Proof é a mais recente série em que a TNT apostou. Fala-nos, em linhas gerais, de uma competente cirurgiã, que procura provas de que há vida depois da morte. Jennifer Beals é a atriz que dá a cara por Carolyn Tyler.

Tyler passou por um período conturbado, recentemente: o seu filho morreu, o rompimento com o marido e a sua filha está a passar pela típica fase da adolescência.

Ivan Turing é um doente que sofre de cancro. Um homem ligado às tecnologias, bilionário, e que também se interessa por outros assuntos, como… reencarnação, experiências “near-death”, e muitas outras coisas sobre a vida além da morte. E só procura a ajuda de Carolyn. Turing quer descobrir se a morte é mesmo o fim do ser humano.

Começa por ser um plot interessante, que explora um dos maiores medos da humanidade: a morte. E quem é que não quer enganar a morte e ser imortal? Faz sentido que Ivan o deseje, quando é um homem bem-sucedido. E para Carolyn, será uma proposta irrecusável (apesar de, inicialmente, a personagem não parecer ter muita vontade de explorar esta temática), depois de ter perdido o seu filho. E a verdade é que é muito difícil resistir à curiosidade.

Outras personagens vão-nos sendo apresentadas, como o Dr. Zedan “Zed” Badawi, o médico auxiliar de Carolyn, por quem ela não nutre, nos primeiros momentos, grande empatia. E o espectador também não, dado que a personagem mostra muito pouco. O mesmo para Turing. Mas percebe-se que o objetivo é uma centralização em Carolyn. E Carolyn demonstra, muitas vezes, alguma agressividade (talvez por todas as intempéries por que passou) e é uma personagem cheia de convicções e de força.

Assim, as personagens vão embarcar nesta aventura carregada de mistério e resta saber o que descobrirão. A última cena do episódio dá a entender que poderemos ter alguns desenvolvimentos nos episódios seguintes. Mas nada como, se esta é uma temática do vosso interesse, ver o episódio e avaliar por vocês mesmos!

Não me pareceu que Proof fosse algo de absolutamente extraordinário, mas pode vir a desenvolver uma narrativa interessante, se souber como a trabalhar, não caindo em incongruências.

Nota: 6/10

Beatriz Barroca