouros e Portugueses conviviam em harmonia. Albuquerque desdenha da liderança de Amélia e Afonso fica dividido entre o seu dever para com Amélia e a admiração por Afonso, tentando evitar o conflito entre ambos. Mais tarde, Albuquerque provoca novamente a estudante, que afirma saber tudo sobre si e conta-lhe diversos factos sobre a vida dele. Apesar disto, o cavaleiro não vacila e ordena-lhe que faça o jantar, mas Amélia ignora-o.

No dia seguinte, a patrulha é emboscada por, nada mais, nada menos, que Gonçalo Mendes da Maia (Martinho Silva), o Lidador! Amélia faz-se passar por uma filha de família rica a viajar para longe do local de guerra e o cavaleiro rapidamente os recebe no seu campo, onde conhecem a sua mulher, D. Urraca (Teresa Tavares). Depois de um serão com o casal, Amélia imediatamente se apercebe que este é um impostor, mas Albuquerque desvaloriza a sua opinião e Afonso também se mostra pouco tentado em acreditar nela, pois tem uma grande admiração pelo Lidador e quer lutar ao lado dele na batalha de Ourique, a batalha que tornou D. Afonso Henriques rei. A estudante resolve investigar sozinha e descobre a verdade: o Lidador que se apresenta perante eles é uma farsa.

Amélia liga para Salvador – que lhe ordena que descubra a verdade – mas esta é intercetada por D. Urraca. Esta confessa-lhe que sabe que o marido é um impostor desde o primeiro dia, mas que nunca o denunciou porque preferia a sua companhia à do falecido, que era um bruto. Nesse momento, o Lidador captura a patrulha depois de descobrir que eles mentem.

É aqui que eles descobrem toda a verdade: o Lidador é na verdade Correia, um agente do Ministério dos anos 40 e que está infiltrado há 11 anos. Está em missão há 11 anos, depois de, por acidente, ter morto o verdadeiro Gonçalo Mendes da Maia. Em 1947, António Ferro descobre a existência do Ministério e ordena que sejam filmados grandes momentos do passado, como por exemplo a Batalha de Ourique. Correia tinha sido enviado e, ao provocar a morte do Lidador, assumiu o seu lugar, uma missão secreta do qual só tinha conhecimento ele e o chefe do Ministério da sua época. O agente sabe que nunca mais verá a sua família, mas está disposto a prosseguir com a farsa para proteger o seu país.

Mais tarde, Correia é ferido gravemente e D. Urraca pede-lhe que lute pela sua vida. Afonso decide assumir o seu lugar e faz-se passar pelo Lidador, apesar da proibição de Amélia, que não quer que o amigo perca a vida na batalha. O cavaleiro pede-lhe a sua bênção, pois só assim conseguirá partir em paz. Amélia oferece a sua autorização.

Afonso e Albuquerque lutam ao lado de D. Afonso Henriques e vencem, conseguindo assim a independência do Condado Portucalense. Ao voltarem a campo, o rei lamenta a morte do Lidador e Amélia chora, pensando que Afonso pereceu na luta, mas ele aparece ao seu lado. Os dois abraçam-se, demonstrando o quanto se tornaram amigos durante os últimos meses. Correia falece dos seus ferimentos e é enterrado como sendo o Lidador.

Enquanto isso, Tiago é incumbido por Salvador de trabalhar na enfermaria do Ministério, onde se cruza com Irene. Esta confessa-lhe que está arrependida e que quer voltar ao seu trabalho para se redimir. Tiago pergunta-lhe apenas se as fotos que ela enviou do seu casamento com Amélia eram verdadeiras e a agente responde que sim.

Ao tratar um paciente que vem de 142 A. C., descobre que as condições de vida em épocas passadas eram bastante difíceis e que muita gente morria porque não existiam médicos ou técnicas medicinais. Tiago fica pensativo.

A patrulha volta a 2016 e diz a Salvador que a missão foi um sucesso, nunca revelando quem era na verdade Correia, protegendo assim um segredo que ele lutou 11 anos por manter e pelo qual deu a vida. Irene aparece e Afonso revela-se hostil para com ela. A agente diz que irá voltar a receber a confiança deles. Neste momento, entra Maria dos Prazeres: procurou Tiago por todo o lado e só encontrou uma carta dele.

Nessa carta, o paramédico despede-se de todos: agradece a Amélia o seu apoio e confessa-lhe que é a segunda mulher mais importante da vida dele, agradece toda a amizade de Afonso e pede a todos que encontrem força para perdoar Irene, pois ele irá partir numa missão para se reencontrar a si próprio. Enquanto todos choram a partida do jovem no gabinete de Salvador, que ordena que encontrem Tiago com prioridade máxima, vemos o paramédico a entrar numa porta do tempo em direção ao desconhecido.

Foi um episódio bastante diferente, com um braço de ferro constante entre Amélia e Afonso de Albuquerque, com Afonso a assumir o papel que normalmente Tiago assume. Esta diferença de séculos e sociedades é das partes mais interessantes da série, pois vemos a luta constante de Amélia para se impor como mulher e líder, o que não é do agrado de homens de séculos anteriores, que viam as mulheres como inferiores.

A história de Correia foi muito bem construída e emocionante e Martinho da Silva esteve muito bem no papel de Lidador. Provavelmente uma das melhores personagens convidadas até agora.

Quanto à reforma de Irene, fiquei um bocado dividida: por um lado gosto que ela faça parte da equipa e habituei-me à sua presença, mas gostava de ver Andreia Diniz no papel de vilã, tivemos um pequeno gostinho da prestação dela nesse papel a semana passada e tenho a dizer que seria uma ótima aposta!

Relativamente à partida de Tiago, fiquei desiludida de duas perspetivas: uma porque tinha esperança que tivessem alterado essa parte da história (no original espanhol, a personagem deixa a série porque o ator abandonou as gravações) e gostaria de ver o desenvolvimento da relação de Tiago com Amélia, assim como a superação do seu luto por Mariana; e, segundo, porque achei que a cena da sua despedida foi bastante fria para uma personagem tão importante como ele.

De qualquer das formas, quer volte, quer não… Os meus parabéns a Sisley Dias! Foi uma excelente interpretação e criou uma personagem fantástica! Boa viagem, Tiago!

Beatriz Pinto

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